A vida das rainhas é frequentemente envolta em luxo, poder e deveres para com o povo e a nação. Mas, por trás das coroas e dos títulos, escondem-se histórias humanas, feitas de paixões, desafios e segredos. Uma das figuras mais marcantes da monarquia portuguesa, a Rainha D. Amélia de Orleães, não é exceção. Para além da sua imagem pública de dignidade e caridade, a sua vida privada guarda uma narrativa pouco conhecida — e profundamente intrigante.
O lesbianismo da rainha D. Amélia
D. Amélia nasceu em 1865, no seio da aristocracia francesa, filha do Conde de Paris, Luís Filipe Alberto de Orleães. Casou-se com o rei D. Carlos I em 1886, tornando-se rainha consorte de Portugal. A sua presença trouxe um toque de elegância francesa à corte portuguesa, mas o seu papel transcendeu a mera figura decorativa.
D. Amélia envolveu-se em várias causas sociais, tendo fundado a Assistência Nacional aos Tuberculosos e o Museu dos Coches, iniciativas que deixaram uma marca duradoura na história do país.
O seu reinado, no entanto, foi marcado por tragédias que abalaram profundamente a sua vida. Em 1908, testemunhou o brutal assassinato do seu marido e do filho mais velho, D. Luís Filipe, num atentado no Terreiro do Paço, em Lisboa.
Poucos anos depois, em 1910, a implantação da República forçou-a a partir para o exílio, onde viveu até à sua morte, em Versalhes, em 1951. Os seus restos mortais repousam hoje no Panteão dos Braganças, ao lado da sua família.

Entre dever e desejo: o amor proibido da rainha
Apesar da imagem pública de rainha devota e esposa dedicada, D. Amélia viveu uma história de amor que desafiava as normas da sua época. A sua ligação íntima com Josefa de Sandoval y Pacheco, conhecida como Pepa Sandoval, é uma das páginas mais discretas — e fascinantes — da história da monarquia portuguesa.
Josefa, a 5ª Condessa de Figueiró, foi muito mais do que uma dama camarista de D. Amélia. Ao longo de 25 anos, acompanhou a rainha nos momentos mais difíceis da sua vida, incluindo o exílio.
A relação entre as duas mulheres foi envolta em discrição, mas a proximidade e a cumplicidade que partilhavam ultrapassavam largamente o mero protocolo real. Pepa Sandoval não era apenas uma confidente; era uma presença constante e essencial na vida da rainha.
Em tempos onde o amor entre pessoas do mesmo sexo era um tabu social — especialmente dentro da realeza —, a ligação entre D. Amélia e Josefa foi um segredo bem guardado. A condessa era casada com António de Vasconcelos e Sousa, conde de Figueiró, mas o seu verdadeiro vínculo parecia estar ao lado da rainha. Até ao fim dos seus dias, D. Amélia manteve Josefa por perto, numa lealdade que transcendeu qualquer convenção social da época.

Uma rainha, uma mulher, uma história de coragem
A história de D. Amélia de Orleães é a de uma mulher que viveu entre dois mundos: o da obrigação real e o dos seus desejos mais íntimos. Mais do que uma figura de autoridade e caridade, ela foi uma mulher que conheceu o amor de formas que o seu tempo dificilmente aceitaria. A sua coragem em manter ao seu lado a mulher que amava — mesmo sob o olhar atento da corte e da sociedade — é uma lembrança de que, por trás das coroas e dos títulos, batem corações humanos, cheios de paixão e vulnerabilidade.
D. Amélia deixou uma marca indelével na história de Portugal, não só pelas suas obras públicas, mas também pela sua humanidade, pelas suas perdas e pelo seu amor proibido. Entre o dever e o desejo, a última rainha de Portugal revelou ser, acima de tudo, uma mulher de uma força e autenticidade notáveis — uma história que merece ser lembrada e contada, sem reservas.

O legado de uma rainha que desafiou o destino
Mais do que uma figura da realeza, D. Amélia é um símbolo intemporal de resistência, amor e autenticidade. Viveu uma vida que não escolheu, mas enfrentou-a com dignidade e determinação, deixando um legado que ecoa até hoje. A sua ligação com Josefa de Sandoval y Pacheco, embora silenciada pela história oficial, é um testemunho da sua coragem em viver segundo o seu coração, mesmo quando o mundo à sua volta a obrigava a ser outra pessoa.

A última rainha de Portugal não foi apenas uma soberana — foi uma mulher que desafiou as convenções, amou sem pedir desculpa e sobreviveu a perdas que teriam quebrado muitos. A sua história continua a inspirar, lembrando-nos de que a verdadeira grandeza reside não só no poder que exercemos, mas na humanidade que preservamos, mesmo quando o mundo insiste em nos julgar.
Gostai
Título pra dizer que ela mantinha um relacionamento lésbico. Ai vc vai ler, só diz que, com quem ela tinha esse relacionamento.
