Algumas palavras que deve eliminar do seu vocabulário quotidiano. Língua Portuguesa: enriqueça o seu léxico e evite estas 14 palavras!
Há palavras que podem beliscar a sua imagem. O nosso quotidiano está sujeito a uma velocidade incomum, quando comparado com outros tempos. O trabalho, os transportes que garantem mais e melhor mobilidade, a escola dos filhos que impõem mobilidade, a internet, o avanço da tecnologia tornam tudo bem mais rápido, fazendo com que nas 24 horas de hoje seja possível mais atividades.
Assim se percebe que no nosso quotidiano a escrita seja cada vez mais rápida e concisa. Nestas condições, há um menor cuidado no uso e na escolha das palavras. A pressa, como sabemos, é inimiga da perfeição e, assim, estamos mais sujeitos a cometer erros que nos prejudicam.
Para enriquecer o nosso léxico, é fundamental ler mas, num contexto em que o tempo escasseia, esta atividade é descurada e, com isso, o nosso vocabulário não é enriquecido. Assim, para evitar esse problema, reunimos para si algumas palavras que deve mesmo evitar usar, pelo menos de um modo recorrente, pois há alternativas bem melhores.
Língua Portuguesa: enriqueça o seu léxico e evite estas 14 palavras!
Muito
Esta é uma palavra bastante comum, de que muitos usam e abusam. É constante recorrer a ela, embora possa ser facilmente evitada. Sabendo que não é um erro recorrer a ela frequentemente, há determinados contextos em que há melhores alternativas, nomeadamente quando colocamos a palavra “muito” antes dos adjetivos.
Leia também: Língua Portuguesa: 20 palavras que poucos conhecem
Por exemplo, se eu pretendo dizer que estou “muito feliz”, é uma opção mais esclarecida optar por dizer que estou “felicíssimo”. Outras alternativas são: estou “extasiado” ou “esfuziante” ou “entusiasmado”. Pode ou não pode evitar o uso excessivo da palavra “muito” no seu discurso?
Talvez
O termo “talvez” transmite incerteza; é algo que indica dúvida. O que se pretende num discurso é que ele seja objetivo, claro e informado. Esta palavra transmite precisamente o contrário do pretendido. “Talvez” indicia incerteza e indecisão o que transmite insegurança. Assim sendo, “provavelmente” deve evitar esta palavra, substituindo-a por outras expressões como “provavelmente”.
Coisas
Há coisas na vida que devem ser evitadas. Seja usar no singular (“coisa”), seja no plural (“coisas”). Esta palavra surge em demasia no discurso de todos nós. É algo que infelizmente se tornou banal. Esta expressão não é precisa, nem objetiva e, por isso, ela não descreve nada com exatidão.
Logo, se pretendemos realizar discursos objetivos, claros e informativos, devemos evitá-la. Esta é uma palavra inimiga desses discursos.
Ir/Fui
O nosso discurso pode tornar-se monótono e repetitivo, se estivermos a recorrer frequentemente a determinadas palavras, usando-as como verdadeiras “muletas”. Entre elas, estão o “ir” e o “fui”.
Mas há uma série de verbos que podem servir de alternativa, pois são sinónimos do termo “ir”, nomeadamente “dirigir-se”, “andar”, “partir”, “deslocar-se”, entre outros. Devemos diversificar ao máximo as expressões usadas, pois elas conferem maior riqueza ao texto e ao discurso.
Completamente/totalmente
Este advérbio é, frequentemente, redundante. É tão comum usá-lo que, por vezes, é usado desnecessariamente.
Dizer “completamente” (ou “totalmente”) é desnecessário; é um exemplo de um uso inadequado do termo. É colocar palavras no discurso que em nada o enriquecem. Assim, neste contexto, “completamente” é uma palavra desnecessária e que pode prejudicar o discurso.
Leia também: Língua Portuguesa: 15 palavras «roubadas» pelos franceses
Surpreendente
Quem pretende ter um discurso claro e objetivo deve evitar a palavra “surpreendente”. Sabemos que algo surpreendente é algo inesperado. Contudo, usar tal termo nada mais nos diz sobre o acontecimento, nomeadamente se essa surpresa é positiva ou negativa.
Assim, deve optar por palavras mais diretas como “maravilhoso” ou “aterrador”, para tornar o discurso mais esclarecedor, pois informa mais sobre o impacto da surpresa, indicando se ela foi negativa ou positiva.
Sempre/nunca
As palavras “sempre” e “nunca” implicam uma carga muito pesada e devem ser evitadas, pois basta uma excepção para desmentir o nosso discurso. Existem casos em que se justifica o seu uso, mas abusamos destas palavras. Aplicamos inadequadamente estes termos em alguns casos indevidos.
Se, por exemplo, as aplicarmos em algo que é muito provável, mas não é absolutamente certo, então é sinal de que não as devemos usar. Devemos ter muita atenção e cuidado ao utilizar estas palavras, pois assim fazemos um discurso muito fechado ou radical.
É preferível optar por “frequentemente” ou “raramente”, pois estas são melhores alternativas, sendo expressões mais leves e que abrem espaço para as excepções.
Leia também: Língua Portuguesa: 10 palavras que muitos pronunciam mal
Aquilo/aquela/isso/esse
São logo quatro palavras e estão agrupadas, pois representam um conjunto que é bastante usado. São termos utilizados frequentemente, por vezes de forma desnecessária. Uma ideia importante é não usar estas expressões para se referir a uma pessoa, pois é, no mínimo, deselegante.
Agora que leu as nossas sugestões, conheceu melhores alternativas para determinadas palavras que são usadas frequentemente, a indicação final que deixamos é de que sempre que realizar um texto, no final releia o texto produzido e verifique se é possível eliminar algumas das palavras aqui referidas.