O trava-línguas é um desafio que é lançado; um jogo verbal. Frequentemente, este jogo verbal consiste no lançamento de um desafio difícil de superar.
Normalmente, o trava-línguas é uma frase complicada (com pouca pontuação ou nenhuma) que deve ser dita em voz alta, com velocidade e clareza.
Os trava-línguas representam uma atividade interessante que pode revelar-se preciosa para os mais diversos fins. Seja com crianças ou com adultos, os trava-línguas permitem ajudar a destravar a língua, contribuindo para uma melhor capacidade de comunicação.
Estes jogos verbais podem visar divertir ou contribuir para debelar algum problema na fala. Quer saber mais sobre esta atividade?
Português: 120 trava-línguas fáceis e super difíceis
O desafio dos trava-línguas
Os trava-línguas representam um desafio a superar, podendo servir para se divertir ou para melhorar a dicção.
Ora, como contém fonemas muito similares e uma grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, o trava-línguas representa um desafio muito difícil de superar. As frases são muitas vezes engraçadas e inesperadas. Elas podem ser curtas ou longas, musicadas ou com rimas, podendo ser apresentadas em versos ou não. Algumas destinam-se a crianças e outras a adultos.
O erro no trava-línguas
O erro surge facilmente quando o desafio é difícil. Ainda mais depressa surge quando há a necessidade de repetir o desafio em alta velocidade. O erro ou o travar, a troca sílabas, o gaguejar, são formas visíveis de derrota, a constatação de que o desafio não foi superado. Poderá dar sequência a uma série de gargalhadas e a momentos muito divertidos. Muitas vezes, acaba-se a atividade com um nó na língua ou no cérebro…
Repetição no trava-línguas
Por vezes, é proposta a repetição da frase. O trava-línguas fica um desafio ainda mais difícil, quando tem de ser repetido. A repetição representa um aumento da dificuldade em gerir todas as palavras com sons muito similares. Assim, facilmente, uma pessoa se deixa cair no erro, seja por cansaço ou por precipitação.
Dificuldades do trava-línguas (ritmo, velocidade, palavras escolhidas)
Existem diferentes níveis de dificuldade, sendo que todos ficam mais difíceis de superar quando há a instrução para o repetir três vezes. É um desafio pronunciar a sequência de palavras semelhantes em velocidade, sem cometer erros.
Há frases mais curtas e outras mais longas, mas não é o tamanho que torna o desafio mais difícil, mas sim a escolha das palavras e a sua localização na frase. Por exemplo, “três tristes tigres” é um trava-línguas muito conhecido. Mesmo sendo curto, é difícil de superar, nomeadamente quando se deve repetir 3 vezes, dizendo “três tristes tigres” em ritmo acelerado.
História do trava-línguas
Os trava-línguas cedo representaram uma forma de se treinar a pronúncia, sendo particularmente valiosos para estudantes de línguas estrangeiras, pois representa um desafio enorme dominar cada palavra que é dita.
Não é fácil ser capaz de enunciar as palavras velozmente e sem hesitação. Foram usados ao longo dos tempos como parte de brincadeiras e funcionaram como métodos educativos com crianças.
Tendo surgido numa época em que a linguagem oral era muito mais valorizada e valiosa do que a escrita, o trava-línguas foi uma ferramenta para os cidadãos treinarem a sua arte de comunicar, podendo assim falar publicamente com outra capacidade, com uma melhor dicção.
As apresentações em público eram um desafio de grande responsabilidade. Os trava-línguas funcionavam como um método eficaz para alfabetizar crianças e para especializar adultos na arte da oratória. Os trava-línguas representam um desafio importante que enriqueceu a linguagem popular e informal.
Eles podem ser encontrados na língua portuguesa, em versos, poemas, prosas ou simples frases. A origem do nome é fácil de perceber, pois a dificuldade do desafio é de tal ordem que, frequentemente, origina a travagem da língua, daí trava-línguas.
