O castelo é uma imponente construção de Alcácer do Sal. A sua conquista representou um importante marco alcançado pelo monarca Afonso II.
A experiência de visitar Alcácer do Sal revela-se bastante enriquecedora. Trata-se de um destino memorável. Neste local, a Natureza é rica e deslumbrante. Além disso, por aqui, encontra-se um património histórico notável.
Os homens criaram diversas atrações ao longo do tempo que nos ajudam a perceber muito sobre a história de Alcácer do Sal e um pouco sobre a história de Portugal. Há diversas atrações dignas de serem vistas, mas o ex-libris de Alcácer do Sal é o seu castelo.
Fique a conhecer mais sobre ele e sobre este destino perfeito para uma escapadinha de sonho. O castelo é uma imponente construção de Alcácer do Sal. A sua conquista representou um importante marco alcançado pelo monarca Afonso II.
A grande conquista de Afonso II aos muçulmanos no Alentejo
A família do rei
D. Afonso Henriques é um herói nacional por ter sido o fundador do reino português. O seu pai foi D. Henrique de Borgonha e a sua mãe foi D. Teresa. D. Afonso Henriques nasceu no dia 25 de junho de 1111 (em Guimarães, no entanto, existem outras teses que defendem outras versões sobre o local de nascimento).
Ele ficou conhecido como “O Conquistador” e, depois de derrotar a mãe e fazer história, D. Afonso Henriques reinou entre 1143 e 1185. O monarca casou-se com D. Mafalda de Sabóia. Dessa união, nasceu D. Sancho I, o seu filho, que veio a ser o seu sucessor. D. Sancho I nasceu no dia 11 de novembro de 1154 (mais precisamente, em Coimbra) e ficou conhecido como “O Povoador”.
D. Sancho reinou entre 1185 e 1211, momento em que foi sucedido pelo seu filho D. Afonso II. Estes três homens representaram o início da 1ª Dinastia (que ficou conhecida como a Afonsina ou de Borgonha) portuguesa.
D. Afonso II (1185-1223)
D. Afonso é fruto da união de D. Sancho I com D. Dulce de Aragão. Ele nasceu no dia 23 de abril de 1185, em Coimbra. O casamento de D. Afonso II com D. Urraca foi materializado. D. Afonso reinou Portugal entre 1211 e 1223, portanto, por pouco mais de uma década.
O seu sucessor foi D. Sancho II (filho de D. Afonso II e de D. Urraca), que nasceu no dia 08 de setembro de 1202 (também em Coimbra).
O termo Alcácer
Em árabe, castelo diz-se “Al-Kassr”. O nome de Alcácer do Sal deriva desta palavra. Desta forma, percebe-se como o castelo local teve um papel determinante na vida desta vila.
Existem várias localidades que se podem visitar no município, nomeadamente as seguintes: Torrão, Pego do Altar, Carrasqueira, Alcácer do Sal (Santa Maria do Castelo e Santiago), Santa Maria, entre outras.
Por isso, há diversos locais para visitar que deixarão qualquer um encantado! Alcácer do Sal é o segundo maior concelho de Portugal. Este é um destino que se torna ideal para quem pretende fazer uma escapadinha romântica ou para quem deseja passar uns dias tranquilos em família.
História
Apesar de Alcácer do Sal estar a mais de 40 quilómetros do Oceano Atlântico, os fenícios estabeleceram-se neste território em 7 a.C. Após um período de ocupação romana (que chamou este local de Urbs Imperatoria Salacia), a cidade tornou-se na movimentada capital da província mourisca de Al-Ksar, que em árabe significa ‘fortaleza’ (ou castelo).
Contexto temporal
Ao longo da história de Portugal, cristãos e muçulmanos travaram diversas batalhas sangrentas, muitas delas ocorreram com o intuito de dominar esta fortificação que se encontrava numa posição estratégica que era essencial na defesa do Alentejo.
