Descubra os diversos encantos do Palácio Fronteira, uma atração imperdível! Ele é, provavelmente, o palácio mais bonito de Lisboa.
O nosso país tem um conjunto fantástico de atrações. Muitos deles concentram-se na capital portuguesa. Há nesta cidade diversas construções que ajudam a contar parte da história de Portugal.
Entre as atrações mais encantadoras do nosso país estão os palácios e os castelos, construções que remetem para o mundo encantado dos contos infantis. Há um palácio nesta cidade que merece os mais rasgados elogios. Trata-se do Palácio Fronteira. Descubra os diversos encantos do Palácio Fronteira, uma atração lisboeta imperdível!
Palácio dos Marqueses de Fronteira: Provavelmente, o palácio mais bonito de Lisboa
Localização
O Palácio Fronteira encontra-se presente na capital portuguesa, sendo uma das construções mais encantadoras de Lisboa. Este Palácio encontra-se numa antiga Quinta de Recreio.
Sendo reconhecido como um dos mais belos monumentos lisboetas do século XVII, o Palácio Fronteira preserva-se numa forma muito próxima do seu desenho original. A riqueza desta propriedade é singular. Por isso, é sensato deixar de lado um pouco da agitação do centro de Lisboa e fazer a visita a este espaço único. Neste local, a História cruza-se com as vivências da contemporaneidade.
Monumento nacional
Este espaço recebeu a classificação de Monumento Nacional. Esta classificação engloba o palácio, jardins, horta e mata dos Marqueses de Fronteira.
Espaço incomum
Apesar do Palácio Fronteira se se tratar de um Monumento Nacional e atualmente funcionar ainda como museu, este espaço continua a ser habitado. Os descendentes de D. João de Mascarenhas habitam o palácio.
Este homem foi o 1º Marquês de Fronteira e a pessoa que levou à existência deste monumento. D. João de Mascarenhas mandou edificar o corpo principal da casa. Ora, essa construção revela-se um dos encantos da propriedade. Esse espaço que humaniza e torna tão especial a atmosfera que se vive por aqui.
Os azulejos
O Palácio Fronteira contém a maior coleção de azulejos da sua época. Esta coleção mantém-se conservada no local onde os azulejos ficaram destinados.
Percursos e passeios
Quem visita este monumento tem à disposição dois percursos.
Existe o percurso do passeio nos jardins, feito ao seu ritmo, que pode ser realizado com o apoio de áudio e vídeo-guias. Existe ainda a visita guiada ao interior.
De destacar ainda que se realizam dois passeios temáticos que são dedicados aos azulejos e às figuras literárias que habitaram o palácio, o que acontece duas vezes por mês. É necessário acompanhar as informações divulgadas nas redes sociais e na imprensa para se conhecerem as datas destes passeios.
Riqueza local
Durante as visitas guiadas ao interior do Palácio Fronteira, as pessoas que visitam este local têm acesso às salas de aparato do palácio: Batalhas, Painéis, Quatro Estações e Juno, à Biblioteca, ao Terraço das Artes e à Capela.
Jardins ou horta
Jardim Formal
Neste espaço, destaca-se o Jardim Formal, que se encontra limitado a poente, norte e nascente, por três muretes com azulejos. A sul, encontra-se limitado pelo conjunto formado pelo Tanque dos Cavaleiros e Galeria dos Reis.
O Jardim de Vénus
Este jardim encontra-se num plano superior ao do Jardim Formal. Por isso, também é chamado de Jardim de Cima. Este jardim é rematado pelo conjunto constituído pelo Tanque dos Ss e Casa do Fresco (ou Casa da Água).
Atualmente, trata-se de um jardim com árvores exóticas e canteiros de buxo. O jardim que se conhece hoje diverge muito do que teria sido na sua origem.
O Ninfeu
O Ninfeu ou Tanque dos Pretos encontra-se presente num plano superior ao do Jardim de Vénus, apresentando sensivelmente o mesmo plano do Terraço. Este espaço consiste num tanque, que se encontra dividido em duas partes, uma dessas partes é uma piscina que está circundada por um espaço que permite contorná-la.
A Sul e a Oeste, este espaço está limitado por um muro que tem cerca de 3m de altura. Trata-se de um espaço com nichos, nos quais se podem encontrar 10 esculturas em chumbo. Estas esculturas representam divindades menores.
A biblioteca
O Palácio Fronteira apresenta ainda uma biblioteca que tem cerca de três mil volumes. Estas obras foram reunidas entre os séculos XVI e XIX. A reunião foi realizada por vários membros das famílias Mascarenhas, Almeida Portugal e Távora.
O acervo bibliográfico revela-se bastante rico. Há um pouco de tudo, desde a Bíblia à hagiografia, havendo obras da caça à culinária, volumes que vão da diplomacia aos assuntos bélicos, livros que vão da história à filosofia, da botânica à agronomia.