Os trava-línguas no ensino de crianças e jovens
Os trava-línguas são uma atividade muito divertida de se fazer com crianças, representando um papel importante na sua formação. Como elas gostam de ser competitivas, até podem realizar uma atividade com pontuação, dando pontos a quem conseguir pronunciar um trava-línguas sem erros.
Opte por reunir alguns dos que aqui estão presentes e que são de nível básico. Coloque todos os trava-línguas num saco e escolha, aleatoriamente, os desafios para cada criança. Faça as voltas que quiser e encontre um vencedor.
Os trava-línguas até podem servir como atividade nos eventos familiares, em dias especiais como o Natal. Estes desafios contribuem para desenvolver a fala e a pronúncia de uma forma bastante divertida.
Obras infantis
Existem diversos livros infantis que exploram esta dimensão, levando as crianças a divertirem-se com estes desafios. Esses trava-línguas são apresentados com imagens atrativas, pensados especificamente para as crianças que estão a aprender a falar ou a ler.
Faça o desafio em velocidade crescente; primeiro devagar até uma velocidade acelerada. Esta atividade diverte as crianças, enquanto as ajuda a melhorarem a sua dicção.
Os trava-línguas vs. parlendas
Os trava-línguas representam um desafio exigente e difícil que, pela musicalidade e pelo ritmo, se revela semelhante às parlendas de que as crianças gostam muito.
Uma parlenda ou parlanda consiste em proferir um palavreado oco ou sento (conversa fútil sem importância). Uma parlenda é uma sequência discursiva composta por palavras ritmadas e/ou repetidas, que conferem um caráter musical, sendo a parlenda enunciada para facilitar a memorização de um determinado assunto, como divertimento infantil.
Exemplo de uma parlenda é: “Uma pulga na balança / deu um pulo e foi à França, / Os cavalos a correr, / Os meninos a brincar, / Vamos ver quem vai pegar”.
É uma lengalenga. Um texto cuja transmissão é realizada de geração em geração, sendo constituída por termos que geralmente rimam e têm muitas repetições. Também é usado o termo lengalenga para descrever uma narrativa monótona e fastidiosa.
Trava-línguas como passatempo entre amigos
Pronunciar um trava-línguas com clareza e velocidade revela-se um ótimo passatempo para ser realizado entre amigos, dos mais jovens aos mais velhos. É uma atividade divertida que contribui para fortalecer laços de amizade, enquanto se desenvolvem diversas capacidades.
Estas atividades podem ser realizadas em casa, na escola ou noutros espaços. É diversão garantida. Pode colocar-se uma série de desafios trava-línguas numa caixa e sortear um trava-línguas para cada um, podendo ser feito um sistema de pontuação para os que apresentarem sucesso, ou de eliminação para quem não conseguir apresentar sucesso. Depois, até se podem trocar os cartões entre si, de forma a enfrentarem os mesmos desafios.
Nota: Para tornar a brincadeira ainda mais desafiante até se pode lançar o desafio de se criar os próprios trava-línguas! Basta um pedaço de papel, uma caneta e a imaginação para se ter horas de diversão.
Para eleger o vencedor, tenha como critério o tamanho do trava-línguas, o vocabulário escolhido e se a frase do trava-línguas faz ou não sentido.
Trava-línguas como método para melhorar performances profissionais
Os trava-línguas ajudam muitas pessoas a serem melhores nas suas profissões. Por exemplo, muitos atores recorrem a estes desafios como “aquecimento” para prepararem a sua performance. O mesmo acontece com cantores e pessoas que realizam palestras ou têm como tarefa falar em público.
Os trava-línguas como um tipo de terapia
Os trava-línguas são usados na terapia da fala, ajudando as crianças (e os adultos) a superarem alguns problemas de comunicação. Eles podem contribuir para que resolva um determinado problema de pronúncia.
É comum usar os trava-línguas como exercícios práticos que contribuem para que haja uma melhoria na dicção e na articulação dos sons. Os trava-línguas ajudaram e ajudam muitas pessoas a conseguirem assegurar uma melhor performance. Muitos terapeutas da fala recorrem a este método para ajudarem a melhorar a dicção de crianças e adultos.
A ciência dos trava-línguas
Um grupo de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (conhecido popularmente como MIT) propôs-se a encontrar o trava-línguas mais difícil do mundo, alguma vez criado, chegando à conclusão que seria: Pad kid poured curd pulled cod.
Ao realizarem a sua investigação, os investigadores constataram que analisar essas frases permite obter informação preciosa sobre como o nosso cérebro assimila as palavras.
De acordo com os cientistas, essa assimilação ocorre de maneira diferente, se a frase lida for bem construída ou se a frase tiver palavras sem sentido.
Assim, os trava-línguas representam uma forma de aperfeiçoamento da pronúncia, mas também uma melhoria da capacidade de raciocínio, algo que contribui para que eles se tenham tornado tão populares.
Os benefícios dos trava-línguas
– Os trava-línguas aperfeiçoam a pronúncia.
– Os trava-línguas ajudam a dominar a articulação das palavras.
– Os trava-línguas ajudam a desenvolver a fala e a pronúncia.
– Os trava-línguas ajudam no desenvolvimento dos músculos envolvidos na fala.
– Os trava-línguas favorecem a pronúncia mais clara das palavras, especialmente das sílabas mais difíceis.
– Os trava-línguas contribuem para o aumento do vocabulário.
– Os trava-línguas ajudam a melhorar a dicção.
– Os trava-línguas ajudam a melhorar a autoconfiança.
– Os trava-línguas são divertidos.
– Os trava-línguas estimulam a imaginação.
– Os trava-línguas estimulam a capacidade de memorização.
– Os trava-línguas dão o poder de memorizar orações complexas, por vezes, carentes de significado.
– Os trava-línguas estimulam o uso da linguagem.
– Os trava-línguas estimulam a compreensão das palavras.
– Os trava-línguas estimulam o uso de combinações pouco convencionais.
– Os trava-línguas contribuem para melhorar a leitura em voz alta.
– Os trava-línguas permitem exercitar a leitura, contribuindo para que haja maior fluidez.
– Os trava-línguas permitem exercitar a leitura em voz alta.
– Os trava-línguas contribuem para que haja maior confiança e à vontade na leitura em público.
– Os trava-línguas contribuem para o bem-estar e são divertidos.
– Os trava-línguas provocam o riso e gargalhadas com facilidade.
– Os trava-línguas melhoram as amizades.
– Os trava-línguas fomentam o espírito de grupo.
Os melhores trava-línguas da língua portuguesa!
Confira, agora, alguns dos melhores trava-línguas e teste a sua rapidez!
Trava-línguas: Nível muito básico
01 – O rato roeu a roupa do rei de Roma.
02 – Casa suja, teto sujo, chão sujo.
03 – O rato roeu o rabo da raposa.
04 – A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.
05 – Três pratos de trigo para três tigres tristes.
06 – Traga tinta em trinta taças.
07 – Pedro pregou um prego na porta preta.
08 – Um limão, dois limões, meio limão.
09 – Chega de cheiro de cera suja.
10 – O Papa papa o papo do pato.
11 – A faca afiada ficava no fundo do fogão.
12 – O Juca ajuda: encaixa a caixa, agacha, engraxa.
13 – Catarina canta uma canção com Carina.
14 – Com fé, vou a pé à Sé.
15 – A batina do padre Pedro é preta;
16 – Larga a tia, lagartixa. Lagartixa, larga a tia.
17 – O bode bravo berra e baba na barba.
18 – Rosa vai dizer à Rita que o rato roeu a roupa da rainha.
19 – Se cá nevasse fazia-se cá ski.
20 – Atrás da porta torta tem uma porca morta.
Trava-línguas: Nível básico
21 – Um limão de Milão, mil limões de Milão, um milhão de limões de milão.
