Fique a conhecer melhores doces tradicionais que encantam os paladares em todo o país. Apresentamos-lhe os doces tradicionais mais irresistíveis. O nosso país apresenta uma riqueza imensa, seja pela beleza natural, pelos monumentos, pelas inúmeras atrações, pela gastronomia. Por isso, são vários os estrangeiros a visitar este cantinho à beira-mar plantado.
A doçaria e a pastelaria também fazem parte das muitas razões que encantam os visitantes. As delícias nacionais são mais que muitas. Assim, definir quais são as melhores opções, revela-se uma missão difícil. As nossas sugestões apresentam os doces portugueses mais atrativos. Aqueles exemplares que todos têm de provar pelo menos uma vez na vida!
Quais são os 5 dos melhores doces tradicionais portugueses?
A doçaria nacional tem uma qualidade ímpar. A produção realizada em conventos e mosteiros ao longo da história seguramente que contribuiu para que fosse criado um património fantástico que deixa todos rendidos, portugueses e estrangeiros, que visitam o nosso país. Eis alguns dos melhores doces nacionais.
1 – Pastéis de Santa Clara
A Ordem de Santa Clara marcou presença em cidades portuguesas como Vila do Conde, Porto, Xabregas, Mosteiro de Jesus em Setúbal, Mosteiros das Chagas e da Esperança em Vila Viçosa e o Mosteiro da Conceição em Beja, o que comprova que proliferou pelo território de Portugal. Os pastéis de Santa Clara encontram-se entre os vários doces lá produzidos. Eles foram criados em honra da Santa. Os Pastéis de Santa Clara ficaram famosos devido ao seu sabor.
Estes doces apresentam-se em forma de meia-lua. Estes pastéis são constituídos por uma massa externa criada com farinha e um líquido ou gordura. A massa exterior é feita com farinha de trigo, açúcar, manteiga e um pouco de sal.
Além disso, os Pastéis de Santa Clara são recheados com um creme doce com gemas de ovo. Para a criação do recheio, é colocado açúcar em ponto de estrada e, posteriormente, acrescenta-se amêndoa ralada e gemas de ovo que, ao lume, transformam-se num creme consistente e uniforme.
Este doce tanto pode ser frito, como cozido no forno. Independentemente da opção, estes pastéis recebem no final um toque especial: são polvilhados com açúcar em pó. O local de maior produção dos pastéis de Santa Clara é Vila do Conde.
2 – Pão-de-ló
Existem várias versões deste bolo tradicional. De norte a sul do país, podemos testemunhar diferentes tipos. Segundo os historiadores, a primeira receita encontrada sobre o pão de ló está presente no livro “Cozinheiro Moderno ou a Nova Arte de Cozinha”, de Lucas Rigaud. Nesta obra de 1780, está presente uma versão de Pão-de-ló (ou Bolo de Sabóia).
No geral, este é um bolo fofo confecionado com ovos, açúcar e farinha. Partindo desta receita base, existem 3 tipos genéricos do bolo. Há o Pão-de-ló seco, o Pão-de-ló cremoso e o Pão-de-ló molhado ou servido com cobertura. A composição dos produtos ajuda a diferenciar as diversas opções, para misturar e controlar a temperatura do cozimento.
3 – Pastéis de nata
O pastel de nata é seguramente uma das principais bandeiras da doçaria portuguesa. As origens apontam para o Convento de Santa Catarina de Sena, presente em Évora, onde os pastéis eram realizados com massa folhada e um recheio composto por natas frescas, açúcar e gemas de ovo. A mesma receita ainda surge no Mosteiro de Arouca e, também, no Convento de Santa Clara de Évora.
Além disso, vários conventos femininos de Lisboa, também confecionavam estes doces tão populares. A receita original dos pastéis de nata é feita com massa folhada. Entre os ingredientes principais encontram-se ainda o açúcar e canela. Outro dos destaques vai naturalmente para o creme que dá vida ao doce.
O creme dos pastéis de nata é feito com vários ingredientes populares, que se encontram na casa da maioria dos portugueses, nomeadamente: gemas de ovo, açúcar, natas, leite, um pouco de farinha de trigo, sal e pau de canela.
4 – Ovos moles
Os ovos moles são um doce ligado à bela cidade de Aveiro, mais precisamente ao Mosteiro de Jesus de Aveiro. Os dois ingredientes essenciais para fazer os famosos ovos-moles são açúcar e gemas de ovo.
Existem variações presentes em cada convento. Havia receitas distintas que com o tempo passaram a conjugar um formato só. Ao longo de muitos anos, a venda dos ovos-moles constituiu-se como uma parte importante das receitas financeiras dos conventos. Na atualidade, este produto aveirense apresenta uma menção oficial: “Ovos moles de Aveiro – Indicação Geográfica Protegida”.
Apesar de ser uma receita com poucos ingredientes, não é simples de fazer. Requer a sua técnica. As gemas para se fazer os ovos-moles devem ser bem separadas das claras. Além disso, o açúcar deste doce deve situar-se entre o ponto de estrada e o ponto de cabelo.
Outro passo importante está na forma de misturar os dois ingredientes. A colher deve fazer movimentos de vaivém, em direção a quem confeciona. Não deve fazer movimentos circulares.
A veracidade destes produtos é atestada pela sigla IGP. Ela somente pode ser usada pelos fornecedores dos seguintes concelhos: Aveiro, Albergaria-a-Velha, Ovar, Murtosa, Estarreja, Sever do Vouga, Ílhavo, Águeda, Vagos e Mira.
Os ovos-moles são tradicionalmente colocados em barricas de madeira, elementos que se apresentam pintados com temas aveirenses. No entanto, também é possível ver estes doces apresentados em potes de porcelana ou em folhas de hóstia, moldadas com motivos marinhos.
5 – Arroz-doce
O arroz-doce marca presença na mesa da maioria dos portugueses em épocas festivas, nomeadamente no Natal. Apesar de ser reconhecido como um dos melhores doces nacionais, o arroz-doce revela-se uma herança moura.
Existem variantes deste doce. No entanto, a receita base e original do arroz-doce tem como ingredientes principais o arroz (idealmente, carolino), o leite, o açúcar, a canela, os ovos, a casca de citrino (especialmente, laranja ou limão), além de água de flor de laranjeira, ainda que seja algo que se encontra em desuso.
O doce terá sido difundido através da Pérsia, apesar de alguns historiadores apontarem as suas origens para a Índia e Indonésia. O arroz-doce é uma das primeiras receitas a ser identificada com a designação “à portuguesa”.
O arroz-doce não é reconhecido como um doce conventual. No entanto, é possível encontrar receitas deste produto em conventos, nomeadamente no Convento de Arouca (que não usa gemas), no Convento de S. Domingos de Elvas, no Convento de Santa Clara de Guimarães, no Convento da Senhora da Conceição de Lagos, no Convento de Sant’ Ana de Coimbra e no Convento de S. João de Ponta Delgada.
A forma decorativa e artística de polvilhar o arroz acontece em todas as receitas. Este procedimento é realizado, após ele estar pronto.
Aprenda a preparar alguns destes doces maravilhosos:
- Ovos moles de Aveiro, um doce com história (receita original)
- Receita de Pão de Ló húmido e rápido
- Pastel de Belém: a receita portuguesa
Conclusão
A verdade é que a riqueza da doçaria e da pastelaria nacional é tão expressiva que seguramente muitas pessoas poderiam formar um top 5 diferente, com outros alimentos. Quais seriam os seus 5 produtos da pastelaria nacional que colocaria nesta seleção dos melhores doces portugueses?