A forma como escrevemos tem um impacto fundamental na nossa credibilidade. E nunca é tarde para aprender: confira 8 erros de português que podem arruinar a sua imagem.
Escrever bem é meio caminho andado para causar uma boa impressão seja no que for. Tem um currículo invejável, mas enviou um e-mail repleto de erros?
Esse pode muito bem ser um dos fatores que fará com que não seja escolhido/a. Conheça alguns dos erros mais comuns da língua portuguesa de seguida.
8 erros da Língua Portuguesa que arruínam a sua imagem
Qualqueres
Há uma tendência qualquer que as pessoas têm de usar “qualqueres” como plural da palavra “qualquer”. Há também quem assuma o risco e use “quaisqueres”.
Como acontece com muitas das coisas que as pessoas têm tendência a usar, esta também está errada. O plural de “qualquer” é “quaisquer”. “Qualqueres” não é nada e “quaisqueres”, quanto muito, é o plural do plural.
Esitar
É bastante provável que a letra H tenha sido introduzida no nosso alfabeto apenas para tornar a nossa vida mais complicada. Como é uma consoante muda e não acrescenta nada a nível sonoro à palavra, muitas pessoas esquecem-se de a escrever.
Sucede que há várias palavras que têm H no início e esta é uma delas. Claro que, pelos motivos já mencionados, há várias pessoas que se esquecem desse H e optam por escrever apenas esitar e poupar a tinta da caneta.
Extender
Para quem trabalhar diariamente com a língua inglesa, a palavra pode até não parecer mal escrita à primeira vista.
Sucede que a tradução à letra de extend não é extender mas sim estender. Quer nos refiramos à palavra no contexto de “estender a roupa” ou de extensão de qualquer coisa, em ambos os casos se usa o S e não o X.
Losangulo
Primeiro que tudo vamos concordar que é totalmente inútil haver um nome específico para uma figura geométrica de quatro lados.
Já há dois: retângulo e quadrado. Um losango (sim, losango) nada mais é que um quadrado ou um retângulo que sofreu um desvio de 90º.
Interviu
A conjugação do verbo intervir no pretérito perfeito do indicativo é um problema para muitos portugueses. Não é complicado se pensarmos na formação da palavra. Intervir vem do verbo vir e, por isso, os tempos verbais formam-se da mesma forma.
“Viu” é parte do verbo ver e não do verbo vir. O pretérito perfeito de vir na terceira pessoa do singular é “veio”, o que faz com que a mesma conjugação do verbo “intervir” seja “interveio” e não “interviu”.
Haver
Sabem aquela comichão alérgica de que muitas pessoas sofrem com a chegada da primavera?
Os portugueses com a mínima noção da sua língua sofrem da mesma comichão quando alguém escreve “isso não tem nada haver”. Ter a ver, no sentido de ter relação com, é sempre usado desta forma e não com o verbo haver.
Destrocar
“Podes ir ali destrocar-me esta nota?”. Não, não posso. O que é destrocar uma nota? É trocar por algo previamente trocado?
Destrocar é uma redundância. No máximo nós trocamos uma nota por moedas, nunca destrocamos. Destrocar é desfazer uma troca.
Desfolhar
Corria o ano de 1969. Simone de Oliveira subia ao palco da Eurovisão em Madrid para cantar “Desfolhada Portuguesa” referindo à descamisada do milho.
Nunca ao longo da letra escrita por Ary dos Santos se fala em desfolhar papéis. E não se fala porque só se desfolham papéis se os quisermos rasgar.
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