22 – A aranha arranha a rã / Arranha a rã a aranha / Ralha a rã à aranha: / – Não me arranhes a orelha!
23 – O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
24 – Pedro pregou um prego na porta preta.
25 – Alcoólicos acólitos católicos.
26 – Pinga a pia apara o prato, pia o pinto e mia o gato.
27 – Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastro.
28 – O rato roeu a roupa do Rei de Roma e a rainha com raiva resolveu remendar.
29 – Troco o trinco. Traz o troco. Troca o troco. Traz o trinco.
30 – Os naturistas são naturalmente naturais por natureza.
31 – A fiadeira fia a farda do filho do feitor Felício.
32 – Se o Faria batesse no Faria, o que faria o Faria ao Faria?
33 – Ao longe ululam cães lugubremente à Lua.
34 – O padre pouca capa tem, porque pouca capa compra.
35 – Tu me enganas / eu te entendo / mas tu não entendes / que eu entendo / que me estás a enganar.
36 – Um limão de Milão, mil limões de Milão, um milhão de limões de Milão.
37 – Paulina sem pau é Lina. / Paulina sem Lina é pau. / Tira-se o pau à Paulina. / Fica a Paulina sem pau.
38 – Bagre branco, branco bagre.
39 – O pai do Pedro prega um prego na parede do prédio.
40 – Se o Faria batesse no Faria, o que faria o Faria ao Faria?
Trava-línguas: Nível normal
41 – Sola sapato
rei rainha
foi ao mar
pescar sardinha
para o filho do juiz
que está preso pelo nariz
salta a pulga na balança
dá um pulo vai pra França
os cavalos a correr
as meninas a aprender
a mais bonita de todas
comigo se há-de esconder.
42 – A história é uma sucessão sucessiva dos sucessos que se sucedem sucessivamente.
43 – O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
44 – A Iara agarra e amarra a rara arara de Araraquara.
45 – Se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai.
46 – O pinto pia, a pia pinga.
Quanto mais o pinto pia,
mais a pia pinga.
A pia perto do pinto, o pinto
perto da pia, tanto mais a
pia pinga, mais o pinto pia.
A pia pinga, o pinto pia,
pinta a pia, pia o pinto, o
pinto perto da pia, a pia
perto do pinto.
Atrás da pia tem um prato,
um pinto e um gato. Pinta
a pia, apara o prato, pia o
pinto e mia o gato.
47 – Pardal pardo, por que palras? Palro sempre e palrarei, porque sou pardal pardo. O palrador d’el-rei.
48 – Em rápido rapto, um rápido rato raptou três ratos sem deixar rastro.
49 – Oh que eco que há aqui? Que eco é? É o eco que há aqui. O quê, há eco aqui?! Há eco há.
50 – Uma gata preta
prendeu a perna
na porta do prédio.
Veio a prima da praça
e viu a prima preta
com a perna presa.
Foi desprendê-la
e ficaram as duas presas
na porta do prédio.
51 – O gato fugiu pro mato e pegou carrapato no ato.
52 – Luísa lustrava o lustre listrado. O lustre lustrado luzia.
53 – A Graça disse à Graça uma graça e a Graça achou muita graça.
54 – Ó compadre, como passou a tarde de ontem à tarde?
— Deixe-me lá, meu compadre, que a tarde de ontem à tarde foi para mim tamanha tarde que há de ser tarde e bem tarde que eu venha cá outra tarde como a tarde de ontem à tarde.
55 – Estes nabos amarujam, eles amarujarão.
56 – O tenente valente felizmente recebeu um presente.
57 – Um senhor que tinha tinha. Pediu a outro que não tinha tinha. Que lhe tirasse a tinha. Dava-lhe tudo o que tinha.
58 – Conta quantos contos contastes quando contavas contos.
59 – Se o papa papasse papa, Se o papa papasse pão, Se o papa tudo papasse, Seria um papa-papão.
60 – Respeito pelo perfeito prefeito.
Trava-línguas: Nível difícil
61 – Por que é que o pisco empisca a pisca e a pisca não empisca o pisco?
62 – Tecelão tece o tecido, Em sete sedas de Sião, Tem sido a seda tecida, Na sorte do tecelão.
63 – O pinto pia, a pipa pinga. Pinga a pipa e o pinto pia. Quanto mais o pinto pia, mais a pipa pinga.
64 – Debaixo da cama tem uma jarra. Dentro da jarra tem uma aranha. Tanto a aranha arranha a jarra, como a jarra arranha a aranha.
65 – Pedreiro da catedral, está aqui o padre Pedro?
– Qual padre Pedro?
– O padre Pedro Pires Pisco Pascoal.
– Aqui na catedral tem três padres Pedros
Pires Piscos Pascoais, como em outras catedrais.
66 – Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
67 – O tempo no templo é um passatempo e não um contratempo.
68 – Sardinha seca sem sal se seca sozinha ao sol.
69 – Uma cabra carga trapos, outra cabra trapos carga.
70 – Esta burra torta trota. Trota, trota a burra torta. Trinca a murta, a murta brota. Brota a murta ao pé da porta.
71 – Fui a Belas ver velas, mas em Belas velas não vi; porque as velas que iam para Belas eram as velas que iam daqui.
72 – Caixa de graxa grossa de graça.
73 – Gato escondido
com rabo de fora
está mais escondido
que rabo escondido
com gato de fora.
74 – Dorme o gato, corre o rato e foge o pato.
75 – Três dragões graduados e trinta brincos trincados.
76 – Pedro Pedroca é prestativo e presta serviços na pedreira.
77 – Percebeste? Se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste. Percebeste?
78 – Eu cantarolarei
tu cantarolarás
ele cantarolará
nós cantarolaremos
vós cantarolareis
eles cantarolarão
79 – Esta casa está ladrilhada. Quem a desladrilhará? O desladrilhador que a desladrilhadar bom desladrilhador será.
80 – Mário Mora foi a Mora
Com intenções de vir embora.
Mas, como em Mora demora;
Diz um amigo de Mora:
— Está cá o Mora?
— Então agora o Mora mora em Mora?
— Mora, mora.
Trava-línguas: Nível muito difícil
81 – Padre Pedro pinta pregos, Padre Pedro prega pregos. … Ó menina deste casal, Diga-me se mora aqui O padre Pedro Pires Pisco Pascoal. – Não sei qual é esse Pedro Pires Pisco Pascoal Porque aqui nestes casais Há três padres Pedros Pires Piscos Pascoais.
82 – Se cada um vai a casa de cada um
é por que cada um quer que cada um lá vá.
Porque se cada um não fosse a casa de cada um
é porque cada um não queria que cada um fosse lá.
83 – Pilha de palha e telha velha. Palha na pilha e velha telha. Pilha de telha e palha velha.
84 – Se o banco tem três pés é uma tripeça, não tropeça nos pés a tripeça de três pés?
85 – Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta perfeitamente, portas, paredes e pias, por parco preço, patrão.
86 – A rua de paralelepípedo é toda paralelepipedada.
87 – O tambor rufará rápido:
três rufos e seis batidas,
para o remador desamarrar rente o remo
e remar contra a corrente.
88 – Num ninho de mafagafos, há sete mafagafinhos. Quando a mafagafa sai, ficam os mafagafos sozinhos.
89 – Eu fui a Viana
A cavalo numa cana,
Eu fui ao Porto
A cavalo num burro morto.
Eu fui a Braga
A cavalo numa cabra,
Eu fui ao Douro
A cavalo num touro
90 – O Francisco quer comer
Frango frito com framboesa.
– Francisco, comes só o frango frito!
– A framboesa é a sobremesa!
91 – Vale mais sê-lo que parecê-lo,
mas não parecê-lo e não sê-lo,
vale mais não parecê-lo.
92 – BOTA NOVA, BOTA VELHA
Bota nova,
bota velha,
bota branca,
bota preta,
tira a bota,
calça a bota,
para andar de motoreta.
