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Início Histórias Curiosidades

Couto Misto: o país esquecido entre Portugal e Espanha

Fique a conhecer a história de Couto Misto, um microestado entre Portugal e Espanha. Fique a saber a sua origem e particularidades deste local.

Márcio Magalhães Por Márcio Magalhães
23/08/2021
em Curiosidades
4
Couto Misto

Couto Misto: o país esquecido entre Portugal e Espanha

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Existem na nossa história diversos episódios extremamente curiosos que não devem ficar esquecidos, embora poucos saibam a história acerca de Couto Misto. Já ouviu falar?

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O Couto Misto, como se diz em Portugal, ou Couto Mixto, como se diz em Espanha, tem uma história interessante por detrás.

Ao longo da história de Portugal e de Espanha, surgiram diversos episódios que uniram ou desuniram os países. O Couto Misto ou Couto Mixto revela-se um caso algo singular na história de ambos os países, pois ocupou um espaço importante na Península Ibérica, tendo sido um estado independente em determinado período da história. Quer saber mais?…

Couto Misto foi um microestado, um pequeno país localizado entre o Norte da serra do Larouco, na bacia do rio Salas, na Galiza. Esta localidade encontra-se em Ourense, Espanha, mais precisamente entre as localidades de Baltar e de Calvos de Randín.

O Couto Misto encontra-se bem próximo de Portugal, pois faz fronteira com as freguesias de Padroso, Donões e Mourilhe, em Montalegre.

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Couto Misto
O país esquecido entre Portugal e Espanha

História

Em determinado momento da história, o Couto Misto existiu enquanto um microestado independente de Portugal e de Espanha, chegando a ter uma extensão de 27km2. Ao longo de quase nove séculos (!), o Couto Misto ou Couto Mixto fez parte da história de Portugal… e de Espanha.

O Couto Misto existiu entre o século X e 1868. Dados estimados do ano de 1845 permitem concluir que, à época, aí tenham existido 800 habitantes. O nome Couto Misto, em português, ou Couto Mixto, em galego, revela as diferenças existentes na escrita e na pronúncia.

No entanto, para os habitantes do Couto, não existiram problemas. Os habitantes viviam em perfeita harmonia, havendo portugueses e espanhóis. Eles tinham a sua própria cultura, representando assim uma visão distinta.

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A lenda

De acordo com a lenda, uma princesa desterrada que se encontrava grávida terá ficado presa num nevão, enquanto atravessava a serra. Os habitantes  desta localidade, que à época ainda não era conhecido como Couto Misto, salvaram a princesa de morrer, enquanto ela dava à luz. A princesa ficou extremamente agradecida, por isso ela concedeu a estes habitantes a sua independência, tendo sido assim que terão começado os diversos privilégios de que os habitantes de Couto Misto haviam de beneficiar.

Leia também:
  • Histórias esquecidas de Portugal: o massacre do Colmeal

 

Couto Misto
Placa comemorativa na igreja de Santiago de Rubiás, Ourense

A origem

Os primeiros registos deste país encontram-se datados de 1147. Assim, foi no século XII que se constituiu o Couto Misto. Contudo, a sua origem será mesmo anterior à independência da coroa de Portugal do Reino de Leão.

O Reino de Portugal tornou-se independente, mas esse momento deixou as fronteiras de jurisdição pouco definidas e essa falta de clareza permitiu que algumas vilas e aldeias raianas se encontrassem numa situação política ambígua.

Características

No Couto Misto, havia uma estrada que se chamava Caminho do Privilégio. Esta estrada atravessava o Couto Misto e ligava as suas três localidades (ou seja: Rubiás, Meaus e Santiago) a Tourém.

Qualquer pessoa podia atravessar esta estrada, pois as autoridades não podiam prender ou perseguir ninguém, mesmo sabendo-se que havia quem fizesse contrabando, quem transportasse tabaco e outras matérias. Esta era uma das muitas vantagens de Couto Misto. 

Couto Misto
Caminho do Privilégio

Asilo a criminosos

Muitas pessoas levavam diversos artigos, como sal, medicamentos, sabão, açúcar ou bacalhau para Couto Misto. Os guardas locais tinham instruções para deixar as pessoas circularem livremente, estando por isso impedidos de intercetá-las ou até de apreender-lhes a mercadoria.

Por isso, muitos criminosos procurados pela justiça de Portugal ou de Espanha procuravam Couto Misto, pois lá não podiam ser presos. Uma vez dentro do Couto gozavam de um estatuto distinto, não sendo privados dos seus direitos e riquezas.

O governo

Couto Misto usufruía de um contexto político incomum. Era uma república com caraterísticas de democracia. Os cabeças de família ou de morada votavam para eleger um governo.

A pessoa que detinha a autoridade máxima era um juiz. Esta pessoa tinha a responsabilidade de escolher duas pessoas para cada uma das povoações, os Homens de Acordo.

Depois, as decisões para o governo eram consideradas e tomadas pelos moradores em praça pública. Posteriormente, estava prevista a possibilidade de revogar o poder dos eleitos, podendo o mandato ser terminado antes do tempo, sendo assim eleito um novo juiz, se se percebesse que tinha havido alguns incumprimentos.

Os habitantes do Couto Misto podiam recorrer à intervenção das autoridades de Portugal ou de Espanha, embora raramente precisassem de o fazer. Delfín Brandán foi o último “Juíz” do Couto Misto, existindo uma estátua no local em sua homenagem.

