A gruta do Algar do Carvão é fabulosa e fica na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores. Visitá-la, é uma sensação indescritível!
O arquipélago dos Açores está cheio de encantos e belezas naturais que vale a pena ficar a conhecer. Todas as 9 ilhas são fabulosas e donas de maravilhas sem igual. Porém, hoje concentramo-nos numa atração da ilha Terceira.
A 12 quilómetros de Angra do Heroísmo e a aproximadamente 640 metros de altitude, a cratera de Guilherme Moniz guarda um fenómeno vulcânico surpreendente. O Algar do Carvão fica dentro de um vulcão inativo que possui um cone vulcânico com aproximadamente 90 metros de altura e uma lagoa de águas cristalinas, situada a aproximadamente 100 metros de profundidade.
Algar do Carvão, nas entranhas de um vulcão nos Açores
A origem deste algar remonta à grande erupção do Pico Alto, a qual teve lugar a norte do aparelho vulcânico do Guilherme Moniz, causando o derrame das suas lavas a uma grande distância.
Posteriormente, voltou a ocorrer uma nova erupção, desta feita basáltica, a qual foi responsável por rasgar o solo e formar um vulcão estromboliano, o Pico do Carvão.
Primeiramente, formou-se a zona da lagoa e as duas abóbadas sobre a mesma. Depois, formou-se o Algar do Carvão.
Os derrames de lava formaram rios de lava ácida muito fluidos que acabaram por carbonizar a vegetação existente. A datação dos fósseis presentes na zona permite datar o Algar do Carvão com cerca de 2148 anos.
A descida ao algar…
Atualmente, é possível ir até ao interior da gruta, descendo por uma escadaria. A primeira vez em que alguém acedeu ao algar foi em 1893, usando para isso uma corda, Os heróis desta aventura foram Cândido Corvelo e José Luís Sequeira. Mais tarde, em 1934, Didier Couto repetiu o feito, aproveitando para realizar o primeiro perfil do algar.
Já nos anos 60, começaram a ser feitas descidas ao algar com o propósito de explorar o espaço. Foi mesmo criada uma associação (“Os Montanheiros”) para o efeito.
Esta associação foi responsável pela descoberta de muitos materiais que permitiram ficar a conhecer melhor o algar.
Lentamente, as descidas ao algar passaram a ser feitas em expedições, ao fim de semana, por grupos de dezenas de pessoas. Porém, como a descida era muito demorada, começaram a ser realizados levantamentos topográficos que permitiram estudar a possibilidade de abrir um túnel que permitisse um acesso mais facilitado aos visitantes.
A abertura do túnel
As obras para a abertura do túnel tiveram início a 28 de maio de 1965 e terminaram a 28 de novembro de 1966. O túnel conta com 44 metros até ao interior do algar tendo, posteriormente, sido alargado e consolidado em betão.
No interior do algar, foi ainda feita uma escadaria de madeira que facilitava o acesso ao algar. Em 1977, esta escadaria foi substituída por uma de betão, com 300 metros. Há cerca de 20 anos, esta escadaria foi repavimentada e alargada.
Abertura ao público
Após tantas obras, o algar foi oficialmente inaugurado ao público no dia 1 de dezembro de 1968. Até ali iam residentes, turistas e outros curiosos que queriam ficar a conhecer o lagar e que, para tal iam guiados por membros da associação “Os Montanheiros”, os quais se faziam acompanhar de focos e candeeiros a gás.
Mais tarde, já nos anos 80, foi montado o primeiro sistema de iluminação fixa no interior, o qual era alimentado por um gerador. Também nessa altura, foi construída uma casa para receber os visitantes e colocar os geradores e arrumos.
Atualidade
Atualmente, o Algar do Carvão é a cavidade vulcânica mais popular dos Açores. Foi, de resto, a primeira a receber visitantes. Além disso, este é um sítio de interesse geológico; é um geossítio do Geoparque Açores e finalista no concurso das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”.
O que pode ver?
Se visitar o algar, vai poder contactar com espécies de aves, como o pardal, o melro preto e o tentilhão, assim como com uma flora bastante diversificada.
Neste espaço, também se realizam atuações de grupos corais e grupos de música popular e até se celebram eucaristias. Também já aqui foram feitas muitas reportagens e documentários.
Atualmente, o algar é visitável todo o ano. Eis os horários a reter:
- 1 de janeiro a 31 de março: terças, quartas, sextas e sábados – 14h30 às 17h (exceto no Dia de Ano Novo e terça-feira de Carnaval)
- 1 de abril a 31 de maio: todos os dias – 14h30 às 17h30
- 1 de junho a 30 de setembro: todos os dias – 14h às 18h
- 1 de outubro a 31 de dezembro: terças, quartas, sextas e sábados – 14h30 às 17h (exceto no dia 1 de dezembro, Véspera de Natal, Dia de Natal e Véspera de Ano Novo)
Nota: O preço da entrada é de 8€.
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O Cachalote
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