A água tem validade e é mesmo preciso respeitá-la? Descubra porque a água engarrafada tem validade e mais 8 coisas importantes que deve saber. No nosso país, sabemos a proveniência da água engarrafada. Conhecemos a sua origem, presente no rótulo da garrafa. A água comprada em garrafa chega ao consumidor apresentando a sua pureza natural.
Na água engarrafada, não existem tratamentos químicos. A água é retirada de fontes de águas minerais naturais ou de nascentes. Tratam-se de águas que apresentam riqueza em nutrientes, nomeadamente: cálcio, cobre e selénio, potássio, magnésio, fluoreto, sódio.
As qualidades levam a que muita gente compre regularmente esta água. No entanto, convém conhecer algumas informações interessantes sobre ela, antes de se tornar num comprador regular…
A água engarrafada tem validade e mais 8 coisas importantes que deve saber
1 – Prazo
Sabe que a água engarrafada apresenta validade? É verdade! A água engarrafada tem prazo e algo ocorre nela quando ela expira. Nas garrafas, é apresentada uma validade de 2 ou 3 anos. A validade representa o tempo em que a água se encontra nas suas melhores condições.
Num artigo presente no Jornal Ciência, o rótulo permite identificar a fábrica e a data em que foi engarrafada, se for necessário intervir para isolar algum contaminante e recolher as garrafas. A água é simplesmente um composto químico, tal como o oxigénio, o aço ou outra substância que ocorre naturalmente. Não tem idade, nem validade, nem se estraga. Contudo, como o site Daily Meal reporta, a água é armazenada em plástico e é esse material que se pode estragar ao longo do tempo.
O plástico ao degradar-se pode libertar alguns compostos que ficam na água. Se deixar a garrafa armazenada por muito tempo, as bactérias podem infiltrar-se na água engarrafada, porque o seu plástico não é completamente impermeável.
Apesar disto, pode abrir uma garrafa 5 ou 6 anos após a compra e ela apresenta-se em condições, mas já não estará tão pura. Deve fervê-la para eliminar todos os organismos ‘extra’ que a água possa apresentar.
2 – Consumo a crescer
No ano de 2018, foi realizada uma avaliação ao consumo de água no nosso país. Segundo a Nielsen, concluiu-se que houve um crescimento de mais de 100 milhões de litros. Esta empresa de análise de dados que foi responsável pelo estudo revelou que é o equivalente a um crescimento de 13% no que se refere ao consumo.
Além disso, em 2017, em 86% dos lares em Portugal Continental houve compra de águas sem gás. As águas sem gás e sem sabor são o segmento mais dinâmico e representam mais de 95% do consumo.
3 – Cuidado com a preservação
A DECO aconselha que se deve comprar água em locais com renovação frequente de embalagens, nomeadamente num super ou hipermercado. Antes de comprar, deve verificar se a água está presente num local sem calor e luz.
Posteriormente, já em casa, deve assegurar o mesmo. Guarde a água num local limpo, seco e fresco. Após a abertura da água, consuma-a até dois ou três dias.
4 – A importância da reciclagem
É importante fazer a reciclagem todo o ano. No entanto, é particularmente relevante fazê-lo em determinadas alturas do ano em que o consumo é mais elevado, nomeadamente no verão.
Fazer a separação de resíduos é fundamental. Deve assegurar que as garrafas sejam depositadas no ecoponto amarelo, devidamente espalmadas para ocuparem menos espaço. Sabia que a matéria-prima que se obtém ao reciclar mil garrafas de água é suficiente para produzir 100 pares de calças?
5 – Diferentes tipos
A indústria de engarrafamento em Portugal apenas extrai, acondiciona e comercializa águas minerais naturais e águas de nascente. A Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente explica a diferença no seu Livro Branco. Quer as águas minerais naturais, como as águas de nascente, são de origem subterrânea e 100% naturais.
Contudo, elas podem apresentar mais ou menos riqueza em determinados sais minerais e oligoelementos, dependendo da sua origem geográfica e geológica (rochas). Por isso, o seu sabor pode diferir.
Existem ainda as águas naturalmente gaseificadas. Elas dependem do aquífero e do aquecimento subterrâneo, especialmente de origem vulcânica, de onde são provenientes. Os gases carbónicos e os sulfúricos são mais frequentemente associados às águas minerais naturais.
6 – Ler os rótulos
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) dá uma preciosa ajuda a quem tem dificuldade em compreender os rótulos da água engarrafada.
No site, estão publicadas algumas dicas que se devem ter em consideração, antes de comprar garrafas de água, porque há muitas variedades. O pH ou o nível de acidez diferencia as águas. Ele apresenta-se numa escala de 0 a 14.
Se a água medir 7 é neutra; se for inferior a 7 é ácida; enquanto se exceder esse valor é alcalina. Também se deve estar atento à quantidade de sulfato. Se houver abundância, pode ter efeito laxante, sobretudo associado ao magnésio.
As águas são sulfatadas com mais de 200 mg/litro. Já o nitrato, é proibido em quantidade superior a 50 mg/litro. As grávidas e as mulheres que se encontrem a amamentar não devem beber águas com mais de 10 a 15 mg/litro, nem os bebés.
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7 – Reutilização e Reciclagem
Após a primeira utilização, a garrafa de água pode e deve ser reutilizada algumas vezes. No entanto, quando se encontra em fim de vida, ela deve ser colocada no ecoponto amarelo. Ela são normalmente produzidas em material PET, que se trata de um material 100% reciclável.
8 – Não beba da garrafa
Não beba a água diretamente da garrafa. Existe um perigo das bactérias contidas na boca contaminarem a bebida, porque as bactérias desenvolvem-se bem em meio líquido à temperatura ambiente.
9 – Governo dá prémio a quem recicla garrafas
O governo irá dar prémios a pessoas que optem por reciclar embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis. Foram instalados depósitos de recolha das garrafas de plástico em grandes superfícies comerciais, também para latas de alumínio das bebidas. Contudo, a retribuição não será feita em dinheiro.