As vistas são fantásticas. Uma paisagem deslumbrante que se estende até ao mar. Conheça a história de um monumento português mais antigo que Portugal.
Ao longo da nossa história, de quase 900 anos, muitos foram os feitos portugueses. Nestes séculos, muitas personalidades se destacaram. As conquistas de batalhas que levaram ao desenvolvimento de Portugal são recordadas com particular apreço. Muitas das nossas vitórias fizeram com que o nosso património fosse alargado.
O nosso país “herdou” várias construções feitas por outros povos. Algumas delas primam pela sua beleza e singularidade. Este é o caso do Castelo dos Mouros, uma construção que nos revela parte da história do nosso país e que nos dá informação sobre o que aconteceu antes da formação do nosso reino.
Fique a conhecer um pouco da história e dos muitos encantos de um castelo fantástico…
Castelo dos Mouros: Um monumento português mais antigo que Portugal
Localização
O Castelo dos Mouros encontra-se presente num cenário maravilhoso, num espaço serpenteando por dois cumes da Serra de Sintra. A localização privilegiada desta construção imponente permitiu que tivesse um importante papel de defesa da vila.
Neste castelo é possível admirar vistas fantásticas. Uma paisagem deslumbrante que se estende desde Sintra até ao mar.
História
O momento da sua construção é bastante antigo, embora as origens não estejam ainda completamente esclarecidas.
Existem diferentes teorias aventadas por investigadores. Boa parte dos historiadores defende que o castelo foi erguido no século VIII ou IX, situando-o nos primórdios da ocupação peninsular realizada pelos mouros.
Desta forma, a maioria dos investigadores atribui a fundação desta fortaleza ao período muçulmano. No entanto, outros defendem que a origem do castelo pode remontar ao século VII.
Segundo esta perspetiva, a sua origem remontará ao período de domínio dos visigodos. O aparelho usado na edificação das muralhas é o principal facto que sustenta esta teoria.
Características
Este castelo foi edificado estrategicamente. Ele impõe-se no cenário. Apresenta-se pleno de nobreza e excelência. A fortaleza foi erguida num dos picos mais altos da serra, criada sobre um afloramento de grandes penedos graníticos, permitindo que a norte funcione como uma defesa natural intransponível!
Estruturalmente, esta fortaleza apresenta dupla cintura de muralhas (atualmente, a cintura de muralhas exterior encontra-se parcialmente destruída). Esta fortificação tem uma planta irregular, encontrando-se num espaço que cobre cerca de 12.000 m2.
No seu interior podemos observar ruínas do que foram, em tempos, estruturas que serviam para armazenamento de géneros cerealíferos, estábulos. Destaca-se ainda a presença de uma cisterna de planta retangular, com grandes proporções (18 metros de comprimento por 6 de largura).
A famosa Porta da Traição encontra-se no extremo norte. Ela rasga-se por entre silvas e outra vegetação, surgindo dissimulada no pano de muralha. Deixou de ter serventia durante alguns séculos. Por isso, as árvores e os arbustos presentes no local apoderaram-se dos panos de muralha. Em determinados casos, houve até a derrocada de parte dela.
Foram os pastores e gado que “passaram a ser os vigilantes” do espaço. Eles é que ficavam atentos à ruína em que a antiga fortaleza se encontrava. No entanto, no século XIX, a sorte do “Castelo dos Mouros” seria alterada, tal como a sua estética romântica.
O rei D. Fernando II era conhecido pelo seu espírito sensível. O monarca teve um papel bastante importante na recuperação da construção. O rei, esclarecido e iluminado, decidiu atuar.
Neste período, os recantos arquitetónicos em ruínas, que se encontravam já cobertos pela vegetação autóctone, eram muito apreciados. No entanto, o rei D. Fernando II era uma pessoa determinada. Por isso fez o que podia para não deixar desaparecer a fortaleza (ou o pouco que ainda existia dela…).
Desta forma, o monarca mandou avançar o Barão von Eschewege com o seu restauro. Em meados do século XIX, o Barão von Eschewege responsabiliza-se pela restauração e consolidação dos velhos panos de muralha e das respetivas torres.
