A cidade de Lisboa tem diversas atrações. Muitas delas contribuem para contar informações importantes sobre o passado da cidade. Existem monumentos que até foram erguidos antes da fundação do reino de Portugal. Por isso, são elementos importantes que contribuem para que compreendermos melhor o que aconteceu no território que hoje identificamos como português. Há construções que contam estórias, como o Teatro Romano de Lisboa que foi construído há 2 milénios.
Este núcleo museológico está situado na zona histórica da capital. Ele está presente numa das encostas que dá acesso ao Castelo de São Jorge. A sua riqueza histórica é tanta que ele se tornou num dos lugares lisboetas que todos devem visitar pelo menos uma vez na vida.
Atualmente, sobram apenas as ruínas do Teatro Romano. Este é um dos núcleos do Museu de Lisboa. Este espaço permite aos seus visitantes viverem uma experiência única. Viajar no tempo até ao século I d.C.
O Teatro Romano foi (re-)descoberto pela primeira vez no ano de 1798. Esse momento histórico aconteceu quando se procedia à reconstrução da cidade, algo que foi necessário devido aos efeitos devastadores do grande terramoto de 1755. Este espaço encontrava-se abandonado e soterrado e foi “redescoberto” no século XX.
O Teatro Romano permite-nos viajar até um tempo em que Portugal não existia. Nessa época, o território que hoje reconhecemos como Lisboa era conhecido como Felicitas Iulia Olisipo, uma cidade romana. Por isso, o Teatro Romano de Lisboa é um dos monumentos que merece uma visita, porque se revela um testemunho desses tempos.
Nessa altura, Felicitas Iulia Olisipo era um porto importante da província da Lusitânia. Os romanos dominavam a Península Ibérica nessa época. O teatro revelava-se um símbolo de poder do Império. Todos os que chegavam pelo Tejo deparavam-se com o imponente edifício.
Esta atração lisboeta é considerada Imóvel de Interesse Público desde 1967. O reconhecimento da importância das Ruínas do Teatro Romano de Lisboa é claro e notório. Por isso, elas estão em vias de se tornar Monumento Nacional. O processo de reclassificação do espaço já foi iniciado. Em breve, o Teatro Romano pode ser classificado como um bem com valor cultural de significado para a Nação.
Além do campo arqueológico, onde se pode ver o embasamento do proscaenium (muro de delimitação do palco) e a parte da orquestra (área que se encontrava reservada à elite citadina), o Museu de Lisboa – Teatro Romano apresenta uma área de exposição de longa duração, instalada em dois edifícios de distintas épocas.
A história do Teatro Romano estende-se no tempo. O edifício foi construído no ano de 57 d.C., no período do Imperador Augusto, no século I, tendo sido remodelado quando Nero se encontrava no poder.
Na época em que foi erguido, a cidade romana apresentava equipamentos públicos relevantes. O Teatro Romano era considerado um dos mais importantes. Ele foi um dos primeiros edifícios a ser erigido na Felicitas Iulia Olisipo. Este espaço era uma referência da cidade romana. Tinha capacidade para acolher 4.000 espetadores.
A localização privilegiada do Teatro Romano, presente numa encosta elevada com vista para o rio Tagus (Tejo), contribuiu para que este edifício se tenha tornado num dos maiores símbolos da Lisboa romana.
O Teatro teve um papel importante da vida na cidade romana. No entanto, foi abandonado no século IV d.C. Este espaço permaneceu soterrado, durante muito tempo. Um acontecimento que foi trágico para a cidade de Lisboa permitiu a descoberta das ruínas romanas.
O grande terramoto de 1755 gerou a necessidade de obras, a serem realizadas um pouco por toda a cidade e foi na sequência das obras de reconstrução da capital que o Teatro Romano foi descoberto pela primeira vez.
Esse momento aconteceu em 1798. Devido às invasões napoleónicas, o Teatro Romano foi novamente esquecido. Por isso, só mais tarde, o Teatro Romano voltou às “luzes da ribalta”, no século XX.
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Excerto Documentário ” “Fundeadouro Romano em Olisipo”
Vídeo de: Festival Caminhos do Cinema Português
Informação Útil
Morada: Rua de São Mamede 3A (Alfama)
Horário: terça-feira a domingo das 10h às 18h
Contactos: +351 215 818 530 / [email protected]
Mais informações, aqui.
Horário
De terça a domingo: 10h às 18h / (última entrada 17h30)
Encerra: Segunda-feira, nos feriados 1 de janeiro, 1 de maio e 25 de dezembro.
Como chegar?
Metro: Terreiro do Paço Baixa-Chiado
Autocarro: 714, 732, 736, 737, 760.
Elétrico: 12E 28E
Onde estacionar: Estacionamento nas proximidades, Chão do Loureiro, Portas do Sol e Campo das Cebolas.