D. Maria da Glória foi prometida ao seu tio, D. Miguel, e feita rainha de Portugal. Saiba mais sobre esta figura.
D. Maria da Glória era filha de D. Pedro IV de Portugal, D. Pedro I do Brasil. Apesar do seu nome não ser dos mais conhecidos da monarquia portuguesa, D. Maria da Glória teve uma vida intensa e bastante preenchida, marcada por vários casamentos que deram muitos herdeiros ao trono português.
Enquanto rainha, ficou conhecida como D. Maria II e o seu percurso de vida, apesar de não muito longo, foi cheio de peripécias e de histórias para contar. Fique a conhecer esta rainha, ainda desconhecida para muitos.
D. Maria da Glória de Portugal. Sabe quem foi?
D. Maria da Glória era filha de D. Pedro IV e da Imperatriz Leopoldina. Ela nasceu no Rio de Janeiro a 04 de abril de 1819. No entanto, com a morte do seu avô, D. João VI, em 1826, aquela que viria a ficar conhecida como D. Maria II veio para Portugal, para assumir o trono no lugar do seu pai, que ocupava as funções de imperador do Brasil.
Uma das condições para isso acontecer foi que D. Maria casasse com o seu tio D. Miguel, quando alcançasse a maioridade. Assim, em 1826, ela deixou o Rio de Janeiro rumo a Viena, para ser educada pela Corte e para se preparar para o papel de rainha que iria assumir. Acontece que, nesse ano, o seu tio D. Miguel decidiu autoproclamar-se rei absoluto. Deste modo, o acordo proposto ficou sem efeito, mas D. Maria II acabou por se tornar rainha mais tarde, em 1833, aos 15 anos de idade.
Casamentos
O casamento entre D. Maria II e o seu tio D. Miguel foi reconhecido pelo Vaticano, mas acabou por ser anulado, por não ter sido fisicamente consumado. Assim, em 1835, ela acaba por casar-se com D. Augusto de Beauharnais, irmão da sua madrasta, Dona Amélia, e neto de Napoleão Bonaparte.
Contudo, quis o destino que o matrimónio durasse pouco tempo, já que passados dois meses D. Augusto morreu, vítima de uma inflamação que se espalhou pela garganta, esófago e estômago.
Assim, D. Maria II voltaria a casar, desta vez com D. Fernando Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha, que veio a ser rei consorte de Portugal.
Herdeiros
Só este último casamento veio a dar frutos. Com D. Fernando, D. Maria II teve 11 herdeiros, dois dos quais vieram a assumir a regência da coroa portuguesa, caso de D. Pedro V de Portugal e de D. Luís I de Portugal.
Dos 11 filhos que gerou, sobreviveram 7 e, no seu último parto, a 15 de novembro de 1853, a rainha acaba por falecer, com apenas 34 anos de idade.
Intimidade
Além de ter gerado muitos filhos, os relatos da época descrevem a rainha D. Maria II como uma mulher sexualmente muito ativa e que via como uma missão a satisfação do seu marido, D. Fernando, de modo a evitar que ele procurasse amantes.
Alguns historiadores relacionam este facto com as traições constantes de D. Pedro IV, das quais D. Maria II, sua filha, teria conhecimento. Assim, o matrimónio de D. Maria II com D. Fernando não foi, como tantos outros, um casamento régio de fachada, já que é conhecido o envolvimento da rainha na relação.
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