A história de Portugal está cheia de episódios fantásticos, curiosidades marcantes que todos deveriam conhecer. É o caso de D. Miguel e a história das mulas ‘assassinas’.
Ao longo de uma história, que se estende ao longo de quase 9 séculos, não faltam episódios históricos de grande interesse. Existindo curiosidades interessantes que nos fazem questionar como era a vida noutros tempos.
Existem mesmo acontecimentos irresistíveis, que muitos desconhecem, mas que todos deveriam conhecer. É o que acontece no caso das mulas que foram condenadas por tentativa de homicídio…
D. Miguel e a história das mulas ‘assassinas’
As mulas ‘assassinas’
Conhece a estória curiosa e encantadora das mulas que foram acusadas de tentar matar D. Miguel?
A história das mulas homicidas pode ser contada em poucas palavras, podendo ser lida em poucos minutos.
D. Miguel não tinha uma boa reputação no que diz respeito à sua inteligência, sendo até considerado algo inculto. Naturalmente, tendo em conta a sua posição, ninguém ousava chamar de burro ao príncipe, apesar de todas as falhas cometidas.
Por exemplo, alguns dos educadores diziam que o príncipe insistia em assinar Migel, esquecendo-se constantemente da letra “u” a separar as letras “g” e “e”. Muito menos coragem houve para lhe chamar burro, néscio, ignorante ou inculto (a lista podia continuar…), depois de Miguel se ter virado contra o pai e contra o irmão, só para se tornar Rei absoluto.
Quem foi D. Miguel I?
D. Miguel I nasceu no dia 26 de outubro de 1802, em Lisboa. Sendo filho de D. João VI (“O Clemente”) e de D. Carlota Joaquina, não estava destinado a ser rei, pois o seu irmão mais velho, D. Pedro IV, que nasceu no dia 12 outubro de 1798 (em Queluz), encontrava-se como o mais direto sucessor do rei.
D. João VI faleceu no dia 10 de março de 1826, em Lisboa. A coroa estava destinada a D. Pedro IV, “O Rei Soldado”, algo que aconteceu em 1826, mas não por muito tempo. D. Miguel I, que ficou conhecido como “O Tradicionalista”, agiu de forma a roubar a coroa do irmão e assumir o trono, algo que o fez reinar entre 1828-1834.
A união com D. Adelaide Sofia Amélia Luísa Joana Leopoldina de Loewenstein Wertheim Rochefort Rosenberg foi uma das muitas curiosidades deste rei que veio a falecer no dia 14 de novembro de 1866, na Alemanha.
A personalidade
D. Miguel era um homem de temperamento impulsivo, gostava de fazer caçadas e era adepto de touradas. Ele visitava tabernas e tinha grande apreço pelos meios populares. Além de boa figura, D. Miguel era uma pessoa que revelava força e bravura, alguém com carisma.
No entanto, tinha o grande defeito de não ter apostado muito na sua formação intelectual, tendo aprendido teologia e inglês. Assim, D. Miguel era um jovem inculto, sem qualquer apreço aos ensinamentos escolares.
O reinado
Depois de assumir a coroa, revelou que o seu reinado poderia ter beneficiado, se ele tivesse apostado numa melhor formação. No dia 4 de novembro de 1828, viajou pelo país, de forma a ir recebendo o apoio popular. Ele viajava na sua carruagem, na companhia das princesas D. Isabel Maria de Bragança e D. Maria da Assunção de Bragança (e de uma aia), que eram duas infantas suas irmãs.
No momento em que se dirigia de Queluz para o Paço Real de Caxias e se encontrava perto da Quinta do Caruncho, sofreu um desastre que lhe poderia ter custado a vida e/ou a das suas irmãs. A estrada por onde a carruagem circulava encontrava-se em muito mau estado, cheia de covas, o que terá levado a que uma sub-roda fizesse baloiçar a carruagem, que acabou por virar, levando a que as suas irmãs fossem atiradas para um dos lados.
A sobrevivência de D. Miguel
D. Miguel encontrava-se enleado nas rédeas. Por isso, ficou entre as rodas. As mulas, assustadas, desataram a correr, o que levou a que a carruagem passasse por cima do Rei D. Miguel.
Ora, esse momento acabou por ferir D. Miguel, fraturando-lhe o fémur da perna direita. D. Miguel foi levado para uma casa de gente do campo, de forma a poderem ser-lhe prestados os melhores socorros. D. Miguel ficou estendido num canapé, apoiou a sua perna direita numa cadeira e aceitou tomar um chá…
O destino das mulas
O rei D. Miguel era visto como um autêntico ídolo popular. Ele revelava qualidades que eram do agrado do povo. Encarnava um ideal que o tornava muito estimado. Por isso, na sequência da divulgação da notícia do acidente, vários populares acorreram ao local.
Sob a acusação de crime de lesa-majestade, as mulas que puxavam a carruagem acidentada foram imediatamente abatidas. Foi assim, decorrente deste acontecimento, que os absolutistas começaram a apelidar de “malhados” os liberais, pois o povo dizia que tinham os mesmos instintos das mulas…
A recompensa
D. Miguel recompensou o gesto das pessoas da casa. Por isso, enviou um serviço de chá magnífico aos donos da casa, apenas poucos dias depois desse momento. Enviou também um canapé e uma cadeira. O rei concedeu aos elementos da casa tudo o que foi usado por si, mas dando tudo num valor e numa qualidade bem superiores ao que aquela família tinha.
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D. Pedro IV, foi o proclamador da independencia do Brasil sendo Imperador D. Pedro I.
D. Pedro I ( no Brasil),( D. Pedro IV em Portugal), nesse momento relatado nessa matéria, deicha o Brasil e prate para Portugal para assumir o trono português, em seu Lugar deichou no Brasil seu filho D. Pedro II com 5 anos de idade, que assumiu a coroa imperial do Brasil aos 15 anos, durante seu reinado o Brasil prosperou se tornando uma das maiores potencias do mundo, apos, o golpe militar dos Republicanos o Brasi só descambou para o fracasso, ha quem diga ( eu sou um desses), que o Brasil ainda não teve um presidente que justificasse a proclamação da republica.