Inverdades sobre vinhos que frequentemente enganam os mais desatentos. Confira as várias ideias erradas sobre o vinho tinto e não só.
Muitas pessoas são enganadas por mitos, mentiras e equívocos que são contados e que vão subsistindo, sem o devido esclarecimento.
É extremamente desagradável sermos confrontados com aquele mosquito que pousa onde não deve… E também muitos desses mitos ou mentiras sobre vinhos se revelam desagradáveis.
Felizmente, a ciência e o conhecimento fornecido pelos verdadeiros especialistas na matéria podem ajudar a refutar estas ideias pré-concebidas, prestando o devido esclarecimento.
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só vinho tinto](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/vinha-outubro-de-2015-e1572087543402.jpg)
Pois nenhuma mentira dita várias vezes deve ser entendida como verdade. Pois independentemente do número de vezes em que é repetida, esta não deixa de ser uma mentira.
Todo o vinho mais velho é melhor
Esta é uma mentira. Existem vinhos que envelhecem bem e outros que não envelhecem bem. Cada caso é um caso e está sempre dependente do seu contexto (o tipo de vinho, a região, as castas, entre muitas outras características que têm influência no bom envelhecimento do vinho).
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só vinho tinto](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/copos-vinho-carcavelos-1920px-e1572087572201.jpg)
Cada vinho tem um timing ideal para ser consumido. Por exemplo, um vinho verde de Portugal deve ser consumido mais jovem (no máximo até aos 2 anos) do que muitos dos seus tintos.
Existem muitos vinhos que são fantásticos e jovens e muitos vinhos antigos que, quando se faz a prova, revelam-se estragados. Muitos dos vinhos que são feitos não têm como objetivo o envelhecimento, mas sim o seu consumo imediato (ou nos anos seguintes à compra).
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/vinho33-1-e1572087598451.jpg)
O vinho faz bem à saúde ou o vinho faz mal à saúde
Ambas são um mito. Tal como muitas outras coisas na vida, o bem e o mal está dependente de um determinado contexto. Um vinho pode tornar-se benéfico ou também o seu contrário.
Se o seu uso for em excesso, ele fará sempre mal. Para um ex-alcoólico, uma gota apenas de vinho pode fazer grandes estragos.
Já se o vinho for consumido moderadamente por uma pessoa saudável, então ele pode ser benéfico. Um copo ao almoço e outro copo ao jantar (especialmente de vinho tinto) é o ideal. Superar estas porções já pode trazer efeitos negativos para a saúde.
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só ideias erradas sobre o vinho](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/wine-cheese-food-istock-scorpp-e1572087627602.jpg)
O vinho engorda
Se existe uma relação de causa-efeito entre o consumo moderado de vinho e o aumento de peso? Não. Este é mais um mito. O vinho por si só não provoca o aumento de peso ou a obesidade.
O aumento substancial do peso está relacionado com muitos fatores. Porém, o que se escolhe para comer, a quantidade do que se bebe e come e um estilo de vida sedentário estão entre as grandes razões para o aumento do peso.
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só ideias erradas sobre o vinho](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/WIne-and-Cheese.jpg)
Os vinhos caros são sempre bons
Errado. Os vinhos caros são sempre – garantidamente! – um produto com custo elevado. Mas essa é a única certeza. Isto, porque existem vinhos caros que não possuem a mesma qualidade de alguns vinhos menos dispendiosos.
A qualidade de um produto não se define no seu preço e tal pode ser comprovado em eventos internacionais, onde surgem vinhos acessíveis a superar vinhos caros nas provas cegas, conquistando medalhas de maior relevo e melhores classificações.
![Ideias erradas sobre o vinho tinto e não só ideias erradas sobre o vinho](https://ncultura.pt/wp-content/uploads/2019/10/Vinhas-01-e1470309741121-660x330.jpg)
O vinho branco é sempre feito com uva branca
Maioritariamente sim, mas não necessariamente. Por exemplo, a Pinot Noir, presente nos famosos espumantes da região francesa de Champagne, ou, em Portugal, o alentejano Invisível, proveniente da Adega da Ervideira, são exemplos de vinhos brancos cuja produção advém da casta tradicionalmente associada aos tintos.