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Início Língua Portuguesa

6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

As prosas e poesias portuguesas estão cheias de emoção e sentimento. Conheça alguns poemas que nos fazem amar a língua portuguesa!

Márcio Magalhães Por Márcio Magalhães
01/04/2021
em Língua Portuguesa, Poemas e Poesia
1
Poemas que nos fazem amar

6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

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Estes são poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa, definem a vida e a poesia. Lê-los é melhor do que encontrar a definição da palavra poema num dicionário. 

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A definição fria de poema é muito limitada, “nome masculino, obra em verso”. No sentido figurado, poema é coisa ou assunto de caráter poético. É um termo que vem do grego poíema, «obra», pelo latim poēma-, «poema»”.

Qualquer pessoa precisa de muito mais para perceber o que é um poema. Quando se procura pela palavra poema no Google (ou noutros motores de busca), podemos ficar a conhecer o que as pessoas querem. Entre as expressões mais frequentemente usadas nessa pesquisa estão: “Poemas de amor”, “Poemas sobre a vida” ou “Poemas bonitos”. Há também quem procure os “Melhores poemas portugueses” ou “grandes poemas” ou “Poemas de Fernando Pessoa”.

 

Fernando Pessoa é apenas um dos grandes nomes que nos ajuda a perceber a verdadeira dimensão de um poema. Reunimos alguns poemas que servem como uma verdadeira definição de poema.

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Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

 

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

 

Cântico Negro

 

“Vem por aqui” — dizem-me alguns com olhos doces,

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Estendendo-me os braços, e seguros

De que seria bom se eu os ouvisse

Quando me dizem: “vem por aqui”!

Eu olho-os com olhos lassos,

(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)

E cruzo os braços,

E nunca vou por ali…

 

A minha glória é esta:

Criar desumanidade!

Não acompanhar ninguém.

— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade

Com que rasguei o ventre a minha mãe.

 

Não, não vou por aí! Só vou por onde

Me levam meus próprios passos…

 

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,

Por que me repetis: “vem por aqui”?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,

Redemoinhar aos ventos,

Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,

A ir por aí…

 

Se vim ao mundo, foi

Só para desflorar florestas virgens,

E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!

O mais que faço não vale nada.

 

Como, pois, sereis vós

Que me dareis machados, ferramentas, e coragem

Para eu derrubar os meus obstáculos?…

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,

E vós amais o que é fácil!

Eu amo o Longe e a Miragem,

Amo os abismos, as torrentes, os desertos…

 

Ide! tendes estradas,

Tendes jardins, tendes canteiros,

Tendes pátrias, tendes tectos,

E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.

Eu tenho a minha Loucura!

 

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,

E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios…

 

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.

Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;

Mas eu, que nunca principio nem acabo,

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

 

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!

Ninguém me peça definições!

Ninguém me diga: “vem por aqui”!

A minha vida é um vendaval que se soltou.

É uma onda que se alevantou.

É um átomo a mais que se animou…

Não sei por onde vou,

Não sei para onde vou,

Sei que não vou por aí.

 

 José Régio, Cântico Negro.

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

As pessoas sensíveis

As pessoas sensíveis não são capazes

De matar galinhas

Porém são capazes

De comer galinhas

 

O dinheiro cheira a pobre e cheira

À roupa do seu corpo

Aquela roupa

Que depois da chuva secou sobre o corpo

Porque não tinham outra

O dinheiro cheira a pobre e cheira

A roupa

Que depois do suor não foi lavada

Porque não tinham outra

 

“Ganharás o pão com o suor do teu rosto”

Assim nos foi imposto

E não:

“Com o suor dos outros ganharás o pão”.

 

Ó vendilhões do templo

Ó construtores

Das grandes estátuas balofas e pesadas

Ó cheios de devoção e de proveito

 

Perdoai-lhes Senhor

Porque eles sabem o que fazem.

 

Sophia de Mello Breyner, As pessoas sensíveis

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

muda-se o ser, muda-se a confiança;

todo o Mundo é composto de mudança,

tomando sempre novas qualidades.