Foi no reinado de Afonso II que o castelo de Alcácer do Sal ficou definitivamente português, mais precisamente em 1217. Nessa conquista, D. Afonso II teve o apoio dos cruzados, algo que determinou a sua vitória.
Conquistas aos mouros
Em meados do século XI, os cristãos já tinham assegurado a conquista de mais de metade do território português (tal é atualmente conhecido) aos muçulmanos. Ao longo desses anos, foram realizadas diversas campanhas. As operações realizadas eram devastadoras.
Nesse contexto de conquistas, foram realizados cercos que podiam demorar meses. Era esperado o tempo suficiente até as terras serem tomadas. No entanto, frequentemente, elas caíram novamente nas mãos inimigas, o que implicava que a fronteira do reino recuasse mais uma vez.
A reconquista
Nesse tempo, existiam vastas áreas despovoadas a sul do Tejo, além da presença de cidades e de aldeias consideradas importantes e que apresentavam uma economia próspera, especialmente, na região do Algarve.
Por isso, as incursões realizadas encontravam uma forte resistência militar. A tomada de Alcácer do Sal foi um grande desafio. Ela serve de exemplo dos reveses que os cristãos sofreram durante o ambicioso projeto da Reconquista.
A constituição dos reinos cristãos
A reconquista cristã da Península Ibérica foi um projeto de grande dificuldade de execução. A constituição dos reinos cristãos demorou muito tempo e levou a grandes perdas. O rei português tentou apoderar-se da mourisca Al-Kassr, que chegou a pertencer aos romanos, aos godos. No entanto, desde 715, que se encontrava sob domínio árabe.
As primeiras expedições acabaram por falhar. No entanto, em 1158, o importante baluarte acabou por ceder à ofensiva dos portugueses. A vitória pode ter sido saborosa, mas não foi definitiva…
A perda
Como se falou, o jogo de xadrez entre muçulmanos e cristãos foi jogado várias vezes, com vitórias e derrotas para ambos os lados. D. Afonso Henriques levou dois meses para tomar o inexpugnável castelo de Alcácer do Sal, em 1158.
Posteriormente, mais de trinta anos mais tarde, durante a grande invasão do califa Almançor, a coroa já pertencia ao filho de D. Afonso Henriques, D. Sancho I. Nesse tempo, os portugueses sentiram a necessidade de abandonar a povoação. Foram obrigados pelos muçulmanos. Portanto, o castelo foi retomado pelos mouros em 1191.
O cerco
Coube a D. Afonso II o papel de reabrir a guerra contra os mouros. Eles encontravam-se instalados nesta praça estratégica. A iniciativa de D. Afonso II contou com o apoio dos militares da 5.ª Cruzada.
Esses militares subiram o rio Sado, enquanto as tropas portuguesas tinham a missão de avançarem por terra. O cerco realizado às muralhas do castelo durou muito tempo. Foram dois meses longos. O dia 18 de outubro de 1217 foi memorável. A guarnição apresentava a rendição.
O feito
A conquista de Alcácer do Sal foi bastante importante, tendo sido falada em toda a Europa. A conquista do castelo de Alcácer do Sal revelou-se uma prova de que a guerra aos infiéis se encontrava no bom caminho. Esta conquista foi considerada o feito mais importante do reinado de D. Afonso II, do terceiro rei de Portugal.
O castelo
O castelo de Alcácer do Sal encontrava-se no alto da maior colina da vila. Era uma construção imponente que os muçulmanos pensavam ser inexpugnável. Esta fortaleza chegou a ter 30 torres de pedra, cada uma com 25 metros de altura. O castelo de Alcácer do Sal foi seguramente palco de vários momentos importantes da nossa história.
Alcácer do Sal
O sal foi a principal indústria de Alcácer do Sal. Nesta vila, existe uma série de edifícios antigos encantadores. Estas construções testemunham a antiga prosperidade da vila. Entre os pormenores que destacam estas construções estão os fragmentos de mármore que se encontram esculpidos embutidos nas suas fachadas.
