São vários os acontecimentos trágicos e marcantes. Conheça falecimentos em circunstâncias incomuns. São mortes incríveis e insólitas da História de Portugal.
Portugal é um país de bons costumes, tolerante e com pessoas de bem. Certo? Mas tal não impede que ocorram acidentes que espantam e surpreendem. Acontecimentos trágicos que levam ao falecimento de pessoas em circunstâncias inesperadas.
Alguns momentos são verdadeiramente curiosos. Não fossem culminar num trágico acidente poderiam estar presentes num filme de comédia de má qualidade. Quer saber mais?
Mortes incríveis e insólitas da História de Portugal
O rei envenenado
O rei sentia-se doente. D. João II tinha perdido o filho num acidente de cavalo e não se sentia bem. Achou que seria benéfico ir a banhos a Monchique, no Algarve, mas antes da viagem fez o testamento, nomeando D. Manuel (que era seu cunhado) como seu sucessor. Esta era uma pessoa em quem o Rei não confiava.
Já no Algarve, o rei sentiu-se melhor nos primeiros dias de banhos, mas não durou muito tempo, pois num sábado já praticamente não saía da cama. Ordenou que lhe contassem toda a verdade sobre o seu estado e sobre a sua doença.
A informação dada pelos médicos foi inesperada. Era algo grave e incurável. Faleceu sozinho no dia seguinte, a 25 de outubro de 1495. As evidências indicam que a causa de morte foi envenenamento por arsénio, processo que foi usado ao longo do tempo, colocado na sua comida e água. Tal comprovou-se por terem morrido na mesma altura outras três pessoas do seu séquito, que comiam regularmente com o rei.
Terá sido a mulher e o cunhado os prováveis culpados que sonhavam com a influência de Castela em Portugal.
Um almoço indigesto com o rei
A viatura seguia viagem na estrada de Benfica, num momento em que o cocheiro ouviu um tiro. Mouzinho de Albuquerque, antigo militar e ajudante do rei D. Carlos, era o único passageiro. O homem que se notabilizou pela colonização de Moçambique tinha dado um tiro de revólver em si próprio, com as munições que horas antes comprara na rua do Ouro.
O crânio estava destruído e nada fazia prever o suicídio. Naquele dia de janeiro de 1902, o homem até tinha almoçado com o rei, tendo aparentado estar com boa disposição…
O médico que é assassinado pelo paciente
Miguel Bombarda era um médico psiquiatra (e republicano) e recebeu no seu gabinete um antigo paciente chamado Aparício dos Santos, pessoa que tinha sido tenente e que sofria de alucinações. Este momento aconteceu a meros dois dias da revolução de 5 de outubro de 1910.
Miguel Bombarda tinha dado alta ao homem, porque o pai do militar pediu, pois planeava levá-lo para um tratamento que seria realizado em França. Contudo, Aparício dos Santos sacou de um revólver Browning e alvejou o médico à queima-roupa.
O psiquiatra ainda tentou desarmá-lo, mas não obteve sucesso. O resultado foi três balas no ventre, as quais o levaram a uma cirurgia, à qual Miguel Bombarda não resistiu.
O ministro das Obras Públicas que faleceu na sequência de um acidente de viação…
No dia 15 de novembro de 1943, o ministro das Obras Públicas e Comunicações seguia viagem até Vila Viçosa. Duarte Pacheco ia com pressa, pois tinha de regressar a Lisboa até às 18h, pois tinha uma reunião do Conselho de Ministros agendada. A deslocação foi realizada num Buick série 90 Limousine, que era um dos carros mais rápidos da época.
O Ministro deu indicações ao motorista para acelerar e chegar o mais rapidamente possível. No entanto, como começou a chover, a viagem não foi feliz. O carro do Ministro despistou-se na EN 4 e na Cova do Lagarto, em Montemor, acabando por embater em sobreiros. Apesar do ministro ter sido levado para o Hospital de Setúbal, acabou por morrer na manhã do dia seguinte.
Uma morte inesperada
D. Pedro IV vivia um caso extraconjugal com uma crioula e a mulher fingia não saber que o marido a traía. Contudo, o imperador decidiu levar no mesmo barco a mulher e a amante numa viagem para o Brasil. Depois, exigiu que a filha que ele tivera com a outra mulher fosse educada juntamente com os filhos legítimos.
Maria Leopoldina foi, depois, aprisionada em casa, mas pediu ao marido para voltar à Áustria, o seu país. As discussões foram-se tornando cada vez mais voláteis, violentas, tendo ela sido atirada ao chão e pontapeada ferozmente. O acontecimento levou a um aborto e a mulher acabou por morrer em dezembro de 1826.
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GOSTEI DESTE ARTIGO, TRAZ FATOS QUE AINDA NÃO CONHECIA.
Gosto muito de aprender sobre a historia do Brasil e sobre a Historia de Portugal, onde já estive algumas vezes no Algarve, em Quarteira, Distrito de Loulé. O único fato aqui descrito que já havia lido a respeito foi o de D Pedro IV de Portugal (que no Brasil foi D Pedro I – sucessor de D. João VI, seu pai, quando este regressou a Portugal e o deixou como príncipe regente, até 1822, quando o filho declarou a independência do Brasil tornando-se D. Pedro I). Todas as historias muito bem escritas e interessantes. Gostei.