 

Continuamente vemos novidades,

diferentes em tudo da esperança;

do mal ficam as mágoas na lembrança,

e do bem (se algum houve), as saudades.

 

O tempo cobre o chão de verde manto,

que já coberto foi de neve fria,

e, enfim, converte em choro o doce canto.

 

E, afora este mudar-se cada dia,

outra mudança faz de mor espanto,

que não se muda já como soía.

 

Luís de Camões, Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

Há palavras que nos beijam

Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.

 

Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.

 

De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas, inesperadas

Como a poesia ou o amor.

 

(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído,

No papel abandonado)

 

Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte.

 

Alexandre O’Neill, Há palavras que nos beijam

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

Lisbon Revisited

Nada me prende a nada.

Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.

Anseio com uma angústia de fome de carne

O que não sei que seja —

Definidamente pelo indefinido…

Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto

De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.

 

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.

Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver na rua.

Não há na travessa achada número de porta que me deram.

 

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.

Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.

Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.

Até a vida só desejada me farta — até essa vida…

 

Compreendo a intervalos desconexos;

Escrevo por lapsos de cansaço;

E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.

 

Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;

Não sei que ilhas do Sul impossível aguardam-me náufrago;

Ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.

 

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma…

E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,

Nos campos últimos da alma onde memoro sem causa

(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),

Nas estradas e atalhos das florestas longínquas

Onde supus o meu ser,

Fogem desmantelados, últimos restos

Da ilusão final,

Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,

As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.

 

Outra vez te revejo,

Cidade da minha infância pavorosamente perdida…

Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui…

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,

E aqui tornei a voltar, e a voltar,

E aqui de novo tornei a voltar?

Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,

Uma série de contas-entes ligadas por um fio-memória,

Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

 

Outra vez te revejo,

Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

 

Outra vez te revejo — Lisboa e Tejo e tudo —,

Transeunte inútil de ti e de mim,

Estrangeiro aqui como em toda a parte,

Casual na vida como na alma,

Fantasma a errar em salas de recordações,

Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem

No castelo maldito de ter que viver…

 

Outra vez te revejo,

Sombra que passa através de sombras, e brilha

Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,

E entra na noite como um rastro de barco se perde

Na água que deixa de se ouvir…

 

Outra vez te revejo,

Mas, ai, a mim não me revejo!

Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,

E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim —

Um bocado de ti e de mim!…

 

Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa, Lisbon Revisited

Poemas que nos fazem amar
6 Poemas que nos fazem amar a Língua Portuguesa

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.

 

Eles não sabem que o sonho

é vinho, é espuma, é fermento,

bichinho álacre e sedento,

de focinho pontiagudo,

que fossa através de tudo

num perpétuo movimento.

 

Eles não sabem que o sonho

é tela, é cor, é pincel,

base, fuste, capitel,

arco em ogiva, vitral,

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia,

máscara grega, magia,

que é retorta de alquimista,

mapa do mundo distante,

rosa-dos-ventos, Infante,

caravela quinhentista,

que é Cabo da Boa Esperança,

ouro, canela, marfim,

florete de espadachim,

bastidor, passo de dança,

Colombina e Arlequim,

passarola voadora,

pára-raios, locomotiva,

barco de proa festiva,

alto-forno, geradora,

cisão do átomo, radar,

ultra-som, televisão,

desembarque em foguetão

na superfície lunar.

 

Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida.

Que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.

 

António Gedeão, Pedra Filosofal

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Etiquetas: língua portuguesapoemaspoemas e poesiapoesia
Márcio Magalhães

Márcio Magalhães

Um Mestrado em Ensino não fazia prever o percurso consolidado e bem sucedido no marketing digital e na produção de conteúdos, com publicação regular de artigos em diversas plataformas. (exclusivamente responsável pelo conteúdo textual)

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Comentários 1

  1. Luciano Ferreira says:
    4 anos atrás

    Estou encantado com o conteúdo
    e a sensibilidade desses autores,
    especialmente nesses poemas.
    Muito grato !

    Responder

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