93 – Uma trinca de trancas trancou Tancredo.
94 – O rato rói a serralha, o raio do rato roía. A Rita Rosa Ramalha do raio do rato se ria.
95 – Chica larica
de perna alçada
comeu uma galinha
na semana passada
se mais houvesse
mais comia
adeus senhor padre
até outro dia.
96 – O desinquivincavacador das caravelarias desinquivincavacaria as cavidades que deveriam ser desinquivincavacadas.
97 – Sabia que a mãe do sabiá não sabia que o sabiá sabia assobiar?
98 – Copo, copo, jericopo, jericopo, copo cá quem não disser três vezes (sem se enganar) copo, copo, jericopo, jericopo, copo cá, por este copo não beberá.
99 – Moço, meu moço, leva os bois ao lameiro, os sapatos ao sapateiro que tos sole e sobressole e que los torne a sobressolar que ele bom sobressolador será.
100 – Fui ao mar colher cordões, vim do mar cordões colhi.
Trava-línguas: Nível quase impossível
101 – O prato de tigres. Num prato de trigo tragam três tigres. Três tigres tragam num prato dum trago. Tragam o trigo aos três tigres que eles tragam o trigo no prato. Tragam o trigo aos três tigres que eles tragam o trigo no prato. Dum trago.
102 – A hidra, a dríade e o dragão, ladrões do dromedário do Druida, foram apedrejados.
103 – Tenho uma capa bilrada, chilrada, galrripatalhada; Mandei-a ao senhor bilrador, chilrador, galrripatalhador; Que ma bilrasse, chilrasse, galrripatalhasse; Que eu lhe pagaria bilraduras, chilraduras, galrripatalhaduras.
104 – Ó compadre, merca pouca cabra parda que quem pouca parda merca pouca cabra parda paga.
105 – O princípio principal do príncipe principiava principalmente no princípio principesco da princesa.
106 – O bispo de Constantinopla, é um bom desconstantinopolitanizador. Quem o desconstantinopolitanizar, um bom desconstantinopolitanizador será.
107 – Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores.
108 – Tenho uma capa bilrada, chilrada, galrripatalhada; Mandei-a ao senhor bilrador, chilrador, galrripatalhador, Que ma bilrasse, chilrasse, galrripatalhasse, Que eu lhe pagaria bilraduras, chilraduras, galrripatalhaduras.
109 – Disseram que na minha rua tem paralelepípedo feito de paralelogramos. Seis paralelogramos tem um paralelepípedo. Mil paralelepípedos tem uma paralelepipedovia. Uma paralelepipedovia tem mil paralelogramos. Então uma paralelepipedovia é uma paralelogramolandia?
110 – O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! O original não se desoriginaliza! Se desoriginalizásemo-lo original não seria!
111 – Tenho um colarinho muito bem encolarinhado. Foi o colarinhador que me encolarinhou este colarinho. Vê se és capaz de encolarinhar tão bem encolarinhado como o colarinhador que me encolarinhou este colarinho.
112 – Há quatro quadros três e três quadros quatro.
Sendo que quatro destes quadros são quadrados,
um dos quadros quatro e três dos quadros três.
Os três quadros que não são quadrados,
são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.
113 – Um ninho de mafagafos, tinha sete mafagafinhos. Quem desmafagar esses mafagafinhos bom desmagafigador será.
114 – A pia perto do pinto, o pinto perto da pia. Quanto mais a pia pinga mais o pinto pia. A pia pinga, o pinto pia, pinga a pia, pia o pinto. O pinto perto da pia, a pia perto do pinto.
115 – Perlustrando a patética petição produzida pela postulante, prevemos possibilidade para pervencê-la porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito pois prejulgamos pugna pretárita perfeitíssima.
116 – Era uma vez um caçador,
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor;
E foi à caça,
furunfunfaça, triunfunfaça, misericuntaça;
E caçou um coelho,
furunfunfelho, triunfunfelho, misericuntelho;
E levou-o a uma velha,
furunfunfelha, triunfunfelha, misericuntelha.