Este facto é conhecido e o nome da sua grande amiga íntima também. Convém não esquecer que o rei não assistia a rainha, mas sim as diversas amantes…
o facto é conhecido, sim, mas só por quem cursou História a nível universitário ou por pessoas auto-didatas. a imensa maioria da população ignora este facto.
Não estou julgando nem como verdade e nem como mexerico. Gostaria apenas de saber os fatos que corroboram para essa teoria. Pode contar um pouco por favor?
Sendo verdade que o rei não cumpria o seu “dever”, seria mais lógico, ela procurar um outro macho.
Talvez a rainha já tivesse tendência para o lesbianismo.
Ou então, indubitavelmente, seria “Bi”.
Digo eu.
Sei lá… 🙂
Esqueci de acrescentar , e é muito importante, que a rainha foi vítima de muitos mexericos maldizentes que não correspondiam à verdade.
o facto é conhecido, sim, mas só por quem cursou História a nível universitário ou por pessoas auto-didatas. a imensa maioria da população ignora este facto.
um universita nao devia perder tempo com idiotices sem importancia como essa
Isso possivelmente é mentira. Vamos escrever coisas sérias e honrar a memória da Rainha D.Amélia e não dar importância a mentiras e mexericos inventados pelos republicanos.
Basta olhar par uma fotografia para ver que a rainha tinha um ar um tanto ou quanto masculinizado!
Um mundo desconhecido super interessante dos nossos reis e rainhas, que muitos portugueses como eu no tem ideia
Gostei! Desconhecia essa biografia..Interessante.!!!!
O mundo dos reis e rainhas fascina-me. gosto muito de ler tudo o qu encontro sobr elesw e elas.
A mim parece-me que este título, num artigo deveras pobre e mexeriqueiro, não olha a meios para atingir fins. Que provas concretas há de que a rainha viveu uma relação lésbica? Que obrigatoriedade tem uma amiga íntima de fazer serviços de outra natureza? Pela ordem da coisa, todas as camareiras (e não camarista) eram lésbicas. Valha-nos Deus! Acho melhor saber primeiro o que é a História. Lamento profundamente este tipo de pseudo-história. Devo acrescentar que sou licenciada em História.
Concordo plenamente consigo.Não existem provas cabais e os republicanos ja eram peritos em fake news
Acho bem o que Filomena Monte diz. Porém o que você diz, é que não me parece muito sensato. Será que todos os republicanos são de índole pouco honesta e os monárquicos não sofrem dessa característica também? Pessoalmente não ouso aceitar esse tipo de critérios, pois honestos e desonestos encontram-se em todas as faixas da sociedade. Acho que correcto é avaliar cada personagem ou pessoa por aquilo que realmente é e não por pertencer a esta ou aquela faixa da sociedade. Quanto a quem trás para aqui este tipo de temas, lá tem suas motivações, mais positivas ou mais negativas, como acontece com toda essa gente que com boas ou más intenções por aqui vagueia. É esta a conjuntura em que nos encontramos e não há como querer fugir à realidade.
E mesmo que fosse lésbica qual era o problema? Ser lésbica segundo quem escreveu esta pérola, é uma indecência. Ainda estamos nesta. Que triste!! Também vai escrever por ela ou outra ser feia, gorda, ruiva, morena ou careca?
Na realidade, pouco importa que a rainha tivesse tendencias lesbicas. Certamene que nesses tempos, devido a religiao, nao era aceite, nem hoje em algumas sociedas. Quantos nao sao os casais que assim sao, um dos casais actuais, que nunca foi confirmado ou des-confirmado, a sra. Clinton e seu marido, ex-presidente Clinton. Nao importa o que as pessoas sao sexulamente. Importa mais a dignidade, humildade, respeito, entre tantas outras coisas que definem a pessoa no seu todo. Pelo que tenho lido, ela era uma mulher inteligente, amiga de ajudar, dedicada a sua familia, para mim isso basta.
Como este cronista de poderá provar estas idiotices ??? A Rainha D. AMÉLIA era uma pessoa excepcional !!! A minha madrinha foi sua bordadeira e adorava a Sua RAINHA !!!—quando esta partiu para o exílio deu a todas as suas empregadas uma recordação e neste momento sou a fiel depositária dessa lembrança , que para mim é !!!
Aqui no texto apenas diz q foi lésbica. Gostava que apresentasse provas mais sólidas. Obrigado.
