Descubra o intrigante motivo pelo qual os girassóis seguem o Sol! Aprenda mais sobre os mecanismos biológicos e curiosidades por trás deste fenómeno natural.
O girassol é uma das flores mais populares do mundo. Além de ser bonita, ela realiza um comportamento invulgar que está na origem do seu nome, girassol. O nome da flor é girassol devido ao facto das flores se posicionarem de modo a se apresentarem de frente para o sol.
Por que razão os girassóis seguem o Sol?
Os girassóis são flores famosas pela incrível capacidade que apresentam, de virar as suas “cabeças” para olhar para o Sol, enquanto ele se move no céu. Contudo, ao comum dos mortais, forma-se a questão: como é que as flores o fazem?
Surpreendentemente, os cientistas ainda não sabem por que razão os girassóis seguem o sol. Recentemente, foi realizado um novo estudo que revelou que esse fenómeno continua a ser um mistério.
Girassóis
Os girassóis cultivados ao ar livre fazem algo que encanta a humanidade há muito tempo. Eles seguem os movimentos do sol ao longo do dia. Conforme os resultados apresentados por um novo estudo, para seguir o Sol no céu, os girassóis não recorrem aos métodos botânicos convencionais. Usam um mecanismo diferente, que ainda não foi descoberto.
Capacidade
Os girassóis são facilmente reconhecíveis pelo seu aspeto. Estas flores apresentam cabeças encantadoras, que se aprendem a desenhar desde criança. As cabeças dos girassóis são conhecidas por seguirem a luz do Sol. Esta capacidade permite-lhes usufruir dessa energia ao máximo.
Teses científicas
Supõe-se há muito tempo que o comportamento destas flores, designado de heliotropismo, é regido pelos mesmos mecanismos que permitem controlar o fototropismo, que se trata da capacidade de crescer simplesmente em direção a uma fonte de luz.
No entanto, este último comportamento é comum em plantas. Geralmente, o comportamento é ativado por uma molécula específica (de nome fototropina) que responde à luz no extremo azul do espetro.
Novos dados
Contudo, a verdade é que um novo estudo publicado na PLOS Biology defende outra tese que merece atenção. Segundo esta nova investigação de botânicos da Universidade da Califórnia, em Davis, na verdade, a fototropina não se encontra envolvida nos movimentos cíclicos dos girassóis.
O movimento em direção à luz
Estas encantadoras flores movem as suas cabeças consoante a parte do dia. Durante o dia, os girassóis movem-se crescendo um pouco mais no lado leste do caule (empurrando a flor para oeste). Já durante a noite, estas flores crescem um pouco mais no lado oeste (empurrando a flor para leste).
Estudos anteriores
Anteriormente, na UC Davis, foram realizadas Investigações que mostraram que para estas flores anteciparem o nascer do sol, elas recorrem aos seus relógios internos. Desta forma, os girassóis coordenam a abertura das suas flores com o surgimento de insetos polinizadores pela manhã.
O novo estudo
Numa nova investigação, os investigadores basearam-se neste facto. Eles analisaram os genes das flores que eram ativados nos girassóis que foram cultivados em condições laboratoriais, embora se encontrassem sob a luz solar exterior.
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Conclusões
No interior, os investigadores observaram que os girassóis cresciam em direção à luz solar, diretamente. Eles ativavam genes associados à fototropina. Por outro lado, no exterior, os girassóis balançavam a cabeça para o sol.
Neste caso, as flores apresentavam um padrão de expressão genética completamente distinto, sem aparente diferença na fototropina, entre um lado do caule e o outro.
Reação da investigadora
Stacey Harmer, professora de biologia vegetal e investigadora na UC Davis, defendeu que “Isto foi uma surpresa total para nós”. A principal autora do estudo aprofundou “parece que excluímos a via da fototropina, mas não encontrámos provas claras”.
A aprendizagem rápida dos girassóis
Os investigadores fizeram experiências com caixas de sombra e descobriram que o bloqueio da luz (azul, ultravioleta, vermelha ou vermelha) não teve qualquer efeito no comportamento dos girassóis que procuram o Sol.
Teoria
Segundo estes investigadores, provavelmente, há múltiplas vias genéticas relacionadas com esta capacidade das flores. Os autores da investigação sugerem que elas trabalham todas em conjunto para orientarem-se para o sol.
Além disso, os investigadores revelaram que as plantas que foram transferidas para o exterior, após terem sido cultivadas no interior, rapidamente conseguiram adquirir capacidades heliotrópicas. Trata-se de uma capacidade acompanhada por uma explosão de expressão genética no lado sombreado.
Necessidade de novas investigações
Segundo a investigadora e professora de biologia vegetal e investigadora na UC Davis, Stacey Harmer, esse comportamento apresentado pelas flores indica que está a ocorrer uma espécie de “religação”.
No entanto, não se sabe exatamente o que está a originar esta mudança, pelo menos por enquanto. Desta forma, esse assunto terá de ser explorado em investigações futuras para se chegar a mais conclusões.
Existem vídeos na internet onde se pode ver o movimento dos girassóis a seguir o sol.