Cáries, erosão e desmineralização são problemas sérios ligados à nossa dieta. Fique a conhecer os alimentos que mais prejudicam os ossos e dentes!
Segundo os nutricionistas, devemos ter um conhecimento mais aprofundado sobre os alimentos. Nem tudo o que é comestível, deve ser comido, assim como nem tudo o que é bom, se revela saudável e benéfico para o nosso corpo.
Por isso, os especialistas do mundo da nutrição alertam para a necessidade de se aprender a cuidar do corpo, isto é, as pessoas devem saber selecionar os alimentos que integram na dieta alimentar. Não se trata de uma mera questão de controlar o peso. Determinados alimentos geram outros problemas: podem prejudicar os ossos e os dentes. Quer saber quais são os alimentos mais prejudiciais?
Os alimentos que mais prejudicam os ossos e dentes
A verdade é que a alimentação desempenha um papel essencial na saúde do esqueleto. Para tornar o corpo mais forte, será necessário escolher bem os alimentos e tornar a armadura mais robusta. Ora, isso consegue-se selecionando bons alimentos que permitam manter as funções de locomoção e de proteção dos órgãos internos. Quem desconhecer os alimentos e as bebidas a evitar, corre o risco de prejudicar a sua saúde, nomeadamente os ossos e os dentes. Será esse o foco do presente artigo.
Quer evitar problemas?
A alimentação revela-se um contributo essencial para a boa forma física. Uma boa seleção de alimentos tem peso na saúde, impacta positivamente. Já as más escolhas pesam negativamente. Desta forma, a nutrição é fundamental, nomeadamente no que diz respeito à saúde dos ossos e dentes e às doenças relacionadas, por exemplo a osteoporose. Segundo os especialistas, há vários alimentos e hábitos que podem contribuir negativamente, levando ao enfraquecimento dos ossos e ajudando a aumentar o risco de problemas de saúde óssea e dentária.
1 – Bebidas gaseificadas e açúcares
O ácido fosfórico é frequentemente usado nas bebidas gaseificadas como agente acidificante. Este composto aumenta a acidez no organismo, afetando o modo como o cálcio é processado e usado no organismo.
Segundo alguns estudos, investigadores demonstraram que o consumo de refrigerantes contribui para a perda óssea. Os níveis elevados de açúcar presentes nestas bebidas aumentam a presença de bactérias na boca. Elas usam os açúcares para produzirem ácidos que danificam os dentes.
Por isso, os especialistas recomendam a escovagem dos dentes após consumir alimentos ou bebidas com elevados níveis de açúcar. Além disso, deve bochechar com gelo dentário e terminar com um elixir ou enxaguante bucal. Nas bolachas, doces ou rebuçados, há um excesso de açúcar que se revela um ótimo aliado da cárie dentária, pelo contacto com os dentes por mais tempo. Não é indispensável que se elimine por completo da dieta.
Contudo, no mínimo, deve ter o cuidado de escovar bem os dentes, após comer estes alimentos, sendo também importante usar fio dentário e concluir a higienização da boca com um elixir bucal.
2 – Consumo excessivo de álcool
O álcool é mau, especialmente quando é ingerido em excesso. Desta forma, um consumo excessivo promove a osteopenia (perda óssea). Por isso, o álcool em excesso aumenta o risco de fratura e ainda impede a reparação adequada dos ossos.
Os ácidos presentes nas bebidas alcoólicas criam um ambiente hostil ao crescimento das bactérias saudáveis presentes na boca, o que as impede de fazer o seu trabalho.
Entre as causas de má saúde oral, está o consumo excessivo de açúcares e de álcool, especialmente se após o consumo não existir uma higiene adequada.
O consumo regular de álcool também gera outro problema: provoca boca seca, desencadeia a halitose (que consiste no chamado mau hálito) e ainda afeta o cálcio dos dentes, o que permite aumentar o risco de cárie dentária, erosão e desmineralização.
Por isso, os especialistas defendem que o álcool é um inimigo dos ossos e dos dentes.
3 – Demasiada cafeína
O consumo em excesso de cafeína (que pode encontrar-se em cafés, mas também em chás, refrigerantes, bebidas energéticas, entre outros alimentos) pode aumentar a excreção de cálcio na urina.
Segundo uma investigação realizada por investigadores da Universidade da Austrália do Sul, o consumo de doses elevadas de cafeína permite duplicar a quantidade de cálcio perdido na urina. Ora, isso leva a um aumento das hipóteses de ter osteoporose.
