Explore as vistas deslumbrantes a partir do Funicular dos Guindais no Porto. Conheça os encantos deste ícone que combina história e modernidade. O Porto é uma cidade emblemática. A Invicta tem um charme especial que a torna única no mundo. Existem diversas atrações que chamam a atenção portuenses, portugueses, estrangeiros. Todos ficam rendidos aos encantos desta cidade.
Um dos pontos de interesse que torna a cidade ainda mais maravilhosa é o Funicular dos Guindais. Esta é uma obra de engenharia icónica que está presente no coração do Porto. Explorar o Funicular dos Guindais permite-nos fazer uma viagem única, viver uma experiência imperdível, em que testemunhamos um pedaço de história, enquanto contemplamos parte do melhor que esta cidade carismática tem para oferecer.
Descubra a história e beleza do Funicular dos Guindais no Porto
Visitar o Funicular dos Guindais representa viver uma experiência singular. Esta atração encontra-se presente entre duas zonas monumentais da cidade do Porto. Este elemento tornou-se num elemento icónico da Invicta. Quem pretende fazer um passeio turístico por esta maravilhosa cidade deve colocar no roteiro uma visita a este local. A cidade do Porto apresenta uma configuração acidentada, apresentando-se a descer em cascata dos morros da Sé, da Batalha ou da Vitória.
Ora, tendo em conta esta composição incomum, tornava-se difícil subir para quem vinha dos baixos da zona ribeirinha. Era neste espaço que se desenrolava o grosso da vida comercial, num quotidiano ligado ao rio e ao mar. As populações aglomeravam-se lá no alto, no coração da cidade, onde se desenvolvia a vida cultural, os negócios e os lazeres.
Desta forma, um meio de locomoção fácil e rápido foi idealizado para facilitar a vida dos portuenses. A adoção de elevadores feita noutras cidades serviu de inspiração, especialmente os que se encontravam em Braga, Lisboa e Nazaré. O meio de locomoção a escolher visava simplificar o acesso dos portuenses entre a beira-rio e as partes altas da urbe.
O projeto concretizou-se no final do século passado, mais precisamente a 4 de junho de 1891. Foi desta forma inaugurado o Elevador dos Guindais. O Porto viveu festivamente esse dia onde o meio de locomoção recentemente criado transportou mais de 2.000 pessoas, ora para cima, ora para baixo. Facilmente se constatou a utilidade deste elemento que ficou no coração dos portuenses.
A subida dos Guindais permitia aos portuenses subir junto ao tabuleiro inferior da Ponte Luís I, fazendo a viagem até à Batalha, presente nas imediações do edifício da Casa Pia (Governo Civil). Numa viagem que demorava apenas 5 minutos, fazia-se um percurso agradável, com vistas panorâmicas. Desta forma, superava-se um percurso íngreme de 412 metros de forma confortável.
No final do percurso, não havia gotas de suor. Tratava-se de uma viagem muito menos cansativa. O percurso a pé feito escarpa acima, subindo as intermináveis escadas, revelava-se uma experiência memorável, no pior dos sentidos!… Além do suor que deixava a roupa pegada ao corpo, havia que lidar com as dores nas costas, nas pernas, na alma…
O elevador portuense funcionava das 5 horas da manhã às 11 horas da noite. Ele encontrava-se num vaivém de viagens contínuo, feito a cada 5 minutos. Contudo, nem tudo eram rosas. Os preços eram pouco acessíveis.
Por isso, nem todas as bolsas permitiam viver essa experiência, especialmente para quem precisava de o fazer diariamente. Desta forma, compreendeu-se a existência de comentários populares menos abonatórios que surgiram nos periódicos da época.
O Elevador dos Guindais teve uma vida curta. Dois anos e um dia após a ruidosa inauguração, ele parou o seu sobe e desce, definitivamente. Aconteceu devido a um acidente inusitado e totalmente evitável.
Foi realizado um rápido inquérito em que se concluiu que o acidente aconteceu devido a excesso de velocidade e a falha humana do condutor. No entanto, esse acidente fez com que um dos dois carros (mais precisamente, o que descia) embatesse no para-quedas da chegada, fazendo assim com que o cabo que prendia ambos os carros se desligasse.
