Inverdades sobre vinhos que frequentemente enganam os mais desatentos. Confira as várias ideias erradas sobre o vinho tinto e não só.
Muitas pessoas são enganadas por mitos, mentiras e equívocos que são contados e que vão subsistindo, sem o devido esclarecimento.
É extremamente desagradável sermos confrontados com aquele mosquito que pousa onde não deve… E também muitos desses mitos ou mentiras sobre vinhos se revelam desagradáveis.
Felizmente, a ciência e o conhecimento fornecido pelos verdadeiros especialistas na matéria podem ajudar a refutar estas ideias pré-concebidas, prestando o devido esclarecimento.
Pois nenhuma mentira dita várias vezes deve ser entendida como verdade. Pois independentemente do número de vezes em que é repetida, esta não deixa de ser uma mentira.
Todo o vinho mais velho é melhor
Esta é uma mentira. Existem vinhos que envelhecem bem e outros que não envelhecem bem. Cada caso é um caso e está sempre dependente do seu contexto (o tipo de vinho, a região, as castas, entre muitas outras características que têm influência no bom envelhecimento do vinho).
Cada vinho tem um timing ideal para ser consumido. Por exemplo, um vinho verde de Portugal deve ser consumido mais jovem (no máximo até aos 2 anos) do que muitos dos seus tintos.
Existem muitos vinhos que são fantásticos e jovens e muitos vinhos antigos que, quando se faz a prova, revelam-se estragados. Muitos dos vinhos que são feitos não têm como objetivo o envelhecimento, mas sim o seu consumo imediato (ou nos anos seguintes à compra).
O vinho faz bem à saúde ou o vinho faz mal à saúde
Ambas são um mito. Tal como muitas outras coisas na vida, o bem e o mal está dependente de um determinado contexto. Um vinho pode tornar-se benéfico ou também o seu contrário.
Se o seu uso for em excesso, ele fará sempre mal. Para um ex-alcoólico, uma gota apenas de vinho pode fazer grandes estragos.
Já se o vinho for consumido moderadamente por uma pessoa saudável, então ele pode ser benéfico. Um copo ao almoço e outro copo ao jantar (especialmente de vinho tinto) é o ideal. Superar estas porções já pode trazer efeitos negativos para a saúde.
O vinho engorda
Se existe uma relação de causa-efeito entre o consumo moderado de vinho e o aumento de peso? Não. Este é mais um mito. O vinho por si só não provoca o aumento de peso ou a obesidade.
O aumento substancial do peso está relacionado com muitos fatores. Porém, o que se escolhe para comer, a quantidade do que se bebe e come e um estilo de vida sedentário estão entre as grandes razões para o aumento do peso.
Os vinhos caros são sempre bons
Errado. Os vinhos caros são sempre – garantidamente! – um produto com custo elevado. Mas essa é a única certeza. Isto, porque existem vinhos caros que não possuem a mesma qualidade de alguns vinhos menos dispendiosos.
A qualidade de um produto não se define no seu preço e tal pode ser comprovado em eventos internacionais, onde surgem vinhos acessíveis a superar vinhos caros nas provas cegas, conquistando medalhas de maior relevo e melhores classificações.
O vinho branco é sempre feito com uva branca
Maioritariamente sim, mas não necessariamente. Por exemplo, a Pinot Noir, presente nos famosos espumantes da região francesa de Champagne, ou, em Portugal, o alentejano Invisível, proveniente da Adega da Ervideira, são exemplos de vinhos brancos cuja produção advém da casta tradicionalmente associada aos tintos.