Conheça 10 mitos sobre Vinho Tinto e Branco. Os vinhos são um tema que cai facilmente no “goto” dos portugueses, talvez por estes serem apreciadores de um bom vinho, talvez porque sejamos dos povos que produz dos melhores vinhos do mundo. Um feito notável, dada a extensão do nosso espaço territorial, em comparação com outras grandes potências deste mercado vinícola como, por exemplo, França. É um mercado extremamente competitivo, com diversos concursos e medalhas a destacarem anualmente as melhores produções e os melhores vinhos.
Sendo um vinho tão apreciado por todos, a verdade é há muitos mitos que interessa analisar de forma a separar o que é verdade do que é falso. O universo dos vinhos é muito amplo e complexo e nem sempre é verdadeiro o que é dito frequentemente. Conheça mitos sobre o vinho e saiba separar o verdadeiro do falso.
10 mitos sobre Vinho Tinto e Branco. Verdade ou mentira?
“O vinho branco não pode ser envelhecido. Só o vinho tinto o pode ser.”
Mito 1 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Existem em Portugal bons vinhos brancos que podem ser envelhecidos e fora do nosso país também há bons exemplos. Entre eles, estão seguramente o vinho branco alemão Riesling, estando este entre os vinhos brancos internacionais que podem envelhecer com qualidade.
Este vinho é bastante conhecido, pois pode envelhecer até 50 anos de idade, tornando-se melhor com o passar do tempo. No nosso país, destacam-se o vinho Encruzado (Dão) e o vinho Alvarinho (Monção e Melgaço).
Portanto, é falso, pois há vinhos brancos que podem envelhecer. No entanto, muitos dos vinhos brancos que são produzidos não visam a longevidade, devendo ser bebidos no prazo de 12 meses.
“O vinho rosé é produzido depois de se misturar vinho branco com vinho tinto.”
Mito 2 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Há pouco contacto com as películas das uvas na produção do vinho rosé. Por isso, o tom é mais rosa, não chegando a ficar tão carregado como o tinto.
“O vinho de mesa não serve para beber, serve apenas para cozinhar.”
Mito 3 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
O vinho de mesa é de qualidade inferior, mas há bons vinhos de mesa. Por isso, eles não estão necessariamente destinados ao uso exclusivo na cozinha.
Estes vinhos são normalmente mais simples, pois não estão sujeitos às normas estipuladas para a qualidade dos vinhos regionais. Alguns viticultores ambiciosos, que optam por trabalhar fora das normas oficiais, classificam deliberadamente os seus vinhos como vinhos de mesa.
“Um vinho com a indicação Regional é inferior a um vinho com a indicação DOC.”
Mito 4 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Um vinho que tenha sido produzido com castas que não foram recomendadas e autorizadas para a região em questão é um vinho Regional. Neste tipo de vinho, é admitido incluir 15% de vinho proveniente de outras regiões, por isso os produtores podem usar castas e tipos de garrafas que não são autorizadas nos vinhos DOC. Além disso, também podem encurtar os tempos de estágio.
Um vinho DOC – Denominação de Origem Controlada segue as normas estabelecidas. Este vinho é produzido exclusivamente com castas recomendadas e autorizadas para a região determinada. Assim sendo, tanto uma como outra denominação não está a determinar a qualidade do vinho.
“Seleção Especial”, “Colheita Selecionada”, “Garrafeira” ou “Reserva” presentes no no rótulo é a justa identificação dos melhores vinhos.
Mito 5 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Nem de perto, nem de longe. Estas designações que cobrem um sem número de rótulos de garrafas de vinho são pura estratégia de marketing e não são um indicador da qualidade superior do vinho em questão.
As palavras “Reserva” e “Garrafeira” têm outro significado: são normas legais que identificam este vinho como um que concluiu o seu estágio mínimo em barricas e em garrafa, o que não significa, por si só, um vinho melhor.
“O vinho tinto harmoniza com carne, enquanto o vinho branco harmoniza com peixe.”
Mito 6 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Este mito anda na boca de muita gente, mas uma mentira dita muitas vezes não deixa de ser uma mentira. Dependerá sempre do vinho e do prato. É possível um vinho branco harmonizar bem com carne e um vinho tinto harmonizar com peixe.
“O vinho verde é produzido com uvas verdes e o maduro com uvas maduras.”
Mito 7 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Preferes vinho verde ou vinho maduro? Esta questão é frequentemente colocada, mas revela desconhecimento. Quase que sugere se queres um vinho com uvas maduras ou com uvas verdes? Está errado esse pensamento.
Todos os vinhos são feitos com uvas maduras. Quando falamos em Vinho Verde, estamos a referirmo-nos a uma indicação da região (tal como Douro ou Alentejo, por exemplo). O vinho verde é um vinho proveniente do Minho.
“Os melhores vinhos são os mais caros.”
Mito 8 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Tal até podia fazer sentido, mas não é verdade. Aliás, todos os anos é comprovado que isso é falso, pois não faltam concursos internacionais com provas cegas em que estão em competição vinhos de preços elevados e vinhos que são comercializados a preços acessíveis.
Muitas vezes, são destacados como os melhores vinhos menos caros. O preço de um vinho tem em conta diversas variáveis, nomeadamente a reputação elevada do produtor. Existem bons vinhos que foram medalhados e apresentam preços acessíveis.
“Os vinhos mais antigos, as reservas, são os melhores vinhos.”
Mito 9 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
Nem todos os vinhos conseguem envelhecer com qualidade, não ficando com o sabor desejável. Aliás, tendo em conta todos os vinhos que são produzidos, são raros os que envelhecem com qualidade. O mais comum é encontrar vinhos com uma longevidade reduzida, até aos 5 anos.
Leia também: Conheça as principais diferenças entre Vinho Tinto e branco
Nos vinhos brancos, o prazo ainda é inferior, havendo uma longevidade até 2 anos. No que diz respeito, ao vinho rosé a longevidade não costuma ser superior a 1 ano.
“O vinho branco é exclusivamente produzido com recurso a uvas brancas.”
Mito 10 – Será verdadeiro ou falso?
Falso.
É mais comum ser o vinho branco a ser produzido com uvas brancas, mas é possível recorrer também a uvas pretas. Pode parecer mentira, mas é verdade. Se a pele não entrar em contacto com o mosto, será produzido um vinho branco ou de um tom muito claro. A polpa da uva é incolor. Logo, é a pele que dá cor ao vinho.
O conhecimento é ótimo de se obter, mas é sempre melhor se tivermos um copo de vinho na mão para desfrutar. Seja responsável, beba com moderação.
Parabéns!
Esclarecimentos sobre verdadeiro e falso sobre os vinhos.
Conhecimento é bem viver.
Obrigada.
Abraços e sucesso!