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A visita
Os visitantes de Alcácer do Sal ficarão surpreendidos pela beleza do local. As casas brancas encontram-se cobertas por telhados vermelhos. As habitações locais permitem a formação de um aglomerado compacto que se encontra de um lado do rio, abaixo do castelo de Alcácer do sal.
O Castelo de Alcácer do Sal
A fortaleza é a atração principal. Encontra-se rodeada pelas suas muralhas originais.
A igreja
Na parte alta, encontra-se a igreja românica de Santa Maria, datada do século XII. Este templo apresenta um belo portal renascentista na capela do Sacramento. Existem aqui alguns azulejos do século XVII que deslumbram.
Museu arqueológico
Na cripta do castelo, encontra-se o museu arqueológico. Este espaço fascinante é imperdível. Este museu narra o desenvolvimento de Alcácer do Sal desde os tempos pré-históricos.
Vistas
Há muitas construções encantadoras e de elevada estatura. São atrações que permitem que se contemple a paisagem local, como as muitas torres e campanários que se encontram por aqui.
Além da sua beleza, estas estruturas arquitetónicas oferecem outra vantagem: as vistas privilegiadas para os ninhos das cegonhas. As muralhas do castelo permitem que se contemple um cenário incrível, que se estende pelas planícies do Alentejo e que vão para além dos verdejantes arrozais que circundam a vila.
A igreja do Espírito Santo
Este templo encontra-se no centro da vila. Esta bonita igreja foi fundada em 1628. Foi neste templo que D. Manuel I se casou com Maria de Aragão (a sua segunda mulher) em 1500. Nas proximidades da igreja do Espírito Santo, encontram-se outras atrações.
Entre esses edifícios dignos de nota está o antigo convento de Santo António. Esta construção (do século XVI) destaca-se pela decoração feita em mármore. A Arquitetura religiosa tem na capela lateral funerária, capela das Onze Mil Virgens, uma atração imperdível.
A igreja do Senhor dos Mártires
A oeste desta cidade encontra-se a igreja gótica do Senhor dos Mártires. Este templo apresenta uma rara capela octogonal, uma construção datada de 1333. Outro atrativo desta igreja está no sarcófago de pedra do século XV de Diogo de Pereira.
Este homem é recordado pelo importante papel na qualidade de Grão-Mestre dos Cavaleiros de São Tiago que desempenhou na recuperação de Alcácer do Sal dos Mouros.
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Onde comer
Existem diversos restaurantes de qualidade no concelho. Nestes espaços, não falta qualidade e diversidade. Por isso, as refeições são sempre deliciosas. Naturalmente, estes restaurantes fazem questão de representar bem a gastronomia alentejana.
Os restaurantes recorrem aos produtos locais, que são conhecidos pela sua excelência. Além disso, conjugam a criatividade das gentes da terra com os conhecimentos das tradicionais receitas de família, o que leva ao desenvolvimento de pratos absolutamente deliciosos. Prepare-se para uma verdadeira celebração dos sabores!
Onde dormir
Existe uma oferta variada de espaços onde pode pernoitar com todo o conforto. O alojamento local possui inúmeras opções e entre elas destacam-se:
- Vale do Gaio (hotel que promete uma experiência única e nunca desilude);
- Aldeamento Turístico Casas da Comporta (outra opção que deixa qualquer um deslumbrado);
- Pousada D. Afonso II (um espaço que permite que se aproveite bem a riqueza da região);
- Casa das Cegonhas (espaço onde se pode usufruir da tranquilidade do campo);
- Herdade de Montalvo (espaço que assegura grande conforto e tranquilidade).
Para os adeptos da Natureza, uma das melhores opções é o Parque de Campismo de Alcácer do Sal (Rua Independente Futebol Clube Alcacerense 7580-103 Alcácer do Sal).