Quem tem animais de estimação, tem uma preocupação extra devido ao COVID-19. Descubra se o novo coronavírus pode infetar os seus animais em casa.
Será que há o risco do novo coronavírus infetar pets? Os animais de estimação não têm tido a devida atenção neste contexto que vivemos. Apesar de estarmos a ser vítimas de um dilúvio de notícias sobre o novo coronavírus, não tem havido muitos artigos sobre este assunto que sirva de Arca de Noé e nos ajude a salvar os nossos pets. Os animais de estimação merecem a nossa atenção em qualquer contexto, mas ainda mais no atual.
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Coronavírus: será que pode infetar os nossos animais em casa?
Quarentena
Estamos em isolamento, medida preventiva para que os estragos não sejam tão devastadores, como podem ser, se não agirmos de forma prudente. Os nossos animais fazem-nos companhia, mesmo nesta altura e até são uma “desculpa” para sair de casa.
No entanto, há uma preocupação: e se eles são infetados? A verdade é que as notícias que chegam da China não foram animadoras, pois chegou a ser noticiado que as autoridades chinesas colocaram em quarentena um animal de estimação.
Foi um cão o primeiro pet suspeito de ter contraído a temida doença. Isto, depois da dona de 60 anos (habitante de Hong Kong) ter sido diagnosticada com o vírus. Este cão apresentava níveis de infeção muito baixos, por isso mesmo foi considerado um “fraco positivo”. O animal foi colocado em quarentena, mesmo estando assintomático.
Pânico
Apesar do cão ter apresentado um “fraco positivo” e das autoridades chinesas terem recomendado quarentena para esse e outros animais de estimação (de pessoas infetadas com vírus), não se deve entrar em pânico, pois o resultado em questão permite concluir que dificilmente esse cão vai contrair a doença ou sequer infetar um humano.
Experiência
Mesmo reconhecendo que a COVID-19 não é o mesmo vírus que o SARS, são ambos coronavírus. E a experiência acumulada com o surto do SARS (que ocorreu em 2003), essa epidemia de pneumonia aguda grave permitiu concluir que os sintomas que chegaram a afetar cães e gatos foram ligeiros. Nenhum animal de estimação ficou doente, nem houve evidência científica de tenha existido contaminação de animal-para-humano.
Recomendações
Autoridades e instituições como a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) deixam recomendações que devem ser conhecidas. Tanto a OMS, como a OIE, defendem que não há evidência de contágio de animal-para-humano, pois a nefasta propagação do COVID-19 tem sido resultado de transmissão de humano-para-humano e os animais de estimação não contribuíram para espalhar a doença.
Na China, há registos de uma onda de abandono e maus tratos a animais domésticos, nomeadamente cães e gatos. Fugir das zonas mais afetadas e abandonar (ou maltratar) os pets demonstra apenas desumanidade. Há sempre grupos de voluntários que podem ajudar donos que tenham contraído o vírus e necessitem de alguém que cuide dos animais de estimação.
Higiene reforçada
Devemos reforçar a higiene pessoal e do animal. Como não pretendemos infetar a nossa família ou o nosso pet, devemos reforçar a nossa higiene pessoal. O básico que já todos dominamos: lavar muito bem as mãos (20 segundos) e proteger a boca ao tossir e espirrar, permitem prevenir a propagação da doença. Depois de passear o cão, também deve lavar-lhe bem as patas.
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Estou em quarentena, depois de ter dado positivo a COVID-19
Sendo esse o caso, proteja o animal como protege a sua família e evite o contato com o seu pet. Se viver sozinho, passe a alguém a responsabilidade de tratar o animal ou a uma instituição. Se tiver mesmo de ficar com ele, isole-o (ou isole-se a si) e não se esqueça que o seu amor pelo pet deve ser contido.
Reduza todas as interações ao estritamente necessário. Não há colo, festinhas, beijinhos. A alimentação deve ser preparada com luvas e não pode partilhar comida. Se tiver uma pessoa a tratar das necessidades diárias dele, é o ideal.
Pessoa que se provou estar contaminada contactou com o seu pet?
Apesar de não haver evidência de contágio de animal-para-humano, devemos contactar o SNS 24. Eles fornecerão as recomendações que deve seguir. Deve informar quem foi a pessoa que esteve com o pet.
Se o seu animal adoeceu, deve proteger o animal do frio, com uma manta. O veterinário não é, atualmente, uma solução, a não ser que haja videoconsulta.