O universo dos vinhos é complexo e repleto de segredos e de mitos… Não acredite em tudo. Confira 12 mitos sobre Vinho Tinto e Branco. O vinho tem uma história longa. Desde que foi criado tem acompanhado o percurso da humanidade que já inventou inúmeras formas de o fazer e servir. Não há uma receita perfeita, mas há vinhos que roçam a perfeição. Entre as bebidas alcoólicas, o vinho tinto tem vindo a reivindicar protagonismo ao longo do tempo. Ele faz-nos companhia nos bons momentos e nos maus momentos, mas deve ser sempre bebido com moderação.
O vinho é ideal para momentos de descontração, tornando o convívio mais frutuoso. É, frequentemente, tema de conversa entre amigos. Por vezes, as conversas mais soltas acabam por estar na origem de algumas inverdades que se instalam e se propagam. Atualmente, existem muitos mitos sobre o vinho que é urgente combater. Muitos mitos nascem de generalizações, que representam sempre um erro. O problema não está no que é afirmado, mas na generalização em si.
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12 mitos sobre Vinho Tinto e Branco: Verdeiro ou falso?
Espumante e Champagne são sinónimos
Champagne são espumantes produzidos na região francesa com o mesmo nome, com metodologia própria e protegida e feitos à base de uvas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay. Todos os espumantes fora dessa região são espumantes e não champagne.
Os melhores vinhos não misturam diferentes castas
Há vinhos excelentes que são criados com uma casta apenas. Mas também há ótimos vinhos que são compostos por uma mistura de castas. Aquela afirmação é falsa.
As garrafas devem ficar no escuro
O modo como guardamos o vinho interfere na sua qualidade, podendo modificar o seu aroma, sabor ou mesmo aparência. Os vinhos devem ser preservados em ambientes controlados, frescos e com luminosidade reduzida, sem contacto com o sol ou lâmpadas fortes.
A garrafa deve ser guardada deitada
Não há consenso acerca desta temática. Ela ainda gera controvérsia, havendo defensores que o melhor método é guardar a garrafa deitada, pois contribui para manter a rolha húmida dentro da garrafa (ajudando assim a preservar o conteúdo por mais tempo). Porém, este não é um assunto pacífico.
Os melhores vinhos são os mais caros
É verdade que boa parte do vinho mais caro apresenta uma qualidade superior. Porém, afirmar com toda a propriedade que os melhores vinhos são os mais caros é cair em erro.
É sempre um erro generalizar. Há vinhos mais acessíveis que superam vinhos bem mais caros em concursos internacionais, em que os rótulos das garrafas são escondidos, nas chamadas provas cegas. Isso comprova que há muitos vinhos de ