Conheça uma construção portuguesa que faz lembrar uma francesa que encanta o mundo. O Palácio Nacional de Queluz é majestoso.
Em Portugal, existem várias construções que encantam os portugueses e todos os estrangeiros que visitam o nosso território. Há pontes, castelos, igrejas, conventos, palácios. Entre tantas construções, estão muitas que nos ajudam a conhecer um pouco da história do nosso país.
Por exemplo, temos um palácio encantador que tem uma história fascinante, está muito bem localizado e revela ter sido inspirado num palácio mundialmente conhecido.
Conheça uma construção portuguesa que faz lembrar uma francesa que encanta o mundo. O Palácio Nacional de Queluz até faz lembrar o de Versalhes.
Palácio Nacional de Queluz, majestoso e ao estilo de Versalhes
Entre Lisboa e Sintra, está Queluz onde se encontra uma construção notável. O Palácio Nacional de Queluz encontra-se presente num espaço particularmente belo. Está integrado na região de Sintra e contribui para um cenário verdadeiramente memorável. O Palácio de Queluz que se encontra em plena harmonia com a Natureza envolvente revela-se um dos monumentos mais belos de Portugal.
O Palácio Nacional de Queluz
Este exemplar arquitetónico de excelência é conhecido por diferentes nomes, “Palácio Real de Queluz” ou “Palácio Nacional de Queluz”. Esta é uma construção datada do século XVII.
Esta construção é tida como um dos últimos grandes palácios da Europa criado em estilo rococó. Este palácio é considerado pelos especialistas como um dos exemplos mais majestosos do velho continente nesse estilo.
O processo de construção
Este palácio revela-se uma construção esplêndida. O processo de construção foi demorado e conheceu diferentes fases ao longo de algumas décadas. O início dos trabalhos começou no ano de 1747. O arquiteto português Mateus Vicente de Oliveira foi o responsável pela condução dos trabalhos que levaram à construção deste palácio.
Influência
Mateus Vicente de Oliveira terá desenhado o Palácio Nacional de Queluz à imagem e semelhança do Palácio de Versalhes. Olhando para um e para outro, facilmente se constata que a construção presente em Paris serviu de inspiração para o arquiteto português.
No entanto, o Palácio Nacional de Queluz apresenta-se como uma construção menor. Porém, a construção portuguesa revela parte da essência do palácio francês. As semelhanças encontram-se em diferentes pormenores.
Por exemplo, há parecenças entre o Palácio Nacional de Queluz e o Palácio de Versalhes, no estilo, decoração ou nos frondosos jardins.
Exterior e interior do Palácio
A fachada cerimonial do Palácio Nacional de Queluz revela-se uma secção do seu extraordinário exterior. A parte principal da fachada do Palácio Nacional de Queluz encontra-se virada para a parte central da localidade de Queluz.
Este Palácio, apesar da sua riqueza interior, apresenta-se positivamente austero no exterior, especialmente quando é feita uma comparação com o interior do Palácio Nacional de Queluz, cujos ornamentos barrocos são caraterísticas principais.
O interior
O Palácio Nacional de Queluz apresenta uma riqueza interior assinalável, tendo sido dada grande atenção a cada detalhe do interior do palácio. O palácio exibe um interior com paredes espelhadas, pinturas e lustres. Este palácio português contou com a qualidade dos artesãos franceses. Estes homens trabalharam na decoração interior até à perfeição.
Os azulejos portugueses, conhecidos pela sua beleza extraordinária, foram usados no Palácio Nacional de Queluz em abundância. Estes azulejos foram feitos à mão e apresentam-se em diferentes cores, destacando-se os tons de azul, amarelo e vermelho, existindo ainda detalhes com pedra italiana e madeira brasileira, dinamarquesa e sueca.
No Palácio Nacional de Queluz, podem ainda encontrar-se outros materiais que foram importados dos quatro cantos do mundo.
Outras riquezas
O Palácio de Queluz tem no seu interior uma grande riqueza. No interior do palácio, também é possível contemplar várias obras de arte. Entre os seus destaques estão diversos móveis, elementos elegantes que permitem decorar as diferentes divisões do palácio, nomeadamente os quartos.
Estas peças integram as coleções reais. Os móveis são itens que refletem os gostos dos estilos da época. No palácio também se encontram peças de porcelana fina. Nestas coleções, existem ainda tapetes de Arraiolos e móveis de estilo francês.
