A poucos minutos da Batalha e Fátima, a aldeia recuperada da Pia do Urso é um local repleto de história e possui um ecoparque sensorial que merece uma visita.
Pia do Urso (Batalha)
A Pia do Urso é um espaço que foi reaproveitado, construindo-se um parque temático e sensorial (adaptado a invisuais), acompanhado de um circuito pedestre.
Além da paisagem atrativa e da calma envolvente, o parque é composto por diversas estações interativas e lúdicas.

Assim, constitui um ótimo local para se passar uma tarde, um dia ou mesmo residir por lá durante uns tempos, pois será possível alugar casas antigas que, também, foram reconstruídas.
Ao longo do percurso podem observar-se diversas formações geológicas – as chamadas “pias” – onde, antigamente, os ursos bebiam água; daí a origem do nome deste local: Pia do Urso.
Aqui foi instalado o Eco-Parque Sensorial da Pia do Urso destinado a invisuais, constituindo um conceito inovador que pretende levar a essas pessoas a possibilidade da apreensão do meio envolvente que os rodeia utilizando, para o efeito, os restantes sentidos, particularmente o tato e o olfato.
Situado numa encruzilhada de vias romanas das quais se salienta a que ligava a Olissipo (Lisboa) e Collipo (Batalha/Leiria), por aqui passaram em 1385 os exércitos chefiados por D. Nuno Álvares Pereira, provenientes de Ourém a caminho de Aljubarrota e, quinhentos anos mais tarde, as tropas invasoras de Napoleão Bonaparte que deixaram um rasto de destruição e mortandade.
O lugar da Pia do Urso é pródigo em lendas de entre as quais se salienta a que procura explicar a origem do topónimo, segundo a qual, em tempos recuados, um urso que vivia naquelas serranias tinha por hábito ir beber a uma pia originada da formação rochosa existente no local e que ainda hoje se encontra assinalada.
Pese embora a explicação não se encontrar historicamente fundamentada, existe sempre algo de verdadeiro na descrição lendária, sendo certo que tendo o urso outrora habitado o nosso país, a espécie apenas veio a ser extinta por volta do século XVIII, apenas sobrevivendo na Península Ibérica alguns exemplares na região das Astúrias.
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