Explore a zona norte para além dos pontos turísticos mais conhecidos. Se gosta de aventura, estes locais escondidos para descobrir no Norte de Portugal são para si!
A palavra “escondido” pode ser encontrada num dicionário. Este adjetivo significa que se escondeu; que se manteve oculto. O termo também pode ser encarado como sinónimo da palavra recôndito que também se trata de um adjetivo, significa escondido, retirado.
O termo recôndito pode apresentar outros sentidos, como: profundo; íntimo; encerrado; ignorado. Enquanto nome masculino, a palavra recôndito significa recanto, escaninho, âmago. A palavra recondito advém do latim recondĭtu-, com o mesmo significado. É particípio passado de recondĕre, «esconder».
No título deste artigo do NCultura, referimos “locais escondidos” no sentido de recantos ignorados, porque iremos partilhar consigo alguns locais que não têm o crédito que merecem.
Há lugares que apresentam grande riqueza, mas são ignorados. Locais que merecem maior popularidade, mas são desconhecidos ou desvalorizados por muitas pessoas. No presente artigo, centraremos a nossa atenção no norte do país. Fique a conhecer as qualidades destes lugares incríveis que se encontram escondidos na região nortenha.
5 locais escondidos para descobrir no norte de Portugal
1 – Labruge, Vila do Conde (Castro de São Paio)
A surpresa vive-se logo na estrada de acesso a este local. Revela-se um autêntico postal da ruralidade do Norte. Ao longo do caminho, vemos campos e quintas ladeados por muros de pedra.
Contudo, o melhor é, seguramente, o Castro de S. Paio, o único povoado marítimo proto-histórico conhecido no nosso país. É considerado um tesouro da arqueologia de Portugal.
Este é um elemento que remonta à Idade do Ferro. A sua descoberta apenas aconteceu nos anos 50. Esta foi uma aldeia fortificada datada do primeiro milénio a.C.. Ela correspondeu à fixação de povos do Noroeste Peninsular a que os romanos designaram Calaicos. Posteriormente, com a chegada dos romanos cerca de 20 a.C., o espaço foi abandonado.
Na Praia dos Castros, poderá procurar as gravuras dos Penedos Amoladoiros. Poderá ainda descobrir uma gravura enigmática, em forma de colher, uns metros mais a frente no meio da vegetação, está presente num afloramento granítico.
Existe outra gravura próxima do Marco Geodésico que nos indica estarmos perante uma Runa utilizada no alfabeto da escrita pré-germânica, que comprava a passagem dos Normandos neste lugar.
Depois desta aventura, pode dar um mergulho refrescante no Atlântico ou relaxar e contemplar a beleza do pôr do sol na esplanada do Restaurante Castro de São Paio.
2 – Rio Bestança
É a 1229 m de altitude que o Bestança nasce, em plena Serra de Montemuro. O Rio Bestança apresenta uma dimensão de 13,5 km. Este rio desagua em Porto Antigo, na margem esquerda de uma das maiores albufeiras do Douro, que se situa entre Oliveira do Douro e Cinfães. O nome Bestança advém de “bestias”, aludindo ao facto deste rio correr naturalmente em zonas de fauna e flora selvagens.
O Rio Bestança apresenta um curso fluvial que se encontra bem conservado e com um ecossistema sustentável. Por isso, é considerado um dos rios com melhor qualidade ambiental em Portugal.
Este rio foi integrado na Rede Natura 2000. Além disso, o Rio Bestança foi classificado como Biótopo Corine. Ele assume, assim, uma importância ecológica de grande valor, nacional e internacional!
3 – Cascatas do Rio Poio
O nome do rio não é agradável. Contudo, a experiência que se vive neste local é seguramente uma das mais espetaculares que se pode viver na região. A aldeia de Alvadia é atravessada pelas águas deste rio que tem o nome Poio. O rio Poio é um dos mais bonitos e selvagens do norte do país.
As suas águas foram utilizadas durante muitos anos para o funcionamento de moinhos e azenhas. Atualmente, alguns ainda se encontram visíveis, em locais pouco acessíveis deste curso de água.
A cascata Cai d’Alto encontra-se na freguesia de Cerva, em Ribeira de Pena, Vila Real. Esta queda de água tem cerca de 60 metros de altura. A cascata Cai d’Alto nasce junto da povoação de Lamas. O curso de água conflui numa lagoa e muitas pessoas visitam-no com a intenção de praticar desportos como a canoagem e canyoning. Este local é mágico!
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4 – A Casa do Penedo – Fafe
Este é um edifício verdadeiramente encantador, que parece saído de um conto de fadas. A Casa do Penedo foi apelidada por alguma imprensa internacional como “a casa mais estranha do mundo”. Um jornal de grande reputação internacional, o britânico Daily Mail, apelidou esta habitação como “A casa dos Flintstones”.
A Casa do Penedo é uma construção feita nos anos 70. Esta habitação nasceu como abrigo de férias de uma família. A casa foi construída entre quatro rochas de grandes dimensões, o que lhe dá um aspeto incomum, ficando em perfeita comunhão com a Natureza.
Ela ganhou popularidade mundial quando o nome e imagem foram divulgados durante as transmissões do World Rally Championship. O que era um mero retiro de férias, no Norte, chamou a atenção de curiosos, de especialistas de arquitetura e de meros amantes da Natureza. Só a oportunidade de ver a construção por fora era apelativa. Muitos iam vê-la de carro ou por um trilho de Pequena Rota, na Serra de Fafe. Atualmente, até se pode hospedar por uns dias nesta casa.
Morada: Rua Rally de Portugal, nº1610, 4820-820, Várzea Cova, Fafe
Contactos: [email protected] / +351 911 956 631
Mais informações, aqui.
5 – Igreja Românica de São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim)
Este templo encontra-se na Póvoa de Varzim. A Igreja de São Pedro de Rates revela-se um dos exemplares mais importantes da arquitetura medieval românica em Portugal. Esta construção religiosa assenta no local de uma edificação do período suevo-visigótico.
A igreja foi reconstruída pelos Condes D. Henrique e D. Teresa, pais de D. Afonso Henriques. A Igreja Românica de São Pedro de Rates sofreu várias e pouco criteriosas remodelações ao longo dos séculos. Este edifício foi objeto de uma intervenção recente, momento em que se removeram certos acrescentos e se reintegraram partes da volumetria românica original.