Assim, o carro que então se encontrava a subir, passou a deslizar escarpa abaixo, em vertiginosa carreira, acabando por se espatifar contra um dos pilares da Ponte Luís. Felizmente, este incidente não originou vítimas mortais. No entanto, os estragos materiais decorrentes do acidente levaram a que o Elevador dos Guindais nunca mais voltasse a subir o íngreme percurso.
Desta forma, a vida dos portuenses voltou a complicar-se. Nesse acidente, morreram os sonhos e os projetos para a instalação de elevadores idênticos noutros pontos da cidade. A maioria das pessoas desconhece que houve outro desastre, inclusivamente os portuenses.
Este acidente mais desconhecido também aconteceu na zona dos Guindais. No entanto, a sua ocorrência sucedeu, antes da construção do elevador.
Ao contrário do acidente do Elevador dos Guindais, este originou várias mortes. No dia 27 de janeiro de 1879, uma enorme rocha desmoronou. Sobre ela estava construída uma casa já destinada a ser demolida pela Câmara Municipal da cidade portuense devido ao perigo iminente.
No entanto, os trabalhos de demolição não chegaram a ser concluídos, porque a terra antecipou-se aos planos criados. Infelizmente, o acidente ocorrido transformou a casa em pó. Além disso, mais três prédios adjacentes foram envolvidos, o que resultou na morte de 5 pessoas.
Atualmente, apenas resta a casa da maquinaria de toda a estrutura deste elevador. Trata-se de um elemento feito em granito, que permanece em bom estado de conservação. Esta estrutura encontra-se presente no cimo da penosa escadaria dos Guindais.
O escultor Henrique Moreira chegou a ter o seu atelier nesta casa até há poucos anos. Atualmente, as instalações encontram-se ocupadas pela oficina de um marmorista e de um outro escultor que tem lá o seu atelier.
Existe uma única fotografia conhecida do fatídico elevador que permitia subir a escarpa dos Guindais até à Batalha. A muralha fernandina mantém-se bem firme no espaço, há mais de 600 anos, e ainda permanece de pé, enquanto a modernice citadina foi tão efémera…
O exemplar moderno
O funicular que liga a Batalha à Ribeira foi inaugurado em 2004 e situa-se no mesmo local do funicular original de 1891. No ano de 2019, passou da Metro do Porto para a tutela da Câmara do Porto. Em 2022, o fecho da estrutura iniciou-se a 31 de março e aconteceu “por motivos técnicos”.
No entanto, em julho do mesmo ano, o Funicular dos Guindais moderno reabriu. Ele passou para a alçada da STCP Serviços, subsidiária da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP).
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Vale a pena andar neste Funicular dos Guindais?
Claro. Numa viagem de apenas dois minutos, evita uma subida difícil, num passeio memorável, onde poderá desfrutar de vistas singulares, sobre o rio e a Ponte Luís I, monumento icónico da cidade Invicta.
Coordenadas: 41°8’27.464″ N -8°36’34.155″ E
Endereço: R. da Ribeira Negra 314, 4000-509 Porto
Custos
Adultos
Uma viagem de ida: 4 € / Ida e volta: 6 €
Crianças
Uma viagem de ida 2€ / Ida e Volta: 3€
Horários
De novembro a março
- domingo a quinta-feira das 8h00 às 20h00
- sextas e sábados das 8h00 às 00h00
De abril a outubro
- domingo a quinta das 8h00 às 22h00
- sexta e sábado das 8h00 às 00h00
Nota: O funicular encerra às 19h do dia 24 de dezembro e não abre no dia 25 de dezembro. No entanto, no Dia de São João e no dia de Ano Novo, está aberto toda a noite.
Há outros locais de interesse próximos, nomeadamente a Igreja de Santa Clara, a muralha Fernandina, entre outros. Aproveite para explorar a riqueza da cidade do Porto, não deixando de viajar neste incrível funicular!