A história de Portugal estende-se ao longo de quase 9 séculos. Quase 900 anos onde muitos portugueses alcançaram diversos feitos que os distinguiram entre os demais. Várias foram as personalidades que foram bem-sucedidas em diversas áreas, conseguindo sucessos que as colocaram nos manuais da história de Portugal. O nosso país teve vários heróis, mas poucos são os que são reconhecidos fora do país. O fundador do Reino tem esse mérito.
D. Afonso Henriques vai ter estátua em Zamora (Espanha)
O início da dinastia
D. Afonso Henriques nasceu no dia 25 de junho do ano 1111, em Guimarães, a cidade que se tornou no “berço da nação”. Os seus pais foram D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa. Ele ficou para a história de Portugal como “O Conquistador”.
Foi o primeiro rei de Portugal. Ele reinou entre 1143 e 1185. O Rei D. Afonso Henriques iniciou assim a 1ª Dinastia, que ficou conhecida como Dinastia Afonsina (ou por Dinastia Borgonha).
Ele casou-se com D. Mafalda de Sabóia e, quando o filha de ambos chegou ao trono, deu seguimento à Dinastia Afonsina. D. Sancho I foi o filho herdeiro do trono. Ele ficou conhecido como “O Povoador” e reinou entre 1185 e 1211.
Mais tarde, foi o neto de D. Afonso Henriques a liderar o reino, D. Afonso II (filho de D. Sancho I e de D. Dulce de Aragão). Este rei ficou conhecido como o “O Gordo”. D. Afonso II reinou entre 1211 e 1223.
Uma estátua em Espanha
D. Afonso Henriques irá ter uma estátua em Espanha. Esta estátua está a ser preparada na cidade berço, em Guimarães. O escultor vimaranense Dinis Ribeiro é o autor desta estátua. Ela repousará num plinto desenhado pelo arquiteto Abel Cardoso.
A estátua apresentará 4,2 metros, sensivelmente, e repousará em cima de um plinto de 1,8 metros. Por isso, a estrutura total da estátua terá uma altura superior 6 metros e irá pesar cerca de 15 toneladas.
O autor da estátua, Dinis Ribeiro, defendeu o seguinte: “Vamos usar três materiais: o granito da região de São Torcato, um lugar mítico da narrativa da Reconquista Cristã da Península; o mármore de Estremoz simbolizando a ligação de Afonso Henriques à expansão do reino para o sul; e o granito negro Angola encerra a trilogia de materiais, ligando a figura do primeiro rei à Expansão Marítima.”
Dinis Ribeiro revela que a criação de uma estátua de Afonso Henriques rapaz é algo diferente, uma proposta que assegura outra visão sobre o Conquistador. O Escultor defende “Habituámo-nos a imaginar D. Afonso Henriques a partir da figura esculpida por Soares dos Reis, que podemos ver em Guimarães e em réplicas em Santarém e Lisboa. Trata-se de um homem entre os 30 e os 40 anos, no seu pleno vigor físico. Esta nova escultura abre uma porta para o nosso imaginário, uma vez que retrata a figura singela de um rapaz no meio da puberdade.”
Dinis Ribeiro defende ainda que “a peça retrata o jovem Afonso no momento imediatamente antes de se ajoelhar para se fazer cavaleiro, com as mãos na espada que também pode ser encarada como uma cruz”, desvenda. O autor confessa que “o pior que pode acontecer é dizerem que está muito bonitinha, espero que gere controvérsia, gosto de criar desarrumação.”
A estátua será inaugurada em Zamora. O evento será organizado em parceria com a Fundação Rei Afonso Henriques e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal, contando com o apoio do Ajuntamento de Zamora e da Câmara Municipal de Guimarães.
O monumento será instalado nos dias 29 e 30 de abril.
A inauguração da escultura, na cidade espanhola, só irá acontecer no sábado, dia 29 de abril, no jardim da Fundação Afonso Henriques, pelas 18h. No dia 30, irá celebrar-se uma missa solene na Catedral, que será presidida pelo bispo de Zamora, D. Fernando Valera.
Generosamente, este homem dirigiu um convite ao arcebispo de Braga e ao bispo de Coimbra, fazendo questão de manifestar o seu desejo de os ter no local como concelebrantes.
Florentino Cardoso, presidente da direção da Grã Ordem Afonsina, defendeu o seguinte: “a escolha deste local para a colocação da estátua de D. Afonso Henriques deveu-se ao facto de ele se ter armado cavaleiro no dia de Pentecostes de 1125, na Catedral de Zamora, perante D. Paio Mendes (arcebispo de Braga de 1118 a 1137), tendo este ato constituído o prenúncio da dignidade régia que possuía.”
O representante da Grã Ordem Afonsina explicou que o objetivo desta estátua passa por divulgar “o relevante e transcendental papel da vida e obra do nosso rei fundador”. A Grã Ordem Afonsina revela estar “muito grata pelo apoio mecenático e também com o apoio institucional da Câmara de Guimarães que, desta forma, pretende alavancar mais uma das ações de promoção do primeiro rei português, como pedra angular na formação de uma nação e de uma cultura, reiterando o nome de Guimarães como primeira capital deste território”.
Esta ordem tem já preparado um programa especial de viagem com transporte em autocarro de turismo, incluindo alojamento e pensão completa. Irá difundir essa informação oportunamente, nomeadamente através das suas redes sociais. Para estar a par dessas publicações, veja aqui. Se tem interesse em ir à inauguração, acompanhe a página regularmente.
A ligação do Rei de Portugal à cidade espanhola é evidente. A vida do monarca esteve sempre muito ligada a Zamora. Florentino Cardoso defende que “foi ali que, em 1143, se deu o encontro de paz e amizade entre ele e o seu primo Afonso VII”.
A Fundação Rei Afonso Henriques é uma instituição hispano-portuguesa que tem sede partilhada entre Zamora e Bragança. Por isso, revelou-se fundamental para dar o impulso decisivo que permitiu que o projeto avançasse.
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A Fundação Rei Afonso Henriques (FRAH)
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