A Ponte Luís I é um verdadeiro tesouro de beleza e engenharia. Esta obra-prima é um dos símbolos mais emblemáticos da cidade do Porto. A ponte Luís I é uma construção mítica da cidade Invicta. Todos os que visitam a capital do Norte de Portugal sentem necessidade de visitar este marco histórico presente no coração do Porto.
Neste espaço emblemático da cidade, poderá contemplar uma arquitetura singular e vistas absolutamente deslumbrantes. A riqueza desta construção imponente presente sobre as águas do Douro é tanta que se tornou numa atração simplesmente imperdível, um símbolo da cidade portuense.
Ponte Luís I: uma das pontes mais bonitas do mundo
A Ponte Luís I é uma construção icónica do Norte do país, sendo uma das maravilhas da cidade do Porto. Esta ponte imponente permanece a desafiar os tempos, atualmente rendidos à dureza do betão.
A história desde o momento da sua construção fez com que ela se tornasse numa das obras mais emblemáticas da idade Invicta. Desta forma, não surpreende que a majestosa ponte metálica Luís I tenha merecido uma honra especial. Foi considerada imóvel de interesse público pelo decreto n.°28/82, de 26 de fevereiro.
A Ponte Luís I, uma construção com história
A ideia da construção desta ponte surgiu a partir de 1879, num contexto em que a ponte pênsil já apresentava sinais de degradação bem evidentes. Por isso, impunha-se a sua substituição. Havia a necessidade de uma alternativa mais sólida e funcional.
No início, pensou-se numa construção distinta, numa estrutura idêntica à da ponte Maria Pia, que foi construída cerca de 500 metros a nascente (tendo sido inaugurada em 1877).
A empresa francesa de Gustavo Eiffel destacou-se entre vários outros concorrentes. Esta empresa apresentou um anteprojeto para essa ponte em 1879. Nesse projeto, estava contemplado um sistema de arcos rígidos, em forma decrescente e com 2 tabuleiros.
O tabuleiro superior apresentado nesse projeto não atingia grande altura e o trajeto seria realizado em parte pelo intradorso do arco, que deveria ter 155 m de abertura. Já o tabuleiro inferior estabelecia-se uma ponte levadiça para possibilitar a passagem de navios até 35 m de mastreação. Contudo, este projeto não correspondia aos objetivos que se pretendiam, além de representar algumas dificuldades de execução. Por isso, foi rejeitado.
Então, ao engenheiro João Joaquim de Matos, foi incumbida a missão de elaborar um anteprojeto que servisse de base ao concurso. Este projeto previa a criação de dois tabuleiros. Enquanto o inferior estava destinado a servir as populações ribeirinhas do Porto e Gaia, o superior destinava-se a fazer a ligação desde as proximidades do cruzamento das ruas Chã e de Santo António do Penedo (atualmente Saraiva de Carvalho), até à parte inferior da esplanada do quartel da Serra do Pilar.
Os tabuleiros mediam 174m (inferior) e 390 metros de extensão (superior). No dia 11 de agosto de 1880, foi aberto o concurso e publicado o caderno de encargos.
A «Sociedade Anónima de Construção e Oficinas de Willbroeck», da Bélgica, concorreu à sua execução com um projeto da responsabilidade do engenheiro Teófilo Seyrig (curiosamente, tinha sido sócio de Eiffel, na construção da ponte Maria Pia).
Foi adjudicada a construção mediante o contrato de 369.000$000 reis, com assinatura feita em 28 de novembro de 1881.
O arco da Ponte D. Luís I tem 178 metros de corda e 44,60 de flecha. Este arco é constituído por duas curvas parabólicas divergentes. No nascimento das curvas, a abertura feita entre as duas linhas é de 17,8 metros e, no fecho, é de 7,7 metros.
A curvatura deste arco da Ponte D. Luís I foi distinguida com um prémio internacional. Tratou-se de uma inovação de Seyrig. A montagem do arco principiou desde os estribos, sustentando-se as peças com cabos de aço fixos no tabuleiro superior até à junção das metades. Os encontros que o arco apresenta são de cantaria e funcionam igualmente como bases dos pilares que permitem sustentar o tabuleiro superior.
O tabuleiro foi colocado 60 metros acima do nível do rio. A partir dele descem quatro alças de cada lado que se encontram ligadas ao arco, culminando ao nível do banzo inferior das vigas do tabuleiro que sustentam.
Enquanto o tabuleiro superior se compõe por vigas retas de 9 tramos de rótulos (dos quais 5 são pertencentes ao arco), o tabuleiro inferior é composto por 5 tramos de vigas de rótulo.
Originalmente, o tabuleiro superior media 6 metros de largura e apresentava pavimento de macadame. No entanto, reconheceu-se que essas medidas não seriam suficientes (uma vez que os carros americanos em trânsito iriam ocupar dois metros de largura). Por isso, esse dado foi alterado por contrato no dia 20 de abril de 1882.
Desta forma, o tabuleiro superior foi alargado para 8 metros, incluindo a faixa de rodagem. A operação elevou os custos da ponte para 402.964$746 reis. O tabuleiro apresentava pavimento em paralelepípedos de madeira, 2 guias de pedra e 2 passeios de ladrilho refratário.
O pavimento inferior da ponte encontrava-se a 11,70 metros acima do rio. Também contava com os 8m de largura, apresentava faixa de rodagem, as guias e os passeios. O ferro usado nesta ponte ascende a 3.045.747 kg.
A distribuição do ferro foi feita da seguinte forma: 1.659.688 do arco, 662,479 do tabuleiro superior, 428.480 do inferior, 165.100 dos pilares e 130.000 da suspensão entre os tabuleiros.
Após a obra ter ficado concluída, foram então realizadas as provas de resistência, determinadas pela portaria de 26 de maio de 1886, com uma carga calculada de 2 toneladas por metro linear de viga.
No dia 31 de outubro de 1886, rei D. Luís I inaugurou solenemente o tabuleiro superior da ponte. O momento aconteceu no dia do seu aniversário natalício, tendo a ponte recebido o seu nome. Coube ao cardeal D. Américo, bispo da diocese, benzer a construção.
No âmbito do projeto do metropolitano de superfície que foi implementado na área do Grande Porto, o tabuleiro superior da Ponte Luís I ficou destinado a ser usado exclusivamente pelo «metro».
Por isso, foi construído um novo atravessamento do lado nascente desta ponte, a Ponte do Infante, cujo projeto foi lançado em 1997. Essa construção visou ligar as Fontainhas, do lado do Porto, à Serra do Pilar, em Gaia, para substituir a ponte Luís I no tráfego rodoviário.