Descubra atrações alentejanas imperdíveis. Faça um passeio memorável pelo Alto Alentejo e viva uma experiência única!
A nossa terra é maravilhosa. Há regiões verdadeiramente encantadoras que proporcionam experiências distintas que apresentam o nosso país de formas diferentes. No presente artigo do NCultura, iremos recomendar um passeio pelo Alto Alentejo, uma das regiões mais bonitas.
O Alto Alentejo reúne uma beleza natural deslumbrante a um conjunto de atrações que nos ajudam a conhecer a história de Portugal. Descubra as atrações imperdíveis do Alto Alentejo. Faça um passeio pela região e viva algo único!
13 atrações fascinantes num passeio memorável pelo Alto Alentejo
A experiência
Realize um passeio pelo Alto Alentejo! Esta é uma sub-região que apresenta muitos encantos. O Alto Alentejo corresponde à totalidade do distrito de Portalegre. Neste território, existe uma riqueza singular.
Há muitos locais encantadores para descobrir, atrações incríveis e cheias de história. Além das vilas e cidades típicas, dos respetivos habitantes que são simpáticos e acolhedores e que demonstram um grande respeito pelos seus costumes e tradições, há a destacar os monumentos que nos ensinam muito sobre a história de Portugal.
O Alto Alentejo
Neste território, poderá descobrir melhor uma região de grande beleza que se encontra limitada pela Beira Baixa (a norte), pelo Médio Tejo (a noroeste), pela Lezíria do Tejo (a ocidente), pelo Alentejo Central (a sul) e por Espanha (a oriente). Esta breve descrição da sua localização já dos diz muito sobre o cenário deste território.
O Alto Alentejo ocupa uma área de 6230 quilómetros quadrados. Neste espaço geográfico, vive uma população de 118.000 pessoas, conforme os dados avançados pelos censos de 2011.
Esta região é composta por 15 vilas e cidades, nomeadamente 3 cidades (são elas: Cidade de Elvas; Cidade de Ponte de Sor; Cidade de Portalegre) e 12 vilas (nomeadamente: a Vila de Alter do Chão; a Vila de Arronches; a Vila de Avis; a Vila de Campo Maior; a Vila de Castelo de Vide; a Vila de Crato; a Vila de Fronteira; a Vila de Gavião; a Vila de Marvão; a Vila de Monforte; a Vila de Nisa; a Vila de Sousel).
Estes locais são destinos que revelam muito sobre o Alto Alentejo. Há algo em comum neles: as paisagens de rara beleza. Além disso, estas cidades e vilas são abençoadas por um sol generoso que se revela convidativo ao descanso, ao dolce far niente.
A calma, tranquilidade e quietude ajuda-nos a recarregar energias para o quotidiano e a encontrar o nosso eu interior. Neste espaço, podemos pensar sobre tudo e sobre nada; refletir sobre a nossa vida, sobre a imponente Natureza…
Riqueza
O Alto Alentejo é uma aula de História. Apresenta-nos um património medieval encantador que se dispersa pelas suas vilas e cidades. Nesta sub-região, podemos encontrar muralhas e castelos remotos, presentes no topo de falésias. Évora é uma das pérolas do Alto Alentejo, mas há muito mais para descobrir!
13 experiências imperdíveis
1 – Castelo de Vide
Após ser convertido em museu, este espaço foi reaberto em 2009. Neste local, encontra-se a sinagoga original, um espaço com duas salas (uma destinada mulheres e outra destinada a homens).
Neste espaço, podemos ainda encontrar um tabernáculo de madeira e a Arca Sagrada para rolos da Torá, o “livro da lei de Moisés”. Os restantes quartos da Sinagoga e Museu de Castelo de Vide apresentam uma coleção de artigos rica e diversificada que permite ilustrar a história das comunidades judaicas de Castelo de Vide.
2 – Cidade de Ammaia, Marvão
Esta atração está localizada em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, no concelho de Marvão. A cidade de Ammaia situa-se em São Salvador de Aramenha, mais precisamente e está presente na região do norte alentejano.
Esta cidade antiga representa o mais importante vestígio da sua época. A área central da Cidade Romana de Ammaia é constituída pela Tapada da Aramenha e pela Quinta do Deão, numa área de 25 ha, aproximadamente.
Esta cidade encontra-se presente numa zona de rara beleza, revelando uma grandeza patrimonial assinalável.
