A história de um país não é só feita de momentos gloriosos. Também há momentos vergonhosos e humilhantes da história de Portugal. Fique a conhece-los!
Estamos habituados a olhar com orgulho para a história de Portugal, devido a grandes feitos e conquistas nacionais. Porém, a história do nosso país também está repleta de momentos e de episódios vergonhosos que, muitas vezes, preferimos nem recordar.
Da batalha de Alcácer Quibir, à dinastia filipina, sem esquecer o ultimato inglês e o mapa cor-de-rosa, foram muitos os acontecimentos em que Portugal não ficou bem na “fotografia”. Veja quais são os momentos vergonhosos e humilhantes da história de Portugal a que nos referimos!
4 momentos vergonhosos e humilhantes da história de Portugal

Alcácer Quibir
Na obra “Alcácer Quibir 1578 – Visão ou delírio de um rei?”, de Luís Costa e Sousa, ele apresenta a batalha de Alcácer Quibir como um dos episódios mais embaraçosos do nosso país. Porquê? Muito simples.
A liderar a batalha estava um rei ainda muito jovem e inexperiente, D. Sebastião, que acabou por levar o reino português à miséria. A política pouco sábia do rei fez com que Portugal perdesse soberania e, com a morte de D. Sebastião, o país acaba por viver uma crise de sucessão, abrindo portas à chamada dinastia filipina que ainda agravou a situação nacional.

Crise de sucessão e dinastia filipina
Como já adiantámos, a morte de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 e o facto do seu sucessor, o Cardeal Henrique de Portugal já ter 70 anos de idade e ter morrido pouco tempo depois, a 31 de janeiro de 1580, conduziu a uma crise de sucessão, em que três netos de D. Manuel I reclamavam a coroa, a saber: Catarina, infanta de Portugal, duquesa de Bragança, António, Prior do Crato e Filipe II de Espanha.
O Conselho de Governadores do Reino de Portugal acabou por mostrar suporte a Filipe de Espanha, cujas tropas castelhanas entraram no Alentejo a 16 de fevereiro, conquistando várias praças.
Apesar de António Prior do Crato ter recebido algum apoio e ter sido aclamado rei em Santarém e noutras terras do país, em Lisboa não foi muito bem recebido. Entretanto, o terceiro duque de Alba, Fernando Pimentel, impôs às províncias portuguesas a sujeição a Filipe II, travando a batalha de Alcântara, onde derrotou os apoiantes de D. António Prior do Crato.
Assim, em 1581, Filipe II de Espanha foi coroado como Filipe I de Portugal, iniciando-se a dinastia filipina. Apesar de Portugal ter mantido alguma independência no que respeita a ter uma lei, moeda e governo próprios, este não deixou de ser um episódio vergonhoso da história nacional, para a qual Portugal acabou por contribuir.

O ultimato inglês
Se avançarmos uns séculos na história, assistimos em oitocentos a outra vergonha nacional, desta feita relacionada com o mapa cor-de-rosa do Império Africano. Este mapa ligava Angola a Moçambique e todas as terras entre essas duas colónias eram administradas pelo nosso país.
Porém, o que podia ser visto como algo que beneficiava Portugal, acabou por não se revelar tão vantajoso assim. José Medeiros Ferreira, na sua obra “Não há Mapa Cor-de-Rosa: A história maldita da integração europeia”, explica, a propósito do ultimato inglês, que os ingleses desejavam criar uma ligação ferroviária entre a África do Sul e o Egito, pelo que precisavam de passar por várias terras.
Por esse motivo, em 1890, a rainha Vitória de Inglaterra fez um ultimato ao nosso país, em que dizia que ou o nosso país esquecia o “mapa cor-de-rosa”, ou Inglaterra invadiria Portugal.
Perante tal ultimato, o rei D. Carlos nada pôde fazer e Inglaterra acabou por sair vitoriosa. Provavelmente este foi o pretexto ideal para começarem as revoltas republicanas contra a monarquia, que viriam a originar o fim da Monarquia e o início da República.

Primeira Guerra Mundial
De uma forma geral, as guerras são sempre episódios vergonhosos da história da humanidade.
Porém, algumas guerras conseguem ser ainda mais vergonhosas, como é o caso da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), em África, no Norte de Moçambique, onde faleceram centenas de soldados portugueses, sobretudo à fome, à sede e doentes (febres, do paludismo e da disenteria). Uma derrota que teve consequências especialmente nefastas para o nosso país.
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Vergonhos é vocês até hoje não enxergarem o genocídio que praticaram com os povos nativos das terras que invadiram, o tráfico de escravos, dentre outros feitos decorrentes dessa visão eurocentrica….