Couto Misto
O país esquecido entre Portugal e Espanha

Vantagens

As pessoas que viviam nesta localidade beneficiavam de privilégios, pois no estado independente havia prerrogativas inexistentes para os espanhóis e para os portugueses que viviam em Espanha ou em Portugal, respetivamente.

Por exemplo, o acesso e porte de armas era legal. As pessoas podiam escolher a sua nacionalidade, sem restrições. Uma pessoa podia escolher ser portuguesa, espanhola, ter dupla nacionalidade ou até não ter nenhuma delas.

Esta realidade era especial, pois permitia que as pessoas não fossem obrigadas a prestar qualquer serviço militar, em nenhum dos países. Assim, em caso de guerra, as pessoas de Couto Misto podiam viver uma vida inteira sem serem recrutadas por nenhum exército, algo obrigatório para portugueses ou espanhóis.

As pessoas de Couto Misto gozavam de um estatuto distinto, pois estavam isentas de pagar certas taxas e impostos ao Rei. Ao contrário dos portugueses e espanhóis que se encontravam nos países de origem, as pessoas de Couto Misto não respondiam a nenhuma das Casas Reais, por isso não tinham essas responsabilidades.

Outra vantagem dos habitantes deste pequeno país era a sua liberdade para cultivar o que desejassem.

O desrespeito pelas regras locais

Os habitantes também recusavam dar alojamento ou sequer passagem pelo território a forças militares.

O Couto Misto tinha muitas vantagens, tendo servido como asilo para muitos criminosos que por lá gozavam de um estatuto especial. Contudo, os guardas locais, por vezes, desrespeitavam o direito de asilo e prendiam quem procurava Couto Misto pelas suas caraterísticas especiais.

Couto Misto
O país esquecido entre Portugal e Espanha

O fim

O final de Couto Misto terá ocorrido há mais de 150 anos. As regras deste país foram desrespeitadas frequentemente, pois as suas caraterísticas peculiares não agradavam a todos, nomeadamente aos mais poderosos.

Com o passar do tempo, Couto Misto começou a pagar impostos ao Estado espanhol. Depois, os seus habitantes de natureza portuguesa pagavam uma determinada quantia a Portugal, de forma a poderem cultivar tabaco. Assim, representava uma violação dos direitos dos habitantes do Couto.

Datas

Em 1851, formou-se a Comissão Mista que visou extinguir o Couto Misto, fazendo uma divisão do território de Couto Misto pelos dois países. Com o Tratado de Lisboa, mais precisamente a 29 de setembro de 1864, deu-se finalmente um destino às terras do Couto Misto.

Assim, foi traçada uma fronteira definitiva em Couto Misto, pois Rubiás, Meaus e Santiago passaram a pertencer a Espanha, enquanto para Portugal passou uma faixa desabitada que integrava o Couto. Na moeda de troca, os povos promíscuos de Soutelinho da Raia, Cambedo da Raia e Lama de Arcos, em Chaves, ficaram para Portugal.

Couto Misto
O país esquecido entre Portugal e Espanha

Atualidade

Atualmente, esta localidade já não existe oficialmente. No entanto, em meados de 1990, chegaram a existir esforços que visavam a proteção e conservação da identidade do pequeno estado histórico. Já foram criadas algumas associações de forma a serem recuperadas certas tradições locais, nomeadamente o Juiz Honorário e os Homens de Acordo.

Hoje, pode tentar atravessar aquele que foi conhecido como o Caminho Privilegiado, que se encontra entre Rubiás e Tourém, mas tenha em conta que quando percorrer esta estrada deve cumprir a lei, pois já não beneficiará dos mesmos benefícios de outrora…

Conclusão

É incrível a quantidade de conteúdos que se desconhece, não é verdade? Couto Misto é um assunto curioso, pois sendo algo tão fascinante, muitos são os portugueses e espanhóis que pura e simplesmente ignoram a sua existência.

Mapa

Localização GPS: 41.9058, -7.82614.

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Etiquetas: couto mistocuriosidades
Márcio Magalhães

Márcio Magalhães

Um Mestrado em Ensino não fazia prever o percurso consolidado e bem sucedido no marketing digital e na produção de conteúdos, com publicação regular de artigos em diversas plataformas. (exclusivamente responsável pelo conteúdo textual)

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Comentários 4

  1. José Manuel Campos d'Oliveira Lima says:
    4 anos atrás

    Muito interessante! É parte ainda visível da longa História conjunta dos dois países vizinhos, de que raramente se fala. E bem se pode fazê-lo, que só nos enriquece.
    Algo de peculiar ainda permanece e não muito longe da região citada: Rio-de-Onor (rio da honra), um lugar que permanece comum às duas nações.

    Responder
  2. Ademar Rodrigues Chaves says:
    3 anos atrás

    Minha Vô era de Chaves, Sobrenome da nossa Família, Então sou descendente direto de COUTO MISTO. RSRS

    Responder
  3. Oscar Pereira de Barros says:
    3 anos atrás

    Muito interessante saber sobre esta região! Gostei muito, tem grande alcance sobre conhecimento histórico! Outros artigos similares serão bem vindos!!!

    Responder
  4. Antônio Gil says:
    2 meses atrás

    Fiquei sabendo que as pessoas de Couto micro eram muito ruis! Malvados sem piedade e praticavam tocaias etc! É verdade?

    Responder

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