A cozinha
A cozinha é outra divisão do Palácio Real de Queluz que se pode destacar. Esta divisão foi transformada num restaurante. Por isso, se decidir visitar o encantador Palácio Nacional de Queluz pode sempre optar por realizar uma pausa para almoçar neste restaurante.
A oferta gastronómica revela-se outra experiência imperdível. Posteriormente, após digerir a refeição, pode sempre realizar um passeio pelos deslumbrantes jardins do palácio…
Os jardins do Palácio
No exterior, é possível encontrar a escadaria dos leões, através da qual se pode chegar ao Canal de Azulejos, onde existe um lago artificial e vários painéis de azulejos. No lado dos jardins do Palácio Nacional de Queluz, é possível constatar uma articulação das várias fachadas de aparato, nomeadamente a que enquadra o Jardim de Neptuno ou o Jardim Grande.
No piso térreo, tem o corpo central de dois andares que se revela como o maior destaque. Um espaço firmado por portas e janelas de sacada. Os jardins estão repletos de estátuas e ainda se destacam as fontes mitológicas que o tornam num dos ex-líbris da arquitetura palaciana da capital.
Complemento
A construção do Canal dos Azulejos, presente no rio Jamor, revelou-se benéfica. Ele passa nos jardins do palácio com cerca de 130 m de comprimento. Quando as comportas do canal se fechavam, formava-se um plano de água onde era possível fazer passeios de barco entre paredes encantadoras, repletas de azulejos.
Os painéis apresentam vários temas, destacando-se as representações de portos, palácios e paisagens, entre outras.
História
O propósito
Este palácio foi construído para servir de retiro de verão. A sua construção foi feita por D. Pedro, o Duque de Bragança, que viria a casar mais tarde com D.Maria I, que era sua sobrinha.
A quinta
A Quinta de Queluz, que chegou a pertencer ao marquês de Castelo Rodrigo, passou para posse Real no ano 1654. Posteriormente, a quinta foi incorporada na Casa do Infantado.
A partir desse momento até finais do século XVIII, o espaço ganhou a forma que apresenta atualmente, nomeadamente com o marcado revestimento de belos azulejos e a construção de jardins encantadores.
A água
Só no ano de 1786 é que a primeira fase de construção do jardim do Palácio Nacional de Queluz terminou.
Um dos destaques vai para a água. São dois aquedutos que fornecem a água para os lagos e repuxos dos jardins da zona sudoeste. Um deles trata-se do aqueduto da Ponte Pedrinha, proveniente da mina do Pendão no vale do rio Jamor, enquanto o outro trata-se do aqueduto da Gargantada, que vinha da mina da Gargantada no vale da ribeira de Carenque. Já a zona noroeste era abastecida pela bacia da ribeira das Forcadas.
Família Real
Foi só no ano de 1794 que o palácio se tornou a residência da Família Real Portuguesa, oficialmente. Foi neste local que D.Pedro IV de Portugal nasceu, no dia 12 de outubro de 1798.
Em 1807, quando os reis partiram, grande parte do recheio do palácio foi despojado. Curiosamente, D. Pedro IV, já enquanto rei de Portugal, viria a morrer aqui em 1834, precisamente na mesma divisão onde ocorreu o seu nascimento. Esse momento representou o início do declínio da monarquia portuguesa, que acabou por ser derrubada em 1910.
Propriedade do Estado
Após a morte de D. Pedro, que ocorreu em 1786, o Palácio Nacional de Queluz tornou-se num espaço perfeito para o retiro de D. Maria I, num contexto em que o seu estado mental se ia deteriorando progressivamente.
Foi também para este palácio que D. João VI, o príncipe-regente, se mudou com a sua família após o incêndio que ocorreu no Palácio da Ajuda, em 1794, permanecendo no Palácio Nacional de Queluz até altura das invasões francesas.
No ano de 1807, a família real portuguesa sentiu a necessidade de se refugiar no Brasil. Por isso, teve de abandonar o Palácio Nacional de Queluz. O palácio tornou-se propriedade do Estado em 1908, a dois anos da formação da República. Após atravessar um período de restauro decorrente de um incêndio, o Palácio Nacional de Queluz abriu ao público em 1934.
Informação útil:
Endereço: Largo Palácio de Queluz, 2745-191 Queluz
Telefone: 21 923 7300
Preçário: Palácio e Jardins
Bilhete adulto (de 18 a 64 anos): 10 €.
Bilhete jovem (de 6 a 17 anos): 8,5 €.
Bilhete sénior (maiores de 65 anos): 8,5 €.
Bilhete família (2 adultos + 2 jovens): 33 €.
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