Há muito que a descoberta da Austrália por James Cook, levantava dúvidas aos historiadores. O historiador australiano, Peter Trickett, vem agora contrariar o que se ensinou nos últimos 237 anos: afinal foram os portugueses a descobrir a Austrália.
Embora a maioria dos historiadores sustente que a descoberta europeia da Austrália ocorreu em 1606 com a viagem do navegador neerlandês Willem Janszoon a bordo do Duyfken, foram avançadas numerosas teorias alternativas. A precedência da descoberta foi reclamada pela China, Portugal, França, Espanha e, até, para os Fenícios. Dessas teorias, uma das mais bem suportadas é a teoria da descoberta da Austrália pelos portugueses.
Segundo a agência de notícias Reuters, foi encontrado um novo mapa que prova que não foram os ingleses nem holandeses que descobriram a Austrália… mas antes navegadores portugueses! Este mapa do século XVI, com referências e informação pertinentes escrito em português, foi encontrado numa biblioteca de Los Angeles e prova que foram navegadores portugueses os primeiros europeus a descobrir a Austrália.
O mapa assinala com detalhe e acuidade, várias referências da costa Este Australiana, tudo relatado em português, provando que foi a frota de quatro barcos liderada pelo explorador “Cristóvão de Mendonça” quem efetivamente descobriu a Austrália no longínquo ano de 1522.
Peter Trickett acredita que o público irá ter grande interesse no assunto. “A tese da descoberta portuguesa da Austrália tem um bom acolhimento por parte do leitor comum. O mesmo não acontece no meio académico, que acha que não é possível e não pode ser verdadeira, apesar das provas apontadas”, disse Peter Trickett à Agência Lusa.
Segundo o historiador, terá sido o navegador Cristóvão Mendonça, por volta de 1522, o primeiro português a avistar as costas australianas, quando navegava na zona por ordem de D. Manuel I. Cristóvão Mendonça procurava a “ilha de Ouro” citada nos relatos de Marco Pólo.
Peter Trickett fundamentou esta sua afirmação em mapas de origem portuguesa que cartografaram parcialmente a Austrália já no século XVI, tendo-lhe atribuído o nome de “Terra de Java”.
Cristóvão Mendonça terá ancorado ao largo da atual Botany Bay, área que cartografou referindo as “montanhas de neve”, as dunas de areia branca que ali existiram até serem domadas pela relva de um campo de golfe, segundo declarações do autor.
O estudioso australiano menciona ainda os cerca de 150 topónimos australianos “de clara origem portuguesa” e questiona “que explicação se pode dar para tal?”.
Além dos mapas de origem portuguesa, Peter Trickett aponta o aparecimento em mares australianos de dois potes de cerâmica de estilo português. Um deles foi datado como sendo do ano 1500, o da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral, o outro aguarda datação.
Na área arqueológica cita-se também a descoberta de um peso de pesca com 500 anos, em Fraser Island, no Estado australiano de Queensland.
A “ilha de ouro”
A política de sigilo das monarquias ibéricas, designadamente dos reis D. João II e D. Manuel I, e que terá encoberto o conhecimento do Brasil, foi também praticada relativamente a esta “Terra de Java”, a Austrália atual, defende o historiador.
Tudo aponta para “uma clara antecipação da descoberta da Austrália pelos portugueses, a mando de D. Manuel I na busca da ilha de ouro”. Hoje, a Austrália é o terceiro maior produtor mundial de ouro.
Os meios académicos não aceitam esta tese, ao contrário do que aconteceu com a tese da primazia da descoberta Viking da América do Norte que, após provas arqueológicas apresentadas por Helge Ingsrad, é hoje amplamente aceite.
Para Peter Trickett, “a natureza humana é o que é, não aceita ter-se enganado ou dizer que errou, tanto mais quando se trata de académicos, com teses e trabalhos teóricos publicados sobre o assunto, a terem de admitir que erraram”.
Acresce a esta “negação da primazia lusa” o facto de Peter Trickett não ser um académico, vir do meio jornalístico e não universitário.
“É certo que dizem que a tese é errada, insustentável, mas não fizeram até hoje qualquer crítica séria do ponto de vista científico. Penso que acham que a minha tese é difícil de combater e preferem não dizer nada de concreto”, sublinhou.
O estudioso afirmou à Lusa que continua a investigar o assunto e que o seu editor projeta editar a obra em Espanha e na Holanda, onde há uma tese que refere que navegadores holandeses terão também avistado costas australianas antes de Cook.
Para Peter Trickett, porém, foram os navegadores portugueses que “exploraram e cartografaram efetivamente as costas australianas, bem como parte substancial das da vizinha Nova Zelândia”, com base quer nos mapas, quer nos primeiros achados arqueológicos em meio marítimo.
Aparentemente já haviam povos habitando a Austrália. Desta forma os portugueses não descobriram.
É como o teu Brasiu que já havia povos que o habitavam e quem descobriu foi o Lulinha da Silva, descobriu gajos como tu que os roubou até dizer chega.
Então não descobriram nada, nem ninguém nunca descobriu nada porque todas ss terras descobertas
já tinham população nativa!!!
E não se diz ” já haviam povos…” mas sim “já havia povos”. O verbo haver é impessoal!!! Ok?
Eu reformulo essa sua pseudo-opinião: o DESCOBRIR, é apenas uma palavra diferente e acreditando no que este historiador diz, foram os portugueses os primeiros europeus, a acostar à Austrália, aliás como no Japão.
