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Início Lingua Portuguesa

8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

A poetisa é um dos nomes grandes da poesia portuguesa. O número 8 é especial na sua vida, por isso selecionámos 8 belos poemas de Florbela Espanca.

Márcio Magalhães Por Márcio Magalhães
Outubro 29, 2019
em Lingua Portuguesa, Poemas e Poesia
1
belos poemas de Florbela Espanca

8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

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Florbela Espanca

Florbela Espanca: os melhores poemas e as melhores frases

Abril 12, 2019

A poetisa é um dos nomes grandes da poesia portuguesa. O número 8 é especial na sua vida, por isso selecionámos 8 belos poemas de Florbela Espanca.

A portuguesa, que nasceu a 08 de dezembro de 1894 em Vila Viçosa, com o nome Flor Bela Lobo, desabrochou numa poetisa de enorme talento que se autonomeou Florbela d’Alma da Conceição Espanca.

Faleceu com 36 anos completos, no dia do seu aniversário. A escritora suicidou-se na véspera da publicação da sua popular obra, Charneca em Flor. O número 8 é especial na vida de Florbela: 8 foi o dia do seu nascimento, 8 o dia em que escolheu despedir-se do mundo e, por isso, selecionámos também 8 poemas seus que nos encantam.

poesia
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Ser Poeta

Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

 

É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!

 

É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim…

É condensar o mundo num só grito!

 

E é amar-te, assim, perdidamente…

É seres alma, e sangue, e vida em mim

E dizê-lo cantando a toda a gente!

                                   Florbela Espanca

poesia
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Charneca em Flor

Enche o meu peito, num encanto mago,

O frémito das coisas dolorosas…

Sob as urzes queimadas nascem rosas…

Nos meus olhos as lágrimas apago…

 

Anseio! Asas abertas! O que trago

Em mim? Eu oiço bocas silenciosas

Murmurar-me as palavras misteriosas

Que perturbam meu ser como um afago!

 

E, nesta febre ansiosa que me invade,

Dispo a minha mortalha, o meu bruel,

E já não sou, Amor, Soror Saudade…

 

Olhos a arder em êxtases de amor,

Boca a saber a sol, a fruto, a mel:

Sou a charneca rude a abrir em flor.

                              Florbela Espanca

belos poemas de Florbela Espanca
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Tortura

Tirar dentro do peito a Emoção,

A lúcida verdade, o Sentimento!

— E ser, depois de vir do coração,

Um punhado de cinza esparso ao vento!…

 

Sonhar um verso de alto pensamento,

E puro como um ritmo de oração!

— E ser, depois de vir do coração,

O pó, o nada, o sonho dum momento…

 

São assim ocos, rudes, os meus versos:

Rimas perdidas, vendavais dispersos,

Com que eu iludo os outros, com que minto!

 

Quem me dera encontrar o verso puro,

O verso altivo e forte, estranho e duro,

Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!

                            Florbela Espanca

belos poemas de Florbela Espanca
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Nostalgia

Nesse País de lenda, que me encanta,

Ficaram meus brocados, que despi,

E as jóias que plas aias reparti

Como outras rosas de Rainha Santa!

 

Tanta opala que eu tinha! Tanta, tanta!

Foi por lá que as semeei e que as perdi…

Mostrem-se esse País onde eu nasci!

Mostrem-me o Reino de que eu sou Infanta!

 

Ó meu País de sonho e de ansiedade,

Não sei se esta quimera que me assombra,

É feita de mentira ou de verdade!

 

Quero voltar! Não sei por onde vim…

Ah! Não ser mais que a sombra duma sombra

Por entre tanta sombra igual a mim!

                            Florbela Espanca

belos poemas de Florbela Espanca
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Tarde no mar

A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.

O horizonte: um cacto purpurino.

E a vaga esbelta que palpita e ondeia,

Com uma frágil graça de menino,

 

Pousa o manto de arminho na areia

E lá vai, e lá segue o seu destino!

E o sol, nas casas brancas que incendeia,

Desenha mãos sangrentas de assassino!

 

Que linda tarde aberta sobre o mar!

Vai deitando do céu molhos de rosas

Que Apolo se entretém a desfolhar…

 

E, sobre mim, em gestos palpitantes,

As tuas mãos morenas, milagrosas,

São as asas do sol, agonizantes…

                      Florbela Espanca

belos poemas de Florbela Espanca
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

A vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;

Inútil o desejo e o sentimento…

Lançar um grande amor aos pés de alguém

O mesmo é que lançar flores ao vento!

 

Todos somos no mundo <<Pedro Sem>>,

Uma alegria é feita dum tormento,

Um riso é sempre o eco dum lamento,

Sabe-se lá um beijo de onde vem!

 

A mais nobre ilusão morre… desfaz-se…

Uma saudade morta em nós renasce

Que no mesmo momento é já perdida…

 

Amar-te a vida inteira eu não podia.

A gente esquece sempre o bem de um dia.

Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

                       Florbela Espanca

belos poemas de Florbela Espanca
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

Amor que morre

O nosso amor morreu… Quem o diria!

Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,

Ceguinha de te ver, sem ver a conta

Do tempo que passava, que fugia!

 

Bem estava a sentir que ele morria…

E outro clarão, ao longe, já desponta!

Um engano que morre… e logo aponta

A luz doutra miragem fugidia…

 

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver

São precisos amores, pra morrer,

E são precisos sonhos para partir.

 

E bem sei, meu Amor, que era preciso

Fazer do amor que parte o claro riso

De outro amor impossível que há-de vir!

                            Florbela Espanca

poesia
8 dos mais belos poemas de Florbela Espanca

A nossa casa

A nossa casa, Amor, a nossa casa!

Onde está ela, Amor, que não a vejo?

Na minha doida fantasia em brasa

Constrói-a, num instante, o meu desejo!

 

Onde está ela, Amor, a nossa casa,

O bem que neste mundo mais invejo?

O brando ninho aonde o nosso beijo

Será mais puro e doce que uma asa?

 

Sonho… que eu e tu, dois pobrezinhos,

Andamos de mãos dadas, nos caminhos

Duma terra de rosas, num jardim,

 

Num país de ilusão que nunca vi…

E que eu moro – tão bom! – dentro de ti

E tu, ó meu Amor, dentro de mim…

                          Florbela Espanca

Etiquetas: Florbela Espanca
Márcio Magalhães

Márcio Magalhães

Um Mestrado em Ensino não fazia prever o percurso consolidado e bem sucedido no marketing digital e na produção de conteúdos, com publicação regular de artigos em diversas plataformas. (exclusivamente responsável pelo conteúdo textual)

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