Existem vários pleonasmos que são frequentemente repetidos, por isso passam despercebidos, mas deve evitar repetir-se: 10 pleonasmos a evitar!
No nosso dia-a-dia, somos confrontados frequentemente com expressões ou frases que são redundantes, havendo na mesma frase diferentes palavras a repetir a mesma ideia, por isso são um excesso de ruído, sem acréscimo de informação.
Esse é um erro comum que deve ser evitado, é algo que devemos corrigir. Alguns pleonasmos até podem ser detetados pelos mais atentos, mas há muitos que facilmente escapam, passando despercebidos. São pleonasmos que surgem nos media; são proferidos nas conversas de café; são realizados em contexto laboral… entre muitos outros contextos.
Essa constante repetição do pleonasmo contribui para que os pleonasmos sejam perpetuados. Há questões que devemos colocar para nos ajudar a refletir sobre esta temática. O que é isso de pleonasmo?
É importante refletir sobre o que são os pleonasmos e perceber como eles podem prejudicar a nossa mensagem. Todos devemos pretender tornar a nossa comunicação mais clara e objetiva. Saiba mais sobre este tema com o presente artigo do NCultura.
Língua Portuguesa: 10 pleonasmos a evitar
O que significa pleonasmo?
Pleonasmo é um termo que vem do grego pleonasmós, «superabundância», pelo latim pleonasmu-, que significa «pleonasmo». Pleonasmo é um nome masculino que é referente a um recurso estilístico.
Um pleonasmo pode consistir em usar de modo intencional determinadas palavras e expressões que, sendo repetitivas e redundantes, permitem tornar uma ideia mais expressiva. O pleonasmo é ainda o ato de exprimir por muitas palavras o que pode ser dito em poucas; um circunlóquio.
O termo pleonasmo também se refere ao que é supérfluo, desnecessário. É uma repetição de uma determinada ideia na mesma frase, como por exemplo: «Vi claramente visto.» Os Lusíadas, Luís de Camões.
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É minha opinião pessoal
Quando se dá uma opinião, dá-se sempre um parecer pessoal acerca de alguma coisa.
Se eu vou opinar sobre algo, estou a dar uma opinião que é necessariamente minha e que é necessariamente pessoal.
Sair para fora/Entrar para dentro
Esta dupla é ouvida quase todos os dias. É tão comum que passa facilmente despercebida.
São muitos os que dizem “vou sair para fora”, como se fosse possível alguém sair para dentro. O mesmo se pode dizer quando se fala em entrar para dentro. Não se pode entrar para fora, pois não?
Tenho um amigo meu
Há quem afirme: “Tenho um amigo meu que é capaz de fazer coisas maravilhosas”. Contudo, afirmá-lo não deve ser motivo de orgulho, pois estaria a cometer um erro de linguagem comum, que só os ouvidos mais atentos detetam.
Naturalmente, se eu tenho um amigo, esse amigo é necessariamente meu. Por que razão se vai acrescentar uma palavra à frase que não adiciona informação nenhuma?
Hemorragia de sangue
Toda a hemorragia é de sangue, certo? Então, por que razão se vai estar a acrescentar uma palavra que se torna irrelevante?
Vi com os meus olhos
Um pleonasmo pode ficar bem num poema ou numa canção de amor, mas no nosso quotidiano não há razão para se usar pleonasmos, nomeadamente deste tipo, pois é impossível ver pelos olhos de outrem (tomar esta frase no sentido literal é algo macabro, certo?). Também é impossível ver com outra parte do corpo.
Há anos atrás
Naturalmente, basta dizermos há anos, pois dizermos “atrás” nada acrescenta à informação dada anteriormente. Se dissermos “há anos”, será sempre há anos atrás, pois não há a possibilidade de ser há anos à frente, pois não?
Adiar para depois
Não se pode adiar para antes, pois isso seria antecipar. Adiar é sempre alterar algo, um evento (um jantar, um almoço), agendando-o para uma data posterior.
Surpresa inesperada
Usar sinónimos numa mesma frase é, geralmente, um método errado. As palavras “surpreendente” e “inesperado” são sinónimos. Qualquer surpresa é sempre inesperada. É impossível uma surpresa ser esperada. Surpreendido? Esperamos que não.
Eu pessoalmente acho que
É comum ouvir afirmar: “Eu pessoalmente acho que…”. São muitas pessoas a afirmá-lo. Sai tão naturalmente que passa despercebido. Contudo, pensando no significado das palavras, percebemos que é um erro, havendo repetição da mesma ideia.
Mar salgado
Fernando Pessoa usou a expressão com todo o seu talento, mas sabia o que fazia. A sua construção visava construir uma relação metafórica entre o mar e as lágrimas derramadas pelos portugueses.
Contudo, no nosso quotidiano, é errado dizer mar salgado, pois é um pleonasmo, já que todo o mar é salgado. Se fosse de um rio, de um lago ou de derivados é que não seria água salgada, mas seria sim doce.
Subir para cima / Descer para baixo
Há excesso de informação em ambas as frases aqui apresentadas. Se vamos subir, é porque vamos para cima. Da mesma forma que, se vamos descer, é para baixo que vamos.
Contudo, tal não se aplica se dissermos a frase “vou subir a descida”, uma vez que uma descida se pode subir, tal como uma subida se pode descer. Tudo depende do ponto de vista da pessoa. É como dizer o copo está meio cheio ou está meio vazio…
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