Recordaremos um Rei envolvido em polémica, focando alguns episódios surpreendentes. Será D. João II um cruel esfaqueador?
Na História de Portugal, reinaram 34 reis (existiram 4 dinastias). Eles são parte importante de um país com quase nove séculos. Entre estes reis, existiram alguns mais emblemáticos, outros mais cruéis, outros mais polémicos. Alguns reis foram responsáveis por marcantes feitos, mas também existiram reis que tiverem momentos menos próprios, menos gloriosos.
Para a história ficaram os grandes feitos, mas há pequenas preciosidades que convém dar destaque. Embora muitas advenham de teses de historiadores atacados, há teses que apresentam curiosidades irresistíveis. Muitas exploram valores questionáveis de determinados reis, seja por estes cometerem traições, seja por terem sido traídos.
A vida dos monarcas é fascinante, maravilhava o povo da época e ainda hoje continua a fascinar os historiadores e curiosos sobre a temática. Neste artigo, centraremos a nossa atenção em D. João II.
Reis de Portugal: D. João II, o “Príncipe Perfeito” ou “o esfaqueador”?
D. João II
D. João II teve o Rei D. Afonso V, como pai. A sua mãe foi D. Isabel. Era visto como um rei inteligente. Demonstrou ser hábil e perspicaz, tendo revelado grande visão quando preparou o projeto de expansão ultramarina. Ele está na origem da viagem que levou os portugueses à Índia, acontecimento que só ocorreu depois da sua morte.
Aquele que se tornou no décimo terceiro rei de Portugal (num período que compreendeu o espaço temporal de 1481-1495), ficou conhecido como o “Príncipe Perfeito”. Ele investiu na expansão marítima ao longo da costa africana e só não existiu uma união ibérica nesse sentido por via da morte prematura do seu filho Afonso.
Mas terá sido o “Príncipe Perfeito” assim tão perfeito? Ele casou com a sua prima, D. Leonor. Algo que hoje não é bem visto socialmente, mas que na época não era propriamente incomum. D. Manuel I, seu filho adotivo, assumiu a coroa após a sua morte.
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“Príncipe Perfeito” ou “o esfaqueador”?
Após ter negociado o Tratado de Tordesilhas, D. João II não perdoou a alta traição promovida por dois cunhados. Estes estavam ligados a Castela e as consequências tornaram esta caso num dos maiores escândalos entre os nossos reis.
Quem foram os traidores?
D. Fernando, o duque de Bragança, era o homem mais rico do País. Era cunhado do Rei, pois era casado com uma irmã da Rainha D. Leonor, mulher do Rei. Mas foi acusado de alta traição e as provas encontradas eram tidas como irrefutáveis.
A correspondência comprometedora do cunhado com os Reis de Castela foi entregue a D. João II pelo escrivão da sua fazenda de Vila Viçosa e um mensageiro. Depois, em Évora, D. João II tem uma conversa a sós com o cunhado e, no final, é o próprio Rei a prender o cunhado, o duque de Bragança.
Julgamento
D. Fernando viveu 22 dias angustiantes, onde foi julgado numa sala revestida de tapetes. À volta da mesa onde se realizaram os esclarecimentos estavam 21 juízes, fidalgos e cavaleiros. D. João II estava sentado no topo e ao seu lado, nalgumas sessões, estava o réu, D. Fernando.
Após um discurso de D. João II, deu-se início à votação. Esta arrastou-se por dois dias e, depois, culminou na decisão: a condenação à morte de D. Fernando. No dia seguinte, mais precisamente no dia 20 de junho de 1483, o réu morreu em plena praça de Évora, diante do povo. Mas não foi uma morte qualquer. D. Fernando foi degolado!
Mais uma prova de força
O duque de Viseu foi outro cunhado do Rei que teve um fim antecipado… O irmão da Rainha D. Leonor foi apanhado em falso e castigado severamente. Ele e alguns membros da nobreza criaram um plano contra o Monarca, visando apunhalar D. João II numa praia, em Setúbal.
Contudo, o Rei foi avisado por um dos envolvidos no plano. Assim sendo, D. João II inviabilizou o plano dos conspiradores. Depois, fez justiça pelas próprias mãos. Mandou chamar o duque de Viseu e ele próprio apunhalou o cunhado.
A promessa
O Rei não ficou satisfeito. Depois de “eliminar” o cunhado, mais 80 pessoas foram perseguidas por instrução do Rei. D. João sabia que estava numa posição delicada, pois sentiu necessidade de dar explicações sobre o sucedido à sogra, mãe da vítima.