Por isso, este é um notável exemplo de uma biblioteca privada que pertence a uma casa nobre portuguesa. Há ainda o interesse acrescido de existirem na biblioteca obras que pertenceram a personalidades tão marcantes, nomeadamente a Marquesa de Alorna e a D. José Trazimundo Mascarenhas Barreto.
A biblioteca encontra-se aberta a todos os leitores que demonstrem interesse no fundo do Palácio Fronteira. Contudo, o acesso só é realizado mediante marcação prévia, feita junto dos serviços administrativos da Fundação das Casas de Fronteira e Alorna.
Por isso, encontra-se condicionado ao respetivo horário de funcionamento, às normas e às atividades a decorrer no Palácio. O pedido de consulta poderá ser indeferido, devido ao estado de conservação das obras solicitadas.
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História
Terá sido por volta de 1670 que Dom João Mascarenhas (2º Conde da Torre de juro e herdade e 1º Marquês de Fronteira) e Dona Madalena de Castro, sua mulher, mandaram edificar o núcleo central do Palácio Fronteira e o “Terraço das Artes Liberais” que conduz à Capela.
O casal também mandou colocar os azulejos que se podem observar no exterior da casa.
Também foi por iniciativa destas pessoas que se edificaram todos os elementos arquitetónicos que se encontram nos Jardins, nomeadamente o “Tanque dos Cavaleiros” e a “Galeria dos Reis” com as escadarias e os torreões que a enquadram.
Da mesma época, há ainda a destacar o “Jardim Formal” (que apresenta cinco fontes) e a “Fonte de Vénus” do Jardim de cima (ou Jardim “de Vénus”), incluindo o “Tanque dos Ss” e muretes circundantes, a “Casa do Fresco”, o “Ninfeu” e todos os embrechados, designadamente das três grutas da parede principal do “Tanque dos Cavaleiros”, da “Casa da Água ou do Fresco” e do Nártex da Capela.
Inicialmente, o conjunto destinava-se a servir como residência de verão, algo que facilmente se comprova pela documentação e pela sua arquitetura.
A data do início da sua construção não é inteiramente conhecida. Sabe-se apenas que, em 1668, o complexo se encontrava já em fase adiantada de edificação, no momento da visita de Cosme III de Médicis a Portugal.
Em 1673, num contexto em que a 1ª Marquesa de Fronteira faleceu, foi realizado um tombo que regista já todos os elementos acima mencionados.
Após as destruições originadas pelo terramoto de 1755 que assolou Lisboa e arredores, o Palácio Fronteira foi ampliado. Este espaço passou, então, a ser usado como residência principal da família Mascarenhas.
Atualmente, este local ainda é habitado pelos descendentes de Dom João de Mascarenhas.
Informação útil:
Morada: Largo São Domingos de Benfica 01, 1500-554 Lisboa
Contactos: 217 782 023 / [email protected]
Redes sociais, aqui.
Mais informações, aqui.
Horários de visita (Palácio e jardins)
Preçário
Valor de entrada: 14 euros.
Todas as visitas realizadas ao interior do Palácio são guiadas.
De segunda a sexta-feira
- 10h00, 11h30, 14h30 – Inglês
- 10h30, 12h00, 15h00 – Francês
- 11h00 e 15h30 – Português/ Espanhol
Sábados e último domingo de cada mês
- 10h00, 11h30 – Inglês
- 10h30, 12h00 – Francês
- 11h00 – Português
Visitas de Grupo
Para a realização de visitas de grupo, deve ser agendada a visita através do seguinte contacto: 217 782 023.
- Valor mínimo (10 pessoas): 140€ / Acima de 10 pessoas valor é: 14€/pessoa
Horários de jardins
De segunda a sexta-feira: das 09h30 às 17h00 (última entrada às 16h30)
Aos sábados e último domingo de cada mês: das 09h30 às 14h00 (última entrada às 13h30)
- Valor de entrada: 6€ / Audio-guia de jardim: 3€
Os seus temas que os tenho seguido quase sempre são de uma cultura muito boa. É de realçar que tendo sido eu professora durante toda a minha carreira, nunca ma apercebi que com tantos historiadores que tivemos ao longo da nossa vida, não se propusessem ou não pudessem ter tido está sua aventura de dar a conhecer as gerações o que realmente foi e é Portugal. Pena é que estes seus artigos não cheguem a um outro núcleo de cidadãos portugueses que não tem possibilidade de saber da nossa querida e fabulosa História. Muitos parabéns e muitas felicidades. Enquanto eu puder aqui estéreo deliciada a ler e relembrar o que agora parece estar “ escondido” desta nova geração. Emília Borges de Castro