Acredita-se que esta povoação tenha sido fundada nos finais do século I a.C, no principado de Augusto. Ammaia foi elevada a Civitas por volta do ano 44/45 d.C. Ainda durante o séc. I d.C., obteve o estatuto de Mvnicipivm. No entanto, apenas existem dados sobre o estatuto no ano de 166 d.C., no reinado de Lúcio Vero.
No local, podemos encontrar ainda o Museu Monográfico da Cidade de Ammaia. Trata-se de um “museu de sítio”, que permite apresentar a vida quotidiana da população da época, revelando-nos as principais ferramentas locais usadas.
Neste espaço, há vários objetos que foram encontrados e inventariados, destacando-se ainda uma das coleções de vidros romanos, a mais importante da Península Ibérica.
Informação útil:
Morada: Estrada da Calçadinha, nº 4, 7330-318 São Salvador de Aramenha, Marvão
Telefone: 245 919 089 / 960 325 331
Localização GPS: N39º 22º 13 87”, W 7º 23º 14 5”
3 – Castelo de Marvão
Este castelo foi construído na rocha no extremo oeste da vila. O Castelo de Marvão está datado do final do século XIII. Atualmente, ainda é possível visualizar uma enorme cisterna abobadada, cheia de água, apresentando-se ajardinada com sebes e canteiros de flores.
Este local faz-nos recuar anos na história de Portugal. A atração local é a torre de menagem. Este espaço tem informação sobre a história do castelo, dando-nos a conhecer como era o território, mesmo antes da sua fundação no século XIII.
É também possível visitar várias lojas de artesanato e viver momentos agradáveis num café. No entanto, caminhar pelas muralhas do edifício secular revela-se uma das melhores experiências que se pode viver por lá.
4 – Castelo de Portalegre
A origem deste castelo remonta à época de D. Dinis. O Castelo de Portalegre apresenta três torres que foram restauradas. Estes locais oferecem boas vistas da cidade.
Infelizmente, parte das muralhas do castelo foram destruídas na década de 1930, visando abrir as ruas ao trânsito. No entanto, em 2006, ocorreu uma renovação que foi algo controversa. No Castelo de Portalegre, foi criada uma estrutura moderna de madeira que permite ligar as paredes do castelo à torre.
5 – Convento de Santa Clara, Portalegre
Este antigo convento é um dos tesouros escondidos de Portalegre. Atualmente, faz parte da biblioteca municipal. Por isso, pode passear livremente pelo local. O Convento de Santa Clara apresenta um claustro impressionante.
Neste convento, podemos encontrar algumas paredes que se encontram cobertas de azulejos. Apesar do convento original ter sido erguido no século XIV, a maioria da estrutura está datada do século XVIII.
6 – Fábrica de Cortiça Robinson, Portalegre
Apesar de se encontrar abandonada, esta fábrica está a ser transformada num centro cultural.
Embora as obras realizados no local não se encontrem finalizadas, ainda é possível entrar no espaço e passear por lá. Ao explorar o local, poderá encontrar um labirinto de salas onde se encontram várias máquinas antigas.
Esta fábrica de cortiça foi fundado pelo inglês Thomas Reynolds. A sua fundação ocorreu em 1835. A Fábrica de Cortiça Robinson chegou a empregar mais de 2000 trabalhadores. No entanto, na segunda metade do século XX, a produção desta fábrica entrou em queda. Esta fábrica fechou definitivamente em 2009.
7 – Forte da Graça, Elvas
Esta construção destaca-se na paisagem, a sua presença dominante na região ajuda-nos a perceber o seu papel. A encosta permitiu que este local tivesse uma função estratégica. Neste local, outrora foi erguida uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Graça.
Ao longo dos anos, a ermida desempenhou um papel bastante relevante nas guerras com Espanha. Na década de 1650, os espanhóis chegaram a usá-la como ponto de artilharia para atacar a cidade sitiada de Elvas, o que aconteceu novamente, na década de 1760.
Após esta última investida dos espanhóis, D. José I ordenou a construção deste poderoso bastião fortificado. O Forte da Graça é considerado uma obra-prima da arquitetura militar da época.
8 – Aqueduto da Amoreira, Elvas
Para completar a construção deste aqueduto, foi necessário mais de um século. O Aqueduto da Amoreira necessitou mais de 100 anos a ser erguido, o que revela a ambição do projeto. A estrutura deste aqueduto é imponente e impressiona qualquer pessoa.
Foi em 1622 que o Aqueduto da Amoreira foi finalizado. Esta construção destaca-se por apresentar os enormes contrafortes cilíndricos e por revelar várias fileiras de arcos que se estendem ao longo de 7 km para oeste da cidade, destinando-se a levar água para a fonte de mármore do Largo da Misericórdia.