Márcio Magalhães, lestes mas não entendestes? O artigo diz “……foram os primeiros EUROPEUS a chegar …..” ou coisa que o valha.
O facto de um território já ser habitado NADA tem a ver com os Descobrimentos, pois estes foram uma atividade científica de revelação dos caminhos do mar para ir e vir de uma determinada região, seu mapeamento, etc… O facto de lá haver nativos que desconheciam o restante mundo e nada comunicaram a terceiros é irrelevante. Descobrir NÃO é chegar.
Quer alguém referir e como foi dito, descobriu-se a Autrália para a EUROPA, pois esta não sabia da sua existência.
Márcio Magalhães, quando dizermos que Newton descobriu a gravidade não quer dizer que antes ela não existia. Agora pergunto, se a notícia fosse “afinal foram os holandeses a descobrir a Austrália” faria esse comentário? Um pouco mais de raciocínio e pragmatismo. De chavões estamos nós cheios.
Boa Nadia !!
Justamente, descobrir não significa inventar, significa “destapar” ou seja tornar visível ou dar a conhecer algo existente que antes não estava visível e por isso não se conhecia sequer a sua existência.
NÓS DESCOBRIMOS TUDO E NÃO TEMOS NADA !!! GRANDE NOIA !!!!! BEIJINHOS
Tudo o que tínhamos, conquistado no passado pelos Heróis portugueses, ou nos foi roubado, ou vendido pelos sucessivos e desonestos oportunistas que de Portugal se apoderaram como governantes, desde Abril de 1974.
As possessões holandesas no Oriente foram todas roubadas dos portugueses durante a União Ibérica e nos anos subsequentes… SE permaneceu uma África para chamarem de Portuguesa ou o Brasil como território lusitano, isso se deu ao empenho da população da terra – fosse ela ameríndia, africanos ou filhos de portugueses – que naquela época eramos todos vassalos do mesmo rei. Infelizmente, a gente valorosa da terrinha tombou toda em Álcacer Quibir… o que sobrou de filhos caçulas e entreguistas – seja para Espanha ou Inglaterra – são imagem apagada dos varões cantados por Camões… …e a ‘elite’ que repicamos aqui para o Brasil é infelizmente muito parecida…
Esta é de cabo de esquadra e nas palavras do manel coiso, foram os militares de Abril que nos roubaram ou deram oportunidade a que os governantes pos 25abril, prosseguissem. Se há qualquer coisa que tenha valido a pena fazer, foi o 25abril e tudo o que se seguiu até hoje. Só quem tenha vivido nesta merda de País antes de 74 pode avaliar a diferença que fez , para melhor muitíssimo melhor, refresque as ideias.
De cabo de esquadra deve ser o apego ao chavão das loas ao 25A. Por que cegas e condicionadas ao “hoje estamos melhor que nessa altura”, sem qualquer dado objectivo a comprovar essa mentira. Basta comparar a qualidade de vida em Portugal e no Norte da Europa nos anos de 1910/20; 1960/70 e 2010/20. Enquanto o norte europeu subiu do pe descalço para a fome e destruição do pós-guerra e dai progrediu para uma alta capacidade económica e de qualidade de vida; em Portugal passamos da instabilidade e bancarrota para um desenvolvimento económico sustentável e crescente, para posteriormente cairmos a cada ano mais na cauda da Europa económica e do desenvolvimento.
O facto de um território já ser habitado NADA tem a ver com os Descobrimentos, pois estes foram uma atividade científica de revelação dos caminhos do mar para ir e vir de uma determinada região, seu mapeamento, etc… O facto de lá haver nativos que desconheciam o restante mundo e nada comunicaram a terceiros é irrelevante. Descobrir NÃO é chegar.
Quando se fala de descobrir terras fala-se sempre de uma cultura muito mais avançada integrar no seu conhecimento geográfico a existência de terras por eles desconhecidas. Ao tempo dos descobrimentos a Europa encontrava-se no Renascimento, um estágio cultural muitíssimo mais avançado do que a idade da pedra, em que se encontravam os povos e as terras descobertas na Australia, Nova Zelandia, América do sul e do Norte.
Houve outras culturas que fizeram descobrimentos, por exemplo, a China teve várias épocas de explorações e descobrimentos, que são sempre referentes a uma determinada cultura e civilização, neste caso a Chinesa.
Não se fala do descobrimento da Índia, do Japão ou da China, porque essas terras já eram conhecidas dos Europeus, directa ou indirectamente e porque todas tinham culturas e civilizações com um estágio de civilizacional ou similar ou próximo do da cultura ocidental, nalguns casos e nalguns aspetos superiores.
Aliás, os nativos da Austrália só descobriram os portugueses quando estes chegaram à Austrália. Aparentemente, os nativos “australianos” nunca tiveram a curiosidade de ir descobrir Portugal.
Assim como os Inuit não descobriram a existência do Brasil até séculos depois dos portugueses o terem descoberto. E assim por diante…
As histórias europeias foram escritas pelos europeus. Cada povo podia ter escrito (talvez não se não tinham “inventado” uma forma de escrita facilmente comunicável) a sua própria história e as suas descobertas de outras terras e de outros povos. Por exemplo, pena que os povos que habitavam na terra que chamamos Brasil, não tenham “descoberto” Portugal antes e escrito sobre esse feito histórico.