Séculos de história e milhões de pessoas que já passaram por algumas delas. Dignas de visita, conheça as 7 Estações de Comboios mais bonitas de Portugal.
A empresa Comboios de Portugal foi criada em 11 de maio de 1860 pelo empresário espanhol José de Salamanca y Mayol, com o nome de Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses, para construir as linhas ferroviárias que ligassem a cidade de Lisboa ao Porto e à fronteira com Espanha em Badajoz. E desde aí, foram construídas estações de comboios que são autênticas joias arquitetónicas.
Dignas de visita, conheça as 7 Estações de Comboios mais bonitas de Portugal, com séculos de história e milhões de passageiros que por lá já passaram. São consideradas as mais belas de Portugal e mais do que gares, são autênticos monumentos que vale bem a pena visitar.
As 7 Estações de Comboios mais bonitas de Portugal
- Estação do Pinhão
- Estação de São Bento
- Antiga Estação de Aveiro
- Estação de Vilar Formoso
- Estação de Coimbra
- Estação do Rossio
- Gare do Oriente
1. Estação do Pinhão
A Estação Ferroviária do Pinhão é ponto de paragem obrigatório na Linha do Douro. Construída no séc. XIX, o apeadeiro é sobejamente conhecido pelos 24 painéis de azulejos que adornam as paredes.
Da autoria do pintor e ceramista J. Oliveira, retratam a vida do Douro Vinhateiro, desde as paisagens, às vindimas e ao pisar da uva. Pode chegar lá de carro ou, no verão, juntar o útil ao agradável e viajar a bordo do Comboio Histórico do Douro.
2. Estação de São Bento
Em conjunto com a Estação do Rossio, em Lisboa — a esta já lá vamos —, a Estação de São Bento, no Porto, está entre as 10 estações de comboio mais bonitas do mundo. A contribuir para esse título estão os grandes painéis de azulejos que enchem o átrio principal. Leia aqui a história do fantasma da Estação de São Bento.
Ao entrar nesta estação o mais comum é ver grupos de turistas de cabeça no ar a apreciar os cerca de 20 mil azulejos da autoria de Jorge Colaço.
Muitos deles retratam cenas da História de Portugal, como o casamento de D. João I ou a conquista de Ceuta. Um lugar essencial em qualquer roteiro pela Baixa da Invicta.
3. Antiga Estação de Aveiro
Os azulejos que cobrem a fachada da antiga Estação Ferroviária de Aveiro chamam logo a atenção de quem chega ao local. Datam de 1916 e são oriundos da Fábrica da Fonte Nova, reproduzindo motivos regionais num estilo chamado de Casa Portuguesa.
Das paisagens regionais, à ria ou aos pescadores, a riqueza impera naqueles trabalhos de azulejaria espalhados pela parte central de três pisos e pelas laterais da gare._
4. Estação de Vilar Formoso
Inaugurada em 1882, a Estação Ferroviária de Vilar Formoso entra para a lista das mais belas de Portugal também pelo revestimento exterior em azulejo.
A decoração saiu da arte de João Alves de Sá, o mesmo autor de painéis que se encontram noutras gares, como a de Rio Tinto e a de Estremoz.
Produzidos na Fábrica Viúva Lamego e colocados no início do séc. XX, os azulejos da estação de Vilar Formoso ultrapassam as referências locais, reproduzindo monumentos que, até aos dias de hoje, sempre se destacaram no panorama nacional, como o Mosteiro da Batalha, a Torre de Belém ou o Castelo de Guimarães, entre outros.
5. Estação de Coimbra
A Estação Ferroviária de Coimbra, também conhecida como Coimbra-A ou Estação Nova, foi inaugurada em 1885, resultado de um projeto dos arquitetos Cotinelli Telmo e Luís Cunha.
Ao contrário da maioria das estações que compõem esta lista, na gare de Coimbra os azulejos deram lugar à pedra e às linhas retas e triangulares.
A inspiração do ferro prevalece até na fachada desta estação, nomeadamente nas grandes palas que cobrem a entrada ou nos pilares da zona de acesso aos comboios.
6. Estação do Rossio
É outra das estações mais belas do mundo, classificada como Imóvel de Interesse Público. A Estação dos Caminhos de Ferro do Rossio há muito que entrou para os principais guias turísticos de Lisboa.
O projeto do arquiteto José Luís Monteiro levou à construção de um edifício de estilo neomanuelino que utiliza o ferro numa linguagem arquitetónica inserida no romantismo tardio português.
O duplo arco da entrada, em formato de ferradura, dá as boas-vindas aos visitantes, desde os que partem em viagem aos que ali vão apenas para apreciar a estrutura ferroviária.
Os detalhes na fachada, com os seus pináculos, balaustrada e janelas coroadas por esferas armilares, tornam ainda mais rica a estrutura e destacam-na como uma das atrações da cidade.
7. Gare do Oriente
Inserida no conjunto de infraestruturas criadas para a Expo’98, a Gare do Oriente é hoje uma das estações mais modernas do país.
Para além do objetivo de servir todos os visitantes que ali se deslocaram por altura da exposição mundial, a estação rapidamente se tornou num dos principais pontos de transportes coletivos (comboio, autocarro e metro) de Lisboa.
Resultado de um projeto liderado por Santiago Calatrava e Andrés Caride, a estação ferroviária encontra-se numa plataforma a 19 metros acima do nível da rua, em forma de ponte de betão armado.
As oito linhas de comboio que alberga são cobertas por uma estrutura metálica modular que faz lembrar quatro fileiras de árvores. Uma construção que veio marcar de forma contemporânea e permanente a zona oriental da cidade.
So estão duas estações, não sete
É pena que, na Estação do Oriente, a beleza arquitectónica não seja acompanhada pela funcionalidade. Com toda a certeza que o Sr Arquitecto Calatrava nunca ali apanhou um comboio ou autocarro no Inverno…
Tem razão! essa estação foi feita para ser vista nas fotos e documentários e não para ser usada porque, de facto, a bela cobertura não cobre de nada!
Absolutamente de acordo. O cais de embarque é inóspito, sem bancos, sem informação. As falas nos altifalantes não se ouvem. Uma vergonha.
Parece que a estação de Coimbra, passou ou passará a receber tróleisCarlo em circuito Coimbra Lousã