Língua Portuguesa: o significado de 12 Expressões Populares
“Podes vir com paninhos quentes” que “não me chegas aos calcanhares”. Conheça o significado de 12 expressões populares portuguesas.
As expressões idiomáticas estão presentes em todas as línguas e culturas caracterizando-se por não ser fácil identificar o seu significado através do sentido literal das palavras que as compõem.
Acompanhadas de uma breve explicação sobre o seu significado, segue-se uma lista de expressões curiosas da língua portuguesa:

“O gato comeu-te a língua”
Quem não tem língua, não pode falar. É uma expressão divertida que se aplica quando alguém, que até costuma ser bastante falador e social, está estranhamente calado, retraído e fechado no seu mundo, sem razão aparente.

“Chegar a pimenta ao nariz”
A pimenta faz-nos espirrar e metaforicamente esta expressão é usada para descrever o momento em que alguém se começa a enervar ou irritar por algum motivo ou com alguém.
É sinal para aliviar a conversa pois as coisas poderão não estar a ir no caminho certo.

“Tens uma pedra no lugar do coração! “
Outra cujo significado é bastante visual. Uma pedra é pesada e dura, sendo assim associada a pessoas frias e que não se emocionam com facilidade.
Usa-se muito frequentemente com pessoas que não demonstram empatia nos seus relatos e ações.

“Paninhos quentes”
“Tratar alguém com paninhos quentes” significa tratar alguém com condescendência, por esta ser incapaz de lidar com as consequência de uma qualquer situação.
É uma expressão corriqueira e que geralmente é usada por uma terceira pessoa que acusa alguém de, numa qualquer situação quotidiana, tratar a outra como se fosse uma criança ou a protege de forma irracional das consequências dos seus actos.

“Não me chegas aos calcanhares”
Esta é mazinha. Quando alguém diz que “não lhes chegamos aos calcanhares” significa que, segundo o seu juízo, não estamos ao mesmo nível num qualquer campo, dependendo do sentido da conversa. Demonstra que alguém se sente superior por algum motivo, tendo ou não razão.

“Perdido por cem, perdido por mil”
O povo português é um povo arisca, que gosta de arriscar. Geralmente em situações de jogos de sorte, e por vezes na vida quotidiana, se as consequências não forem muito elevadas, um português tenderá a arriscar a sua sorte mais uma vez mesmo que não tenha sido bem sucedido primeiro.

“Meter a pata na poça”
O que é que acontece quando se mete um pé numa poça? Exacto, molhamo-nos! Quando alguém “mete a pata na poça” está a fazer asneira. É uma expressão para apontar erros e falhanços.

“Quem vê caras, não vê corações”
Igualmente muito presente nas conversas do dia-a-dia, expressa que nem sempre as pessoas que são mais bonitas, bem-falantes e vistosas são aquelas mais genuínas, com melhores intenções e mais bondosas.
Uma outra expressão irmã desta e que também pode ser utilizada é: “Não se deve julgar um livro pela sua capa”.

“Partir o coco a rir”
Um coco é um fruto bastante rijo e difícil de partir. Requere alguma prática, perícia e um golpe certeiro. A expressão usa-se quando alguém ri tanto que perde o controlo de tanto rir.

“Línguas de perguntador”
Esta é uma resposta muito comum que se dá às crianças, em tom de brincadeira, quando, estas perguntam muito insistentemente “O que é que é o jantar? “.
Também se utiliza na brincadeira num tom jocoso entre adultos se alguém demostra grande impaciência em relação à refeição.

“Está para nascer um burro”
Esta expressão usa-se quando alguém se está a comportar de maneira muito correcta e ideal, o que pode não ser o seu uso habitual.

“Pensar na morte da bezerra”
A pobre bezerra, que é um animal e merece a sua atenção, é considerada neste dizer não detentora de tal importância. Quem “pensa na morte da bezerra” está geralmente pasmado, perdido em ideias vagas e um tanto letárgico.
Autora: Ana Carolina Helena
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