Não devemos desprezar os ensinamentos dos bons provérbios. Conheça ou relembre 10 Grandes Provérbios da Língua Portuguesa, do conhecimento e das palavras.
Um provérbio é “um saber de experiência feito” (Luís Vaz de Camões). Muitas vezes, torna-se numa lição de vida. Um provérbio permite maior eficácia na transmissão da mensagem, sem se perder tempo com floreados no discurso, sem recorrer a argumentos mais ou menos sofisticados. Expressa em poucas palavras tudo aquilo que se pretende dizer.
A criatividade na construção de provérbios é grande. Existem provérbios sobre tudo um pouco. Hoje, decidimos reunir um conjunto de provérbios sobre as palavras, a Língua e o conhecimento. Fique a conhecer grandes provérbios inspirados em palavras, conhecimento e na nossa língua portuguesa.
“Palavra de rei é escritura.”
Qualquer pessoa é um rei, ou seja, deve encarar-se como rei de si mesma. O seu corpo e os seus valores são o seu reino.
Por isso, ao comprometer-se com algo é o mesmo que assinar um contrato. Para uma pessoa de bem, com bons valores, a palavra é suficiente para desenvolver uma relação de confiança.
“A espada vence e a palavra convence.”
A espada fere e mata. Podemos vencer um bom oponente derramando sangue. Contudo, se o nosso rival é bom, não será melhor enquadrá-lo na nossa perspetiva e convencê-lo a combater do nosso lado?
Só com a palavra se consegue essa mudança. Tentar fazê-lo com a espada é contraproducente, pois o rival não passa a amigo e, na primeira oportunidade, “matar-nos-á”.
“Com frequência, uma palavra que te escapa é uma espada que te ameaça.”
Qualquer palavra não ponderada pode trazer consequências. Mesmo uma palavra ponderada pode ser mal interpretada e, por ser incompreendida, levar a desfechos negativos.
Uma palavra proferida não pode nunca ser retirada e nem sempre somos responsáveis pela sucessão de resultados que uma palavra (ou um conjunto delas) pode desencadear.
“O saber não ocupa lugar.”
A acumulação de conhecimento é saudável. Podemos estudar as mais diferentes áreas que não passamos a andar curvados pelo peso do nosso saber.
Não ocupa lugar, pois ele só pesa nas nossas ações e pensamentos.
“Para bom entendedor, meia palavra basta.”
Um bom entendedor compreende mesmo quando o discurso não é bem proferido ou é curto. Ele consegue antecipar a conclusão, quando conhece parte dos argumentos.
“A palavras loucas orelhas moucas.”
Quando a ignorância de um discurso revela falta de lógica, não vale a pena dar-lhe atenção. É melhor seguir o rumo da nossa vida, ignorando o que foi proferido.
“A palavra que reténs entre os lábios, é tua escrava; a que soltas irrefletidamente é teu senhor”
As palavras que são pensadas e permanecem em nós e nos nossos pensamentos são nossas. Podemos ainda analisá-las e perceber se essas ideias são realmente verdadeiras.
Testá-las e colocar em questão o nosso saber. Todo esse conteúdo é exclusivamente nosso e com ele fazemos o que quisermos.
Contudo, no momento em que as largamos para o mundo, sujeitamos todos às consequências dessa fuga.
Ficamos responsabilizados pelas consequências que possam surgir, podendo até essas palavras e essas ideias serem mal interpretadas e acolhidas como agressões.
“A palavra que escapa é uma espada que ameaça.”
Quando somos precipitados no que dizemos, corremos riscos.
Só depois de o dizermos é que percebemos que o conteúdo da mensagem pode não ser o que verdadeiramente pretendemos passar, ou pode até ser mal interpretado por alguém que não possua os mesmos conhecimentos sobre algo ou alguém.
Assim que dizemos algo ficamos comprometidos e esse conteúdo pode ser virado contra nós.
“Quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.”
A nossa memória é extremamente frágil e suscetível de ser influenciada nos mais diversos contextos. Por isso, quando contamos algo que nos contaram (ou mesmo que vimos), não conseguimos reproduzir fielmente o ocorrido e colocamos um pouco de informação no sucedido, nem sempre de forma intencionada.
Tal pode ser facilmente comprovado numa brincadeira que se faz na escola, onde se colocam 20 alunos em fila e o primeiro recebe uma mensagem e fica responsável por passá-la ao colega do lado.
Este partilha-a com o seguinte e assim sucessivamente até que, no final, o último fica responsável por partilhar esse conto com toda a gente e todos reparam que houve uma grande mudança entre a primeira história e a final.
“A palavra é de prata e o silêncio é de ouro.”
Muitos são os que julgam ter o dom da oratória e que usam a retórica para conseguir os seus objetivos.
Contudo, tudo o que dizem torna-se em algo com o qual ficam comprometidos. Por vezes, o silêncio revela-se bem mais valioso que 1000 palavras.
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O Ditado referente ao rei, mais conhecido, é: Palavra de rei não volta atrás.
São intressantes
Matéria super interessante!
Muito interessante. Venham mais.
Não quero mesmo que seja.
Ola gente