Chaves é uma cidade termal no norte de Portugal, conhecida pelas suas águas termais e pelo famoso complexo termal das Termas de Chaves. A cidade é rica em história e cultura, com pontos turísticos como a Ponte de Trajano, que remonta ao Império Romano. Se estiver a planear uma visita a Chaves, há muitos locais incríveis para explorar, desde os banhos termais às ruas pitorescas da cidade velha. Neste artigo, vamos dar-lhe uma visão geral da sua história e dos melhores locais para visitar que pode desfrutar durante a sua estadia em Chaves. Fique, então, a conhecer a história, atrações e curiosidades sobre Chaves, um destino imperdível.
A cidade onde brota água quente do solo, no Norte de Portugal
Chaves é sede de um município situado no distrito de Vila Real, encontrando-se na antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, nordeste de Portugal. O concelho de Chaves é composto por 39 freguesias.
Quis a Natureza que, no território onde atualmente se encontra a cidade de Chaves, a água brotasse quente do solo. Os romanos perceberam o seu potencial. Eles eram bastante apreciadores desta água e estavam crentes nos seus respetivos poderes curativos. Por isso, eles fundaram a cidade de Aquae Flaviae.
Há diversos vestígios que confirmam a presença humana na região. Eles remontam ao Paleolítico. Contudo, foram as legiões romanas que dominaram esse território há cerca de dois mil anos. Eles construíram várias fortificações e infraestruturas no local, nomeadamente a ponte de Trajano.
Nesta região, a água quente brotava do solo de uma forma natural e espontânea, o que levou ao estabelecimento da legião VII Gémina e à fundação da cidade romana de Aquae Flaviae.
Escolheram este locai devido à água que se acreditava ter poderes terapêuticos, o que era perfeito para o recobro da sétima legião, quando esta regressava de uma feroz batalha.
A cidade de Aquae Flaviae seria fundada no ano de 79 d.C., em homenagem ao imperador Tito Flávio Vespassiano. Houve vestígios encontrados na área alta da cidade de Chaves, num espaço atualmente ocupado pela Igreja Matriz. Esses vestígios fazem presumir que nesse local se encontravam o núcleo e centro cívico da antiga Aquae Flaviae. Atualmente, a rua Direita ainda revela traços do que foi o Fórum, o Capitólio e o Decúmanus. Foi nesse território que foram encontrados os achados mais importantes desse tempo. Eles encontram-se presentes no Museu da Região Flaviense.
As termas medicinais romanas foram encontradas por mero acaso. Isso aconteceu quando a Câmara Municipal de Chaves iniciava a construção de um parque de estacionamento subterrâneo. Os vestígios arqueológicos encontrados apresentam-se num excelente estado de preservação. Percebeu-se que se estava perante as maiores termas romanas da Península Ibérica! As Ruínas das Termas Romanas de Aquae Flaviae revelam muito desse tempo. Os especialistas defendem que terá sido um sismo que fez desabar a antiga construção romana, algo que aconteceu no século IV e que se manteve intocável por 17 séculos, até 2006.
No terceiro século, surgiram as invasões dos Suevos, Visigodos e Alanos. Estes povos eram provenientes do leste europeu. Esse foi o fim do domínio do império romano na Península Ibérica. As guerras entre Remismundo e Frumário permitiram a disputa pelo trono, o que levou a uma quase destruição total da cidade. A vitória recaiu em Frumário.
Os mouros invadiram a região no início do século VIII. O povo muçulmano, oriundo do Norte de África, venceu Rodrigo, o último monarca visigodo que governava a região. Com a invasão dos árabes, o islamismo também invadiu o espaço ocupado pelo cristianismo, algo que levou a uma querela religiosa que originou a fuga das populações residentes. Com as inevitáveis destruições, as pessoas fugiram para as montanhas. Os confrontos entre mouros e cristãos duraram até ao século XI.
No século IX, ainda antes da existência de Portugal, a cidade foi reconquistada aos mouros por cristãos. Foi o rei de Leão, D. Afonso, que a reconstruiu parcialmente para que, pouco tempo mais tarde, voltasse a cair nas mãos dos mouros. Posteriormente, já no século XI, D. Afonso III, rei de Leão, resgatou a cidade definitivamente, reconstruindo a cidade na totalidade. Ele fortificou-a com muralhas em todo o perímetro.
Em 1160, Chaves foi integrada no reino de Portugal, com a intervenção de Ruy e Garcia Lopes, que se encontram ligados à história desta terra. D. Dinis mandou construir o castelo e a muralha. O reino vizinho teria assim uma maior dificuldade em ameaçar a fronteira norte do Reino de Portugal.
O primeiro foral data de 15 de maio de 1258 e foi atribuído por D. Afonso III. Mais tarde, o Foral foi confirmado por D. Manuel I, em 1514. Chaves foi elevada à categoria de cidade, no dia 12 de março de 1929.
Hoje, Chaves possui várias atrações. Uma delas é a Ponte de Trajano, construída entre os séculos I e II d.C., no tempo do Imperador Trajano. Por isso, tem o nome que apresenta. Esta Ponte romana com 150 metros de comprimento foi construída sobre o rio Tâmega. Encontra-se assente sobre arcos de volta perfeita que foram construídos em granito. No total, 12 arcos são visíveis e há mais 6 soterrados de um e de outro lado. A meio desta construção, erguem-se duas colunas, a montante e a jusante. Nelas, encontram-se inscrições que invocam os nomes dos imperadores Trajano, Vespasiano Augusto e Tito Vespasiano.