Este “artigo” sobre a Rainha D. Amelia é pura e simplesmente nojento ! É isto a Ncultura ? Não, não é ! O que isto ê, é diarreia pseudo cultural…deve fazer parte das tais aulas de Cidadania !)…enfim, é um arroto verbal que dá uma boa imagem de quem o escreveu…
Minha tia Henriqueta de Vasconcellos, irma mais velha de meu Pai, foi dama de companhia da rainha dona Amelia, convivendo diariamente com a rainha, a condessa de Sandoval assim como com outras condessas e duquezas, tambem damas de companhia, na corte do rei don Carlos, onde conheceu seu futuro marido don Simao de Sousa Coutinho. Aos 90 anos escreveu um livro, publicado no Brazil, “Historias Curtas Duma Longa Vida” onde descreve toda a sua vida, concentrando-se mais na epoca que viveu na corte, e no dia a dia da mesma. Deu-me a ler o rascunho do livro antes de ser publicado. Uma leitura interessantissima cheia de amor, lealdade, alegria, humor, ditos e mexericos da corte e tambem tragedias
Nem uma unica vez, nesse mesmo livro e posta em causa a castidade, honra, lealdade, amor, honestidade e orgulho da rainha dona Amelia pelo marido rei don Carlos, pelos filhos e por Portugal. A rainha dona Amelia teve sempre respeito, amizade e consideracao por todos aqueles que a rodeavam. Ao morrer em Franca pediu para descansar junto ao marido e filhos em Portugal, um pais que ela tanto honrou e amou. Uma frase que a rainha dona Amelia frequentemente tinha, e adoptada pelo menos pela minha tia era : “se nao puderes dizer bem d’alguem, por favor nao digas mal”. …
Que artigo tão pobre. Consultem o que dizem os historiadores acerca do assunto, assim como o seu próprio diário (privado), no qual fala de assuntos controversos e que poderiam dar azo a discórdias se fosse lido, mas que em momento algum fala em Pepa Sandoval como sendo mais do que uma amiga. Tenho vindo a reparar que o NCultura tem artigos interessantes, sim, mas que peca muito pela grande quantidade de artigos sem fundamento e muitas vezes com erros gritantes, confundindo por diversas vezes a biografia de personagens diferentes, que apenas partilham o mesmo nome.
Gustei de ler este artigo , verdade ou nao . li coisas que nao sabia . Tambem estou fora de Portugal , ja 56 anos . Cultura , que nem sempre e %100 verdade , mas agora na minha idade e interessante ler .
As mesmas sandices foram ditas sobre a infeliz rainha de França, Maria Anatonieta. Toda a familia do Tsar foi brutalmente fuzilada pelos comunistas e depois inventaram coisas horriveis sobre a rainha e o monge Rasputin. Os revoltosos e assassinos que odeiam as monarquias tentam justificar seus atos criminosos inventando abominações. Aqui , esses invejosos e caluniadores deram ordens e expulsaram D.Pedro II do país com toda a sua familia, sob pena de prisão e sabe lá o que mais queriam fazer. Os comunistas de hoje fazem a mesma coisa em relação aos governantes democratas que eles matam ou exilam.
Mas onde estão os comunistas?!!…
Você desconhece que a própria Rússia não é comunista?’…
Quem foi o
Único país no mundo que esteve ao lado dos maiores ditadores do mundo?!!…
A praça das mães em Buenos Aires diz-lhe alguma coisa?!!!…VÁ PREGAR PARA GENTE INCULTA!!!….
Desde a revolução francesa é notório o esforço que fazem para promover fofocas mentirosas para denegrir membros da realeza em toda a Europa. O objetivo sempre foi extinguir laços de afeição das sociedades com seus Reis e rainhas. No Brasil o condescendente reinado de Dom Pedro II deu asas nos jornais republicanos, à indústria de calunias e comentários jocosos contra o Imperador. Mesmo após o golpe militar continuaram a práctica malfadada pelo medo da restauração do trono. Ao mesmo tempo proibiram-se manifestações favoráveis à monarquia, coisa considerada crime passível de encarceramento e morte.
Creiam ou não essa tendência de maquinações difamatórias existem até hoje, pois se existem famílias dinastias também estão aí os revolucionários em perseguição constante.
Não percebo porque
de as virgens monárquicas estarem tão ofendidas por aqui sabemos que a rainha era fufa. Qual é o problema? Que é que isso tem de mal para tão grande empenho em “limpar” a imagem da sra?
Dª Amélia era uma católica conservadora, e nada comprova que a amizade que tinha com «Pepa» Sandoval tivesse tido uma componente sexual.
Muitas vezes os homens vêem amor lésbico numa amizade feminina. Os homens vêem sexo em tudo. Mesmo que a rainha tivesse feições masculinas isso não prova nada. Sem provas isto não passa de fake news. Especulações para fazer audiência.
Não tenho elementos para avaliar as preferencias da monarca em questão, todavia, o texto não me parece despropositado,como faz crer alguns leitores que, aqui, deixaram seus comentários. É bom saber que os monarcas também tinham e exercitavam suas preferências sexuais, inclusive de natureza homosexuais. Já passa da hora de deixar de lado esses preconceitos!
“Amélia era filha do Conde de Paris, membro da monarquia, fazendo parte de linhagem real francesa”
A monarquia não tem membros , não é um clube, o conde de Paris era de descendente dos reis de França, e pretendente ao trono se a monarquia fosse restaurada em França.