Foi assim que a luxuosa paisagem sintrense pôde contar com mais um elemento icónico: a silhueta do “Castelo dos Mouros” voltou a embelezar o espaço.
O monarca, frequentemente apelidado de rei artista, mandou arborizar toda a área, no interior das muralhas e na sua envolvente exterior. Por isso, atualmente, esse cenário ainda maravilha quem visita o castelo.
A paisagem, de cortar a respiração, ainda nos deleita, mesmo que se tenham passado mais de cento e cinquenta anos desde esse momento. A beleza é encantadora. Parece digna de um quadro de museu.
É possível observar a paleta de cores bastante diversificada, oferecida pelas folhas das caducifólias, destacando-se pelos diferentes tons, os verdes, os amarelos, os castanhos e os laranjas…
Pode conferir o mapa do Castelo dos Mouros, aqui.
A lenda
O rei D. Afonso Henriques impôs um cerco a Lisboa, após a conquista de Santarém. Esta operação estendeu-se no tempo e durou três meses. Embora se defenda que o Castelo de Sintra tenha sido voluntariamente entregue, após a queda de Lisboa.
Segunda a lenda, nessa ocasião, o soberano receava que houvesse um ataque surpresa às suas forças, por parte dos mouros de Sintra. Por isso, incumbiu um cavaleiro templário de uma tarefa importante. Esse homem era D. Gil.
Ele ficou responsável por formar um grupo com vinte homens da mais estrita confiança. A sua missão secreta era observar o movimento inimigo, prevenindo-se, simultaneamente. Houve um deslocamento dos mouros de Lisboa, via Cascais. Um percurso feito pelo rio Tejo até Sintra.
Para evitarem serem avistados, os cruzados colocaram-se a caminho de noite, sigilosamente. Durante o dia, eles ocultavam-se. O percurso foi feito pela estrada de Torres Vedras até Santa Cruz, indo pela costa até Colares.
O caminho foi pensado de forma a evitar Albernoz. Tratava-se de um chefe mouro de Colares, um homem muito temido que tinha a fama de ser um matador de cristãos.
Segundo a lenda, Nossa Senhora apareceu aos receosos cavaleiros cristãos, quando estes se encontravam entre Colares e o Penedo. Nossa Senhora disse-lhes: “Não tenhais medo porque ides vinte, mas mil ides”.
Desta forma, os cavaleiros cristãos ficaram cheios de coragem, porque sentiam que Nossa Senhora estava com eles. Por isso, no final de cinco dias de percurso, não hesitaram em confrontar o inimigo.
Os 20 cavaleiros cristãos derrotaram os mouros e conquistaram o Castelo. Ora, a Capela de Nossa Senhora de Milides (“mil ides”), presente em Colares, foi erguida em homenagem a este feito.
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Informação Útil
Posto de Turismo de Sintra
Morada: Praça da República, n.º23, 2710-616 Sintra
Localização GPS: 38°47’47.1″N 9°23’28.9″W
Contactos: Tel: 21 923 11 57 / E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: 9h30 – 18h00
Castelo dos Mouros
Morada: Estrada da Pena, 2710-609 Sintra
Localização GPS: 38°47’33.2″N 9°23’21.5″W
Contactos: 21 923 73 00 / 21 923 73 00 / [email protected] / [email protected]
Horários do Castelo dos Mouros
- Abertura e Fecho: 09h30 e 18h30.
- Último Bilhete e Última Entrada: 18h00.
- Encerramento da Bilheteira: entre as 12h00 e as 13h00.
- Ponto de Venda Automática de Bilhetes Disponível.
Preçário do Castelo dos Mouros
- Bilhete adulto (de 18 a 64 anos) tem o custo de: 8 €
- Bilhete jovem (de 6 a 17 anos) tem o custo de: 6,5 €
- Bilhete sénior (maiores de 65 anos) tem o custo de: 6,5 €
- Bilhete família (2 adultos + 2 jovens) tem o custo de: 26 €
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