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Igrejas vandalizadas

Introduzidos sob formas decorativas não figurativas pelos árabes, durante a ocupação da Península Ibérica, os azulejos desenvolveram-se depois como uma arte própria, e ainda decoram muitas fachadas deterioradas de Lisboa.

Embora a cor predominante seja o azul, a origem da palavra provém do árabe “al zulaydj” (pedra polida).

Indignada com o desaparecimento deste tesouro patrimonial português, Leonor Sa criou um site, www.sosazulejo.com, que apresenta fotografias de azulejos roubados de igrejas, hospitais ou estações de comboios. Também permite verificar com alguns cliques as cerâmicas que outros vendem.

Em 2001, 2002 e 2006, os roubos atingiram níveis recorde, com cerca de 10.000 azulejos roubados. “Atualmente há muito menos” roubos, segundo a especialista.

Desde 2013, a demolição de fachadas decoradas com azulejos está proibida em Lisboa sem autorização prévia da Câmara, uma regra que em breve o Parlamento estenderá a todo o país.

No mercado popular Feira da Ladra, os azulejos antigos são vendidos por entre cinco e 100 euros a unidade. Um grande painel castanho, dourado e verde do século XVIII com motivos florais e de animais exóticos custa 500 euros. Nos antiquários, o preço de algumas destas peças pode chegar a 10.000 euros.
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