Nesse sentido, dois enviados fizeram o serviço. D. Manuel era outra pessoa a quem foi dar explicações sobre o sucedido. Este era outro filho da sogra, irmão da sua esposa e do falecido. D. João informou D. Manuel que tinha esfaqueado o duque, pois este “o quisera matar”. Porém, prometeu a D. Manuel que, se o príncipe D. Afonso (filho do Rei e único herdeiro) falecesse, D. Manuel ficaria como herdeiro de todos os seus reinos e senhorios.
A vingança
A verdade é que a promessa feita estava presente no testamento do Rei D. João II. D. João II viveu a perda inesperada do filho. D. Afonso, o príncipe herdeiro, faleceu na sequência de uma queda de cavalo. Por isso, sete anos após a promessa feita a D. Manuel, D. João arrependeu-se.
Apesar de ter tentado por todas as vias que o Papa aceitasse D. Jorge como seu sucessor, tal não aconteceu. D. Jorge era seu filho bastardo, mas nunca chegou a Rei. O sucessor do trono foi mesmo o cunhado de D. João II, D. Manuel. É que D. Leonor realizou várias diligências junto dos Reis de Castela e das famílias nobres. Foi dessa forma que D. Leonor vingou a morte do irmão e do cunhado.
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Contudo, é necessário informar que D. Manuel I sendo primo do rei D. João II, este casado com uma irmã daquele, D. Leonor. D. Manuel não era nenhum irmão adoptivo do réu. Também é oportuno informar que estes dois irmãos e mais aquele que morreu às mãos do rei, D. Diogo duque de Viseu, eram filhos de D. Fernando, irmão do rei D. Afonso V.
A título de curiosidade, este D. Fernando, sendo tio do rei, não tem nada a ver com o 3o duque de Bragança Fernando ll que por sinal tinha o mesmo nome. O condenado e o rei D. João II por via indirecta eram descendentes de D. João I, o Mestre de Avis.
Criticar um rei porque acabou com os nobres que o queriam apear e que estavam envolvidos com os castelhanos é no mínimo surreal.
O pai deste rei deixou ao filho: Um Reino onde o Rei apenas possuia as estradas.
Todas as restantes terras e meios estavam distribuídos pela fidalguia, nobres e quejandos, que apenas espadeiravam por prazer e nada mais de produtivo faziam!
Muito educativo quando se critica alguém por se defender de oportunistas que o tentam matar por duas vezes, pelo menos, apenas porque deixam de consegui obter mais privilégios do Rei.
Estou esclarecido!
Porquê criticar os reis, que fizeram Portugal durante 750 anos.
Investiguem porque é que a Igreja católica romana e apostólica apoia a casa bourbon e Orleães às usurpadores às casas de França, Espanha e Portugal!
Milhões morreram a defender a igreja durante séculos contra infiéis e ou turcos, hoje a igreja católica apoia turcos a sentarem na cadeira de reis católicos.
Investiguem porque desde 1522, 1718, 1828, 1977 os bourbon sempre tiveram apoio da igreja. Porquê? e tragam em latim as justificações.
Agora criticar os reis portugueses, que tristeza
Para ser rei em Portugal é preciso respeitar as cortes de Lamego de 1143, sangue paterno de pai para filho e é obrigatório ter ADN Rb1 U152 Z305+
O sangue de caucasianos dos bourbons, é R – Z381*, vem de sultão solimanus em 1522, foi pai de Adrianus vi Jacques de bourbons, que deu acesso à Philippe V de bourbons, a Carlos vi de Espanha, a Carlota Joaquina, ao Miguel de bourbons, e por fim ao Duarte Pio.
Existem provas em latim, de agências de genética a confirmar a existência de gente paterna turca, sem qual ligação à Bragança, a França nem a Espanha.
Investiguem isto, e não critiquem os reis portuguêses, descubram a verdade, o Miguel usurpou a coroa da rainha d.maria II de Portugal e o Miguel foi expulso por ser adúltero.
Procurem a verdade.
D.Joao Ii matouvos que projetavam matá-lo. D. LEONOR pôs no trono o seu irmao e nao o filho do rei embora bastardo. Algumas fontes dizem que ela envenenou o rei, seu marido.D. Manuel foi um megalomano, com n mulheres, elefante ao papa…grandezas. Ate cobiçou a noiva do filho, D.Joao III, com quem casou. Cooperou com os Reis catolicos na expulsao de judeus e mouris