Há muitos adolescentes a consumirem bebidas energéticas em excesso que devem ter um particular cuidado, porque os ossos ainda se encontram a desenvolver-se. Há ainda desportistas profissionais que recorrem em excesso à cafeína para melhorarem o seu desempenho.
Os danos causados pela cafeína em excesso a nível dentário são sobretudo estéticos. Os taninos que se encontram no café originam mudanças na tonalidade original dos dentes. Geram manchas amarelas, quando aderem ao esmalte.
4 – Dietas muito altas/baixas em calorias
As dietas que são bastante baixas em calorias não fornecem nutrição suficiente para manterem a saúde óssea e dentária. O contrário também é problemático.
O excesso de calorias leva ao aumento do peso corporal, o que gera um aumento da pressão nos ossos que suportam a carga. Ora, este contexto pode aumentar o risco de fraturas.
Por isso, faça por consultar um especialista capaz de ajudar a adotar uma dieta equilibrada. Numa dieta equilibrada e nutritiva, deve incluir cálcio, vitamina D, proteínas, frutas e legumes.
Além de fazer uma alimentação sem excessos, que permita manter um peso corporal saudável, para manter a saúde dos ossos ao longo da vida, deve evitar o excesso de sódio, cafeína e álcool.
5 – Dietas deficientes em cálcio
Um dos fatores-chave que podem fragilizar os ossos é a falta crónica de cálcio na alimentação, porque leva à desmineralização óssea e à osteoporose.
Outro problema decorrente de uma dieta pobre em cálcio está na mineralização inadequada que gera falta de dureza dos dentes. O cálcio é um elemento fundamental para o organismo produzir hidroxiapatite. Estes cristais de fosfato de cálcio permitem fortalecer os dentes.
Consumir alimentos ricos em cálcio é fundamental. Por isso, pode integrá-los na sua dieta, nomeadamente o tofu enriquecido, as amêndoas e os legumes de folha verde.
Também pode e deve comer peixes com espinhas comestíveis (nomeadamente as anchovas e as sardinhas). Os produtos lácteos também são famosos pelos seus níveis de cálcio.
Conheça mais alimentos que deveria incorporar na sua alimentação:
- 20 alimentos ricos em cálcio que deve consumir
- Descubra 15 alimentos ricos em ómega 3
- 7 fantásticos alimentos para combater a prisão de ventre
6 – Dietas ricas em sódio
O excesso de sódio na alimentação é um erro comum. Trata-se de um dos elementos químicos que compõe o sal. O sódio contribui para aumentar a excreção de cálcio pela urina. Por isso, trata-se de algo que deve ser evitado, porque pode enfraquecer os ossos ao longo do tempo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda-se para os adultos uma ingestão inferior a 2000 mg/dia de sódio (este valor equivale a menos de 5 g/dia de sal, isto é, uma quantidade equivalente a uma colher de chá).
O uso incorreto do sódio ou de alimentos ricos nele revela-se um risco para a saúde dentária. Há quem caia no erro de escovar os dentes com sal para branqueá-los. Trata-se de um comportamento que se deve evitar. Trata-se de uma substância que tem um poderoso efeito abrasivo.
Por isso, usá-lo para esse fim poderá destruir o tártaro e as manchas, mas também irá destruir o seu esmalte. O sódio também contribui para secar as gengivas e piora a circulação sanguínea, deixando os dentes mais expostos e aumentando o risco de infeção.
7 – Dietas baixas em vitamina D
Esta vitamina desempenha um papel muito importante na absorção de cálcio. A vitamina D é essencial na formação de células estaminais nos ossos e dentes. Quem quer manter os ossos e os dentes fortes e saudáveis deve fazer por assegurar a ingestão de vitamina D, pois ela irá impedir que eles amoleçam.
Determinados alimentos ajudam a assegurar vitamina D, nomeadamente os peixes gordos e os ovos. A exposição ao sol (10-15 minutos, três vezes por semana) também pode ajudar a assegurar o aporte de vitamina D.
Conclusão
Apesar da alimentação ser importante, bem como conhecer os alimentos a evitar, não deixa de ser aconselhável consultar um médico ou nutricionista, caso haja preocupações específicas com a saúde dos ossos. É sempre a melhor opção para poder ter uma orientação personalizada.