A História das Caravelas Portuguesas. O impacto desta inovação transformou Portugal na principal potência marítima e económica do século XVI.
Foi no século XV que Portugal se começou a aventurar nas viagens por mar, rumo ao desconhecido. À época, pouco se sabia do Oceano Atlântico e tudo era novo para aqueles homens que se faziam ao mar.
Ainda assim, nas primeiras décadas de quatrocentos, o Infante D. Henrique começou a mandar navios para sul, de modo a conseguirem dobrar o Cabo Bojador, à época a grande barreira que importava ultrapassar para desvendar o que existia mais além.
Essa proeza foi conseguida pelo navegador Gil Eanes que conseguiu, assim, mostrar que o Cabo Bojador era mesmo transponível e o mar que existia depois dele era passível de ser navegado. Um feito digno de nota, mas que não pode ser analisado, sem falarmos das embarcações que ajudaram nestas conquistas marítimas.
A História das Caravelas Portuguesas
Na primeira fase da exploração marítima, ainda sob o comando do Infante D. Henrique, os portugueses seguiram em barcas, um tipo de embarcação de pequena dimensão que servia também para navegar na costa e nos rios. As barcas possuíam apenas um mastro com uma vela.
Alguns modelos, de maior dimensão, carregavam 30 tonéis, ou seja, tinham capacidade para 30 toneladas de peso. Foi também neste género de embarcação que seguiram os homens de Gil Eanes.
Porém, depois de contornar o Cabo Bojador, Eanes percebeu que o sucesso das viagens seria maior se fosse usados navios de maior porte. Por isso, na expedição seguinte, os exploradores já seguiram noutro tipo de embarcação, maior, o chamado barinel.
A década de 1440
A partir desta fase, os navegadores começaram a seguir para sul e a conhecer novos mares, repletos de ventos e correntes desafiantes, que tornavam as incursões mais longas, demoradas e arriscadas. A principal forma de ultrapassar estes obstáculos era construindo um barco apto para o efeito e resistente quanto bastasse.
Assim, começou a ser feito um navio com 50 tonéis e dois mastros, cada um dos quais detentor de uma grande vela latina, de formato triangular. Ele tinha ainda um pavimento corrido da popa à proa e um pequeno castelo na popa.
Caraterísticas da caravela
A caravela contemplava ainda, sob o convés, um espaço para mantimentos e outras mercadorias. O casco esguio, afilado e comprido contribua para tornar esta embarcação num excelente meio de navegação marítima, como a história pode comprovar por si mesma, fácil e veloz de manobrar.
As velas permitiam navegar à bolina, isto é, fazer um percurso em zig-zag, contra o próprio vento. Elas tinham o dobro do tamanho que era, à época, usual na Europa e no Mediterrâneo, para embarcações de dimensão semelhante.
Por outro lado, como não se tratava de uma embarcação muito grande, também era possível conduzi-la pela costa, nas embocaduras dos rios e até subir o seu curso.
As caravelas de Bartolomeu Dias
É já a bordo de caravelas portuguesas que Bartolomeu Dias consegue dobrar o Cabo das Tormentas / Cabo da Boa Esperança, entrando assim no Oceano Índico e abrindo caminho para a viagem de Vasco da Gama e para a descoberta do caminho marítimo para a Índia.
O “fim” das caravelas
Após esta viagem, os exploradores comunicaram ao rei D. João II que as caravelas já não se revelavam capazes de navegar nos mares revoltos que eram encontrados pelos portugueses e, por isso, era necessário apostar em embarcações mais resistentes.
As caravelas também já não se mostravam capazes de transportar o número de homens necessários, nem a carga que era precisa. Por isso, nessa altura, as caravelas deram lugar a grandes naus que permitiram chegar ao Oriente, embora as caravelas continuassem a ser usadas nas viagens pelo Oceano Atlântico.
O contributo da caravelas
Além de ter ajudado na exploração de todo o Oceano Atlântico, as caravelas contribuíram também para a observação das estrelas, criando-se assim a navegação astronómica, que orientaria as viagens quer dos portugueses, quer de outros povos.
Um navegador italiano, Alvise Ca Da Mosto, chegou mesmo a dizer que “as caravelas portuguesas eram os melhores navios que então havia em toda a Cristandade”.
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Adorei saber sobre as caravelas portuguesas.
Moro em cidade litorânea (Ubatuba sp)
Tenho profunda admiração pelos navegadores portugueses que enfrentaram os mares com muita bravura naqueles tempos antigos.
a nossa historia e grande linda e curiosa,eu amo Historia por isso nada me passa despercebido,espero que nunca deixem de ensinar Historia
A História dos feitos portugueses é uma história de audácia, superação, tecnologia, querer, e sofrimento. A epopeia dos descobrimentos é o ponto mais alto dessa História, que tem o seu inicio sec XIX e se prolonga até aos dias de hoje.
Texto interessante e esclarecedor sobre as Caravelas. Com uma delas, Pedro Alvares Cabral “descobriu” o Brasil em 22/04/1500.
Só acho triste que um artigo cujo titulo é ” a historia das caravelas Portuguesas” tenha como foto de capa uma nau e não uma caravela.
Muito interessante, como todos os vossos artigos. Deve-se citar a importância da quilha na navegação à bolina, e era esta o grande trunfo da caravela, pois permitiu entrar no golfo da Guiné, sempre com ventos contrários.
A història das descoberta ja alguma foi contada…
Eu foi veluntàrio durante alguns anos na caravela BOA EDPERANÇA Que está em lagos…
Sò para ver os marinheiros eram presos tinham entre dez e o quinze anos de idade e nao sabiam nadar que foram dobrar o cabo bojador..dormiam no convès ao ar livre e todas as necessidades eram feitas no conves ao ar livre..eram très meses de viagem e outros tres para voltar…a vida era dificil no mar….
Todos falam muito nas Caravelas usadas por Portugal mas nada sobre os estaleiros onde foram construídas. Contam os milagres mas não os santos. Quem impulsionou as navegações com tecnologia é informações foram os Templarios e sua metade da frota após a fuga para Portugal. As Caravelas eram encomendadas e pagas por eles para serem fabricadas em Damão. Pirtugal nunca teve estaleiros e marceneiro com técnica para construi las. Porque não contam a verdade?
Concordo. Esta foto é de uma Nau e não uma Caravela do século xv