Aprenda a identificar o azeite falsificado. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) tem intensificado a sua ação no combate à falsificação de azeite em Portugal, desmantelando esquemas que incluem desde a venda de garrafões sem rótulo até à comercialização fraudulenta de óleos de qualidade inferior, como o óleo de bagaço de azeitona, apresentado como azeite virgem extra.
Esta prática não só prejudica o consumidor, como compromete a reputação de um dos produtos mais tradicionais da gastronomia portuguesa.
Saiba como identificar azeite falsificado
Segundo a Executive Digest, um dos sinais mais comuns de adulteração no azeite extravirgem é a sua diluição com óleos vegetais mais baratos, como o de soja.
Para quem não está familiarizado com os métodos de análise laboratorial, existem algumas dicas simples que podem ajudar a identificar um azeite adulterado em casa.
Verifique o aroma: O azeite extravirgem autêntico, produzido a partir de azeitonas frescas, tem um aroma frutado e característico. Se o cheiro for semelhante ao de óleo de cozinha comum ou não tiver aquele toque fresco, há uma elevada probabilidade de o produto ser falsificado.
Teste de congelação: Outro método eficaz é colocar uma pequena quantidade de azeite num recipiente e deixá-lo no congelador. Se o azeite for genuíno, ficará com uma textura densa e uma cor consistente. Se, no entanto, a textura for pastosa e esbranquiçada, o azeite pode ter sido adulterado com outros óleos, como o de soja, que não congelam da mesma forma.
Como se proteger da compra de azeite falsificado?
Para evitar ser vítima de fraudes, aqui ficam algumas dicas essenciais:
- Desconfie de preços baixos: Se o preço do azeite estiver muito abaixo da média de mercado, é motivo para suspeitar. A produção de azeite de qualidade tem custos elevados e um preço excessivamente baixo pode indicar adulteração.
- Atenção à rotulagem: Evite produtos que usem termos vagos como “tempero português” ou “tempero espanhol”. Um azeite genuíno nunca é comercializado como “tempero”, mas sim identificado com clareza como azeite virgem ou extravirgem.
- Consulte a origem e a data de produção: Um azeite de qualidade deverá apresentar a origem das azeitonas e a data de colheita de forma clara e transparente. Quanto mais específico for o rótulo sobre a procedência, maior a confiança que pode depositar no produto.
- Procure certificações: Azeites com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP) são submetidos a rigorosos controlos de qualidade, assegurando a autenticidade do produto.
- Cuidado com o armazenamento: Em casa, conserve o azeite em garrafas de vidro escuro ou aço inoxidável, que o protegem da luz e ajudam a preservar a sua qualidade. Evite o uso de recipientes de plástico, que podem contaminar o azeite com compostos indesejáveis.
- Guarde o azeite em locais adequados: O azeite deve ser armazenado num local fresco e seco, longe de fontes de calor e luz intensa. Além disso, deve ser mantido afastado de cheiros fortes, como especiarias, que podem afetar o seu sabor.
O azeite adulterado é prejudicial à saúde?
Embora o consumo de azeite adulterado não represente, em regra, um risco grave para a saúde, a principal preocupação está no engano ao consumidor.
O azeite falsificado não contém as mesmas propriedades nutricionais que o azeite verdadeiro, comprometendo assim os benefícios alimentares que este produto oferece, como a sua ação antioxidante e a capacidade de promover a saúde cardiovascular.
Conclusão
O azeite é um dos pilares da dieta mediterrânica e, por isso, garantir a sua autenticidade é fundamental para manter as suas qualidades nutricionais. Estar atento à origem, ao preço e às certificações são passos importantes para evitar a compra de azeite falsificado.
Ao seguir estas orientações, poderá não só proteger-se de fraudes, mas também garantir que está a consumir um produto genuíno e benéfico para a saúde.