117 – O rei dos trocadilhos
O rei dos trocadilhos
tinha cinco filhos
que andavam sempre
metidos em sarilhos.
Um dia trocou os filhos
por cinco trocadilhos
e, contente,
acendeu rastilhos.
Uma palavra diferente
surgiu com novos brilhos.
Fez dos filhos andarilhos
e, dos trocadilhos,
os mais belos
encaixou-os em caixilhos.
118 – Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O prato de tigres. Num prato de trigo tragam três tigres. Três tigres tragam num prato dum trago. Tragam o trigo aos três tigres que eles tragam o trigo no prato. Tragam o trigo aos três tigres que eles tragam o trigo no prato. Dum trago.
119 – O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
O raio do rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia.
O raio do rato roeu a rolha da garrafa de rum do rei da Rússia.
O raio do rato roeu a rolha redonda da garrafa de rum do rei da Rússia.
O raio do rato roeu a rolha redonda da garrafa de rum de Roberto, o rei da
Rússia.
O raio do rato roeu raivoso a rolha redonda da garrafa de rum de Roberto, o
rei da Rússia.
O raio do rato roeu raivoso e rápido a rolha redonda da garrafa de rum de
Roberto, o rei da Rússia.
O raio do rato roeu raivoso e rápido a rolha redonda da garrafa de rum de
Roberto, o ruidoso rei da Rússia.
– Raio! – ralhou o rei. – Rato rapace!
– Raça! – rugiu o rato. – é rija a rolha!
120 – Não confundas ornitorrinco com otorrinolaringologista, ornitorrinco com ornitologista, ornitologista com otorrinolaringologista, porque ornitorrinco é ornitorrinco, ornitologista é ornitologista, e otorrinolaringologista é otorrinolaringologista.
Conclusão:
Este artigo representa um guia completo sobre o trava-línguas com tudo o que precisa saber sobre esta atividade tão interessante, um jogo que motiva paixões em miúdos e graúdos. Esperemos que tenha ficado devidamente esclarecido sobre esta temática.
Se percebeste, percebeste. Se não percebeste, faz que percebeste para que eu perceba que tu percebeste. Percebeste?
Bibliografia
Buescu, Helena C., Mª. Regina Rocha & Violante F. Magalhães (2012). Metas Curriculares de Português – Ensino Básico, 1.º Ciclo: O domínio da Educação Literária. Ministério da Educação e Ciência. Disponível <http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Basico/Metas/Portugues/1_ciclo_educacao_literaria.pdf>. (último acesso a 08 de março de 2021).
Gomes, Luísa Costa (texto) & Nesbitt, Jorge (ilustração) (2006). Trava-línguas. Lisboa: D. Quixote.
http://e-livros.clube-de-leituras.pt/elivro.php?id=travalinguas (último acesso a 5 de setembro de 2015)
“Destrava-línguas”, Luísa Ducla Soares, 1998, acessível no portal cultura popular.no.sapo.pt.
“Eu bem vi nascer o sol. Antologia de poesia popular”, Alice Vieira,1999, Caminho, p. 11. Barbeiro, L. (2006). Jogos de escrita na atividade e no produto, as regras e o acaso. In F. Azevedo (Coord.), Língua Materna e Literatura Infantil. Elementos Nucleares para professores do Ensino Básico (pp. 109-128). Lisboa: Edições Lidel.
Bastos, G. (1999). Literatura Infantil e Juvenil. Lisboa: Universidade Aberta.
MOTA, António (2009). O livro dos trava-línguas 1. Vila Nova de Gaia: Gailivro.
António Mota, Bota nova, bota velha, in “O Livro dos Trava-Línguas 2”, 2ª edição, p. 12. Vila Nova de Gaia: Editora Gailivro, 2009.SALGUEIRO, Tiago, pseud. (2009).
Trava-línguas e mais adivinhas coloridas. Porto: Ambar.
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