Conheça uma aldeia abandonada que encanta todos os que a visitam. Broas é imperdível e está bem próxima da capital portuguesa, Lisboa.
Portugal é um destino fantástico, para se viver e para se passar férias. Apesar de Portugal ter um território reduzido, em comparação com outras nações europeias de igual relevância histórica, não faltam atrações fantásticas no nosso país.
Além das grandes cidades que chamam diversos estrangeiros, há vilas e aldeias encantadoras. Muitas destas atrações têm grande história. Há ainda atrações inesperadas, aldeias que estão abandonadas, consequências da passagem do tempo e da ambição por uma vida melhor.
Por exemplo, não muito longe de Lisboa, há uma aldeia abandonada que encanta todas as pessoas que a visitam, apesar de se encontrar em ruínas…
Broas: a aldeia fantasma abandonada às portas de Lisboa
Localização
A aldeia Broas encontra-se a apenas 40 km de Lisboa. Esta aldeia desabitada surge perdida entre Sintra e Mafra e representa um dos últimos exemplares das aldeias saloias da região.
A aldeia está maioritariamente presente na freguesia de Cheleiros (do concelho de Mafra), sendo que parte da aldeia integra a freguesia de Terrugem (no concelho de Sintra).
A aldeia está próxima de importantes vias de circulação, nomeadamente: a N9, a N247, IC16 e a A21. Contudo, o acesso à aldeia é difícil.
Características
Broas é uma aldeia abandonada que proporciona uma viagem no tempo. A aldeia poderia servir como cenário de um filme da época medieval. As casas de Broas são todas feitas de pedra. Os caminhos da aldeia são de laje ou de terra batida.
Os caminhos de Broas desembocam no velho freixo que se encontra rodeado de bancos de pedra e está situado bem no centro do povoado. Este espaço seria uma espécie de “Ágora” para os habitantes de Broas. Esta é uma marca distintiva de Broas. Este grande freixo rodeado por bancos de pedra permitia à população reunir-se para conviver e debater assuntos.
Atualmente, a aldeia encontra-se em ruínas quase absolutas. As casas de Broas estão sem telhados e a Natureza revela todo o seu poder, apresentando a vegetação a tomar conta do espaço. O último habitante de Broas abandonou a aldeia em 1969. A aldeia está abandonada, mas ainda suscita interesse de muitos curiosos…
Estado da aldeia
Broas desenvolveu-se numa encosta que está orientada para o vale de Cheleiros, num espaço onde a ribeira da Cabrela e o rio Lizandro confluem. A aldeia de Broas não foi modificada após o seu abandono, por isso as suas condições são deploráveis, encontrando-se em ruínas.
A aldeia beneficia do seu contexto. Está rodeada de um património cultural e natural fantástico. A aldeia apresenta as características saloias. Em Broas, podemos confirmar a presença de 9 habitações, além de assim se confirmar a presença de 4 lagares, vários armazéns e currais, um pombal e diversas eiras.
As casas apresentam quartos e cozinhas que têm um forno no seu interior. As habitações de Broas têm 2 pisos. Já os outros edifícios presentes na aldeia têm apenas um piso térreo. A casa mais recente presente na aldeia está datada de 1888…
A vida local
Boa parte dos terrenos que se encontram em redor de Broas permanece ainda delimitada por muros de pedra. Esses terrenos eram usados para fins agrícolas. Em Broas, não há nem capelas, nem igrejas. Não existe nenhum tipo de edifício religioso.
Nesta aldeia, também não existe nenhum edifício administrativo ou comercial. Assim, a aldeia de Broas esteve sempre dependente dos serviços realizados por outras aldeias.
Motivos para o abandono
Esta aldeia chegou a ter cerca de 25 habitantes. Broas tinha um quotidiano vivido ao ritmo das culturas e da pastorícia. A aldeia teve falta de inovação. Não teve equipamentos e infraestruturas de apoio, por isso o declínio foi natural.
A evolução dos tempos forçou os habitantes a procurarem maior conforto. Em Broas, nunca houve infraestruturas básicas, nomeadamente: água canalizada, eletricidade, telefone ou saneamento básico.
O contexto do abandono
A agricultura praticada na aldeia deixou de ser rentável e a procura de melhores condições fez com que os habitantes fossem à procura de garantir melhores oportunidades de emprego.
Os habitantes da aldeia abandonaram a aldeia em busca de rendimentos mais atrativos. O último habitante abandonou a aldeia há 40 anos. Desde então que a aldeia não sofreu alterações a nível arquitetónico. Pelo contrário, deixou-se domar pela Natureza. Esta é das poucas aldeias medievais portuguesas que, já abandonadas, permanece em bom estado de conservação.
O projeto
Existe um projeto para fazer a exploração turística na aldeia, dando uma nova vida a esta aldeia fantasma. O projeto turístico promete ressuscitar a aldeia-fantasma. O projeto visará recuperar as edificações da aldeia, realizando obras que respeitem na íntegra as tradições da arquitetura saloia e vernacular.
Assim, será criado um contexto que favoreça um turismo de ambiente rural e de baixa densidade. O projeto inicial, realizado pela empresa Twink Pro, promotora da obra, foi travado pela Câmara de Sintra, devido à empresa ter avançado sem projeto de licenciamento de construção. No entanto, o interesse na Aldeia permite adivinhar que seja esse o caminho.
A experiência da Caminhada
É possível realizar uma caminhada fora do vulgar em Broas. Desta forma, pode ficar a conhecer a aldeia-fantasma que se encontra abandonada há 40 anos. Neste passeio a pé, pode visitar esta aldeia fascinante. Apesar do cenário fantasma atual, a aldeia de Broas já esteve cheia de vida. Existe muita história nesta aldeia saloia.
O evento
No dia 11 de agosto, será realizada uma caminhada que permitirá a todos os admiradores de aldeias a experiência de conhecerem in loco uma aldeia-fantasma. O percurso tem como ponto de partida o Museu de S. Miguel de Odrinhas presente em Sintra.
Caraterísticas da Caminhada
A empresa organizadora desta caminhada é a Caminhando. Segundo está previsto, o percurso total irá demorar 4h30. O começo está marcado para as 09h30, enquanto o final da caminhada está estimado para as 14h00. O percurso é realizado ao longo de 15 km.
O início do percurso é realizado junto ao Museu de S. Miguel de Odrinhas. É aconselhado o uso de calçado e de roupa confortável para realizar a caminhada nas melhores condições.
Beleza e atrações
A caminhada é realizada por caminhos rurais e trilhos, sendo possível ver ao longo do caminho a grande beleza paisagística. Existem ainda diversas atrações ao longo do percurso, tais como moinhos de vento, ribeiras (nomeadamente a ribeira de Cabrela), vales e bosques.
A caminhada é bastante agradável e faz-se tranquilamente, enquanto se contemplam paisagens naturais deslumbrantes. Este é o cenário encontrado até chegar à grande atração, a aldeia.
Informação útil:
Ponto de Encontro: Parque de Estacionamento do Museu de Odrinhas,
Morada: Avenida Prof. Dr. D. Fernando de Almeida, São Miguel de Odrinhas, 2705-739 São João das Lampas / Sintra.
Localização GPS
Latitude: 38º53’12,7″N / Longitude: 9º21’59,1″W
Horários:
Hora do Encontro: 9h 20m
Hora prevista para o final: 14h.
Preço:
A inscrição custa seis euros.
A inscrição pode ser feita no site oficial.
Mais informações, aqui.