9 – Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, Estremoz
Esta é uma construção icónica na região. O antigo palácio real foi restaurado e em 2015 foi reaberto ao público. Este espaço apresenta um conjunto de exposições itinerantes. Por isso, neste local é possível conhecer a arte de alguns dos artistas mais talentosos do Alentejo.
O Palácio dos Marqueses merece uma visita pela riqueza que esconde e para beleza que apresenta, como os corredores revestidos de mármore e os vitrais que se encontram sob tetos decorativos deslumbrantes.
10 – Museu Municipal de Estremoz
Este museu encontra-se alojado num asilo do século XVII e está situado perto do antigo palácio. O Museu Municipal de Estremoz apresenta bonitos móveis pintados à mão.
Neste local, destacam-se ainda as adoráveis figuras de madeira, peças que foram esculpidas por talentosos artesãos locais e que representam cenas rurais da região. A coleção de itens tipicamente alentejanos do século XIX é outro dos destaques deste museu.
Informação útil:
Morada: Largo Dom Dinis, 7100-509 Estremoz
11 – Paço Ducal, Vila Viçosa
Esta construção foi erguida por vontade dos duques de Bragança. Foi no início do século XVI que o Palácio Ducal foi construído, num contexto temporal em que D. Jaime, o quarto duque, decidiu que se encontrava farto do desconfortável castelo da colina.
O Paço Ducal foi um espaço de residência permanente da primeira família da nobreza nacional. Contudo, com a ascensão em 1640 da Casa de Bragança ao trono português, o Paço Ducal passou a ser uma das habitações do reino.
Após a implantação da República, que aconteceu em 1910, houve o encerramento do Paço Ducal de Vila Viçosa. Contudo, nos anos 40 do século XX, este espaço reabriu portas. Isto aconteceu por vontade expressa de D. Manuel II, em testamento, após a criação da Fundação da Casa de Bragança.
No Paço Ducal, encontram-se mais de 50 salas abertas ao público. Neste espaço, poderá aprender muito sobre a história (de Vila Viçosa e de Portugal). A experiência de visitar o Palácio de Vila Viçosa é bastante parecida com a de entrar numa máquina do tempo, uma vez que nos permite testemunhar como era este local há séculos.
Nas várias salas do Paço Ducal, poderá encontrar várias coleções notáveis de diversas áreas, nomeadamente de pintura, de escultura, de mobiliário, de tapeçaria, de cerâmica e de ourivesaria, que se encontram distribuídas em núcleos museológicos distintos.
Informação útil:
Morada: Terreiro do Paço 7160-251, Vila Viçosa
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12 – Templo de Diana, Évora
Esta é uma atração bastante popular. O Templo Romano ou Templo de Diana revela-se um dos monumentos romanos que se encontra em Portugal mais bem preservado. Trata-se de um espaço de arquitetura religiosa romana, do século I. Este monumento está presente na Acrópole, à cota máxima de 302m, que fazia parte do fórum.
O Templo Romano é uma construção de estilo coríntio e do tipo hexastilo-períptero. Esta construção apresenta uma planta retangular (25x15m). O Templo de Diana encontrava-se enquadrado por tanques, criando um efeito de espelho de água raro.
Embora não se possa afirmar com certeza, acredita-se que este templo tenha sido dedicado ao culto imperial e não à deusa Diana. No entanto, é assim designado (Templo de Diana) desde o século XVII até aos nossos dias.
Informação útil:
Morada: Largo do Conde de Vila Flor, 7000-863 Évora
13 – Capela dos Ossos, Évora
Esta capela foi construída no século XVII. Esta construção está integrada na Igreja de São Francisco de Évora. Neste local, a arte barroca predomina. A Igreja é classificada como Monumento Nacional.
Há 6 capelas dos ossos no nosso país. A de Évora é a maior e mais popular. Por isso, este templo é uma das atrações mais visitadas na cidade de Évora.
No interior da Capela dos Ossos de Évora, encontra-se uma frase que nos faz confrontar com a realidade mais sombria. Um facto que nos assombra e que preferimos nem pensar nele: a nossa morte.
Neste templo, somos obrigados a pensar nela, devido à presença da frase: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”.
Informação útil:
Morada: Praça 1º de Maio, 7000-650, Évora
Contactos: 266 704 521
Agora que tem as nossas sugestões, pode realizar um passeio memorável pelo Alto Alentejo. Explore a sua riqueza e divirta-se a conhecer os caminhos propostos que nos dão a conhecer parte da história de Portugal.