Os verdadeiros Pastéis de Belém são uma especialidade doceira da gastronomia portuguesa. Em 1835 em Belém, numa tentativa de subsistência, os clérigos puseram à venda, numa loja rudimentar, uns pastéis de nata… hoje, famosos pastéis de Belém.

Em 1835, em Belém, próximo ao Mosteiro dos Jerónimos, numa tentativa de subsistência, os clérigos daquele mosteiro puseram à venda, numa loja rudimentar, uns pastéis de nata.

Nessa época, aquela zona ficava longe da cidade de Lisboa e o seu acesso era assegurado por barcos a vapor. A presença do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém atraíam inúmeros visitantes que depressa se habituaram àquele doce conventual.

No início, os pastéis foram postos à venda numa refinaria de açúcar, por Domingos Rafael, confeiteiro português regressado do Brasil. Em 1837 foram inauguradas as instalações onde se situa atualmente a centenária pastelaria.

Aproveite a visita à região e prepare-se para enfrentar a fila que geralmente há na entrada da confeitaria. Mas vale a pena esperar…


A receita, transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na Oficina do Segredo, mantém-se igual até aos dias de hoje. Tanto a receita original como o nome “Pastéis de Belém” estão patenteados.

Após 175 anos, esta especialidade doceira continua a sua secular existência. O elevado número de 20.000 pastéis são ali fabricados diariamente.

Prove um, dois, três ou quatro, deixe-se entusiasmar… Quando se trata dos Pastéis de Belém, são assim os verdadeiros apreciadores.

O Pastel de Belém é o doce mais famoso de Portugal, e é conhecido no Brasil como Pastel de Nata. Só que em Lisboa, na Fábrica dos Pastéis de Belém, ele tem um sabor especial devido à sua receita.

A Fábrica dos Pastéis de Belém tem um labirinto de salas forradas a antigos azulejos, onde poderá entrar e juntar-se à multidão que saboreia os deliciosos doces.

Nas suas vitrinas um autêntico museu de receitas e utensílios, guardados com todo o cuidado e que recordam as várias e antigas fases de fabrico.
Em 2011, o Pastel de Belém foi eleito uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal.
Curiosidades
O fabrico dos Pastéis de Belém iniciou-se em 1837 e a receita mantém-se até aos dias de hoje.
No início do século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, havia uma refinação de cana-de-açúcar associada a uma pequena loja. Devido à revolução Liberal de 1820, todos os conventos e mosteiros portugueses foram encerrados anos mais tarde e, por consequência, todos os trabalhadores e clero foram expulsos desses mesmos locais.
Numa tentativa de sobrevivência, um elemento do Mosteiro colocou à venda, nesse pequeno local de comércio, uns pastéis doces que passaram rapidamente a designar-se por “Pastéis de Belém” dada a zona onde eram vendidos e a receita original foi preservada até aos dias de hoje.
Os Pastéis de Belém são fabricados na “Oficina do Segredo”.
“Oficina do Segredo” é a sala onde se fabricam os Pastéis de Belém e tem este nome pela razão mais óbvia: a receita não é partilhada com ninguém, está patenteada e os mestres pasteleiros assinam um contrato de confidencialidade, comprometendo-se a não divulgar o modo de execução dos pastéis mais famosos do país.
Pastéis de Belém e Pastéis de Nata não são a mesma coisa.
Apesar dos Pastéis de Nata existirem um pouco por todo o país e de existirem versões destes doces em praticamente todas as cidades portuguesas, os Pastéis de Belém só existem em Belém e a sua receita confidencial garante uma experiência gastronómica única e inesquecível.
Muita gente confunde os dois pastéis mas, apesar de semelhantes, não são a mesma coisa. Os Pastéis de Belém são os pastéis originais e ganham pontos em termos de sabor por terem sido pioneiros.
Todos os dias são fabricados e vendidos, em média, 20 mil pastéis.
Não é por acaso que estes pastéis são tão conhecidos. Entre turistas e residentes, estima-se que todos os dias sejam vendidos 20 mil Pastéis de Belém sendo que, em alguns fins-de-semana, este número duplica. Como resistir a uma iguaria tão portuguesa e doce?
“Noiva que come pastel, não tira mais o anel.”
Diz o provérbio português que “noiva que come pastel, não tira mais o anel” e é comum ver casais recém-casados, vestidos com os trajes da cerimónia, na pastelaria mais portuguesa de Lisboa.
Portugal é um país de tradições e, no dia do casamento, isso não é posto de parte. A seguir à boda, os noivos passam pelos Pastéis de Belém e deliciam-se com um doce.
“No Brasil são conhecidos como pastéis de nata”???
Em Portugal sim! Para todos os que não são feitos na Confeitaria de Belém!
No norte do país até lhe chamam simplesmente “natas” ou “natinhas”!
No Brasil qualquer bosta que tenha uma base de massa folhada de forma
redonda, recheada com qualquer “mingau” amarelado, é apresentado como
“Pástéu dji Béleim” e pior… apresentado como sobremesa…
A ilegitimidade? Brasileiro não está nem aí p’ra isso…
Quanta grosseria. Aqui no Brasil em São Paulo a Casa Mathilde e a Quinta do Marquês que representam muito bem a doçaria portuguesa. Uma “bosta” absolutamente desnecessária é seu comentário infeliz.
Senhor, fico chateada com o lamentável comentário feito a respeito de meu país, já que de minha parte tenho enorme respeito pelo seu. De qualquer forma gostaria de salientar que vivo na região sul do Brasil, e por aqui, nunca ouvi falar, como o Sr. mesmo diz ” qualquer bosta que tenha uma base de massa folheada de forma redonda com qualquer ” mingau ” amarelado, é apresentado como “Pástéu dji Béleim” e pior…apresentado como sobremesa.” Não posso afirmar que, em alguma outra região sejam vendidos os tais pastéis, e também creio não serem iguais aos verdadeiros, mas com certeza não são uma “bosta”. Não conheço seu país, mas admiro e respeito seu povo e sua cultura, e quem sabe um dia hei de experimentar o tão famoso Pastel de Belém. Grande abraço!
Caso o primeiro comentador não saiba, o Brasil nunca cessou de receber imigrantes lusitanos. Eu tenho duplo cidadania.
Da lusofonia conheço e amo igualmente, além da sua margem americana, a europeia.
Vários sítios de norte a sul, já os percorri, em ambas as margens.
ATENÇÃO: Quem aqui faz, no Brasil, os pastéis de nata, são portugueses, como em Portugal. Aqui principalmente no Sul (há polos no RS e em SC), mas também já os apreciei no Rio de Janeiro em ocaiões festivas promovidas por clubes portugueses.
Saiba, prezado primeiro comentador, o seu destempero atingiu, antes de tudo, os seus próprios conterrâneos. É o tributo pago à ignorância e ao preconceito: atira no que vê, acerta no que não vê.
Caro Manuel Cabeceiras – não é preconceito, é conhecimento histórico e sociológico, académico e pessoal… Os emigrantes – económicos – são os piores embaixadores das suas raizes.
O recurso ao “preconceito e ignorância” é a habitual arma de arremesso de quem enfia a carapuça! Porém uma arma do tipo bumerangue… o ponto de retorno está espelhado na referência às ocasiões festivas nos tais “clubes portugueses” pois o que ali se celebra é a recordação, desfasada da realidade actual, dos nichos de onde partiu o grupo comunitário – não é Portugal! Do qual a imensa maioria nada conhecia quando daqui partiu… e continua a não conhecer!