Do Castelo de Chaves, apenas sobreviveram a Torre de Menagem e uma muralha. O castelo foi destruído no século XIII. O castelo encontra-se presente no ponto mais alto da cidadela medieval. A fortaleza evoluiu de uma antiga edificação romana. Desde o ano de 1978 que o Museu Militar se encontra instalado neste espaço.
A Igreja Matriz de Chaves foi construída no século XII. Este templo é também conhecido por Igreja de Santa Maria Maior. O exterior deste templo apresenta um traço renascentista. O estilo românico apenas permanece na torre sineira, no pórtico e nas imagens de Cristo e Santa Maria. No interior da igreja, destaca-se o ambiente românico.
A Igreja da Misericórdia foi edificada no século XVII. O templo destaca-se pelo estilo Barroco, destacando-se o teto de madeira, pintado, que tem representado a cena da Visitação. O seu altar apresenta talha dourada, encontrando-se profusamente decorado com querubins, cachos e volutas. Está situada na Praça de Camões, junto do edifício dos Paços do Concelho (Câmara Municipal).
A Praça de Camões / Paços do Concelho é a praça principal da cidade. Quem visita Chaves tem de passar por aqui. Neste espaço, encontra-se o edifício dos Paços do Concelho, que se trata do palacete mais encantador da cidade. O palacete foi construído em meados do século XIX, a pedido de António Pereira Coutinho, morgado de Vilar de Perdizes. Esta construção pertence ao município de Chaves desde 1861.
O Paço dos Duques de Bragança também se encontra nesta praça. Este imóvel foi construído no século XV com o propósito de receber o primeiro Duque de Bragança, D. Afonso. Este é um edifício imponente, mais sóbrio. É neste espaço que funciona o Museu da Região Flaviense.
O Castelo de Monforte do Rio Livre começou por ser um castro pré-histórico. No entanto, integra o território português desde o início da nacionalidade. Quando a povoação recebeu foral de D. Afonso II, em 1273, iniciaram-se as obras da sua construção. Estas obras só terminaram em 1312, já no reinado de D. Dinis. Durante a Guerra da Restauração da independência, as defesas de Monforte foram devidamente modernizadas, adaptando-se aos tiros da artilharia. Desta forma, foram erguidos um meio-baluarte e outras estruturas, a leste da torre de menagem medieval.
Não é necessário estar hospedado no encantador Hotel Vidago Palace para poder usufruir da beleza do parque. Este espaço está aberto ao público até às 19h00. Por isso, qualquer pessoa pode admirar a riqueza botânica do Parque de Vidago.
Outra das atrações é a Pedra Bolideira que se encontra na Serra do Brunheiro, a 18 km do centro da cidade de Chaves, junto à Nacional 103. A Pedra Bolideira é um dos vários blocos de granito espalhados pela serra. No entanto, trata-se do mais curioso. Embora pese muitas toneladas, qualquer pessoa consegue movê-lo…
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Informação Útil
Posto de Turismo de Chaves
Localização GPS: Latitude 41.739677 Longitude -7.471523
Morada: Paço dos Duques de Bragança, Praça de Camões, 5400-150 Chaves
Contactos: 276 348 180 / [email protected]
Horário de funcionamento (terça a domingo)
- No verão (abril a setembro), está aberto das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h30.
- No inverno (outubro a março), está aberto das 09h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00.
Quer saber onde comer em Chaves?
Reunimos alguns dos espaços onde pode saborear autênticas especialidades gastronómicas. Estes são restaurantes que colocam na mesa o melhor da gastronomia local.
Restaurante Carvalho
Morada: Jardim do Tabolado Bloco 4, 5400-523 Chaves
Contactos: +351 276 321 727
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Leitões Come
Morada: Av. da Raposeira Edf Joframar loja 4 5400-482 Chaves
Contactos: +351 939 444 102
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Maxi Leitão
Morada: Rua Infantaria 19 Nr1/2, 5400-309 Chaves
Contactos: +351 914 779 939
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Taberna Típica Benito
Morada: Rua da Ponte, 34, 5400-455 Chaves
Contactos: +351 276 907 018
Restaurante – Pensão Flávia
Morada: Travessa Cândido dos Reis, 12 5400-154, Chaves 5400-164 Chaves
Contactos: +351 961 693 890
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Quer saber onde pode dormir em Chaves?
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Casas Novas Countryside Hotel Spa & Events ****
Morada: Rua Visconde do Rosário, nº1, Casas Novas, 5400-727 Redondelo
Localização GPS: 41°42’33.9″N / 7°34’00.6″W
Contactos: 00351 276 300 050 / [email protected]
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Ibis Styles Hotel ****
Morada: Rua 25 de Abril , 5400-093 Chaves
Localização GPS: -7.468799 / 41.738605
Contactos: 00 351 276 249 440 / [email protected].
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Hotel Encostas de Nantes ***
Morada: Rua do Lombo, 81, 5400-3521 Chaves
Localização GPS: 41.717662 Norte / -7.453837 Oeste
Contactos: (+351) 276 322 033 / (+351) 969 778 663 / [email protected]
Forte São Francisco Hotel ****
Morada: Alto da Pedisqueira, 5400-435 Chaves
Localização GPS: N 41º 44′ 33.48″ (41.742635º) / W 7º 28′ 11.94″ (7.469984º)
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Hotel Casino de Chaves ****
Morada: Lugar do Extremo – Valdanta, 5400-001 Chaves
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