As grandes viagens não precisam de ser longas. Veja os 7 paraísos para visitar que deixamos de seguida, todos a uma hora do Porto. São 7 destinos onde se come, passeia-se, bebe-se e descansa-se como se estivéssemos completamente distantes do mundo.
Não é preciso deixar tudo para trás para ir à procura do paraíso, como prova qualquer uma das recomendações que lhe deixamos de seguida. Descubra o que ver, comer e visitar sem se afastar mais do que uma hora da cidade invicta.
Paraísos para visitar a uma hora do Porto
Arouca
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Arouca, comodamente aninhada no fundo de um vale, tem por muralhas um sólido conjunto de serras que lhe empresta a proteção e cria um micro clima bem específico. O Douro não fica longe, mas é o Rio Paiva e, mais recentemente, os seus Passadiços, que chamam os forasteiros a esta região.
Em toda a volta, as serpenteantes estradas da serra são um prazer para a condução, cenários incríveis para a experiência telúrica de passar pelo Portal do Inferno.
Albergaria da Serra
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Em redor de Arouca recomenda-se a visita às aldeias rurais e uma passagem na Serra da Freita. O Miradouro da Frecha da Mizarela tem a cascata mais alta de Portugal continental e uma vista inebriante.
Aqui perto, o Rio Caima convida a passeios e os trilhos do Arouca Geopark levam-nos a ao coração da serra. Acontece aqui um fenómeno curioso, as Pedras Parideiras, com direito a um centro de interpretação próprio.
São o resultado de um processo geológico raro, em que pedras mais pequenas brotam de uma rocha-mãe. Só se conhece um outro exemplo no mundo (na Rússia) e, ancestralmente, era interpretado como um milagre da fertilidade.
Castelo de Paiva
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O concelho de Castelo de Paiva é marcado pelas paisagens deslumbrantes das margens do Douro, Paiva, Arda e Sardoura. Tem ainda um património arquitetónico de interesse, de casas senhoriais e notáveis exemplos de Igrejas e Capelas.
Abunda a talha dourada e imagens religiosas que cativam para uma visita mais demorada. Da Idade Média, chegaram até aos nossos dias as sepulturas escavadas na rocha do Penedo de Vegide, conhecidas como Pia dos Mouros, além do Marmoiral de Sobrado, monumento associado à memorialização da passagem do cortejo fúnebre da Rainha Santa Mafalda e que integra a Rota do Românico, não esquecendo o Pelourinho da Raiva.
Do monte de S. Domingos, rodeado por profundos vales onde correm os rios Arda e Douro, é possível admirar uma paisagem deslumbrante. O montanhismo, os passeios pedestres e o BTT são práticas habituais nestes montes.
Penafiel
O rio Douro e o Tâmega passam a sul, mas é o irmão mais pequeno, o Sousa, que marca definitivamente a região de Penafiel. Além de emprestar a toponímia a muitas das vilas das suas margens, sacia a sede por onde passa.
A construção local é bastante característica. O granito mistura-se com o xisto e a ardósia, nos cunhais das paredes, padieiras, molduras de portas e janelas. Os traços do românico juntam-se ao utilitarismo rural e o resultado é uma arquitetura singular.
No centro histórico da cidade ainda podemos ver alguns exemplos disso: construção com blocos de granito, que depois são decorados com azulejos, apainelados e diversos outros pormenores.
Entre-os-Rios
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Com vista para o abraço entre o Tâmega e o Douro, Entre-os-rios tem um dos mais belos panoramas da região. E, quando estamos a falar do Douro, a concorrência é forte… Suba até à Capela de São Miguel para encontrar um pequeno edifício românico com uma vista incrível.
Se vier com fome, a terra é famosa pelo sável e lampreia, pescados aqui mesmo. No Sameiro, o ponto mais alto de Penafiel, o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, há um frondoso jardim e uma magnífica vista.
Paço de Sousa
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Freguesia ainda repleta de edifícios do Românico, Paço de Sousa é uma região agrícola onde o verde está por todo o lado. O velho Mosteiro do Salvador é a última morada de Egas Moniz, o aio de Dom Afonso Henriques, onde encontramos o seu túmulo.
A cerca de 100 metros, o Solar Egas Moniz é um espaço de turismo rural de charme, com uma enoteca e uma lareira perfeitas para nos aquecer a alma neste inverno.
Amarante
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Continuamos a nossa rota já pelo Douro Litoral, num concelho repleto de vestígios históricos. Amarante tem a personalidade das antigas terras do Norte. Ruas estreitas, uma ponte centenária que liga Trás-os-Montes ao Douro e foi ponto de paragem das invasões francesas.
No rio vêm-se os “guigas”, barcos tradicionais de Amarante e, das suas águas, temos uma perspetiva diferente sobre a localidade. Os restaurantes da região continuam a saber assar magistralmente o cabrito e a vitela.
Na doçaria, experimente os doces de São Gonçalo, malandrice regional de forma fálica, e as Brisas do Tâmega. Em volta, tem ainda dólmenes, testemunhos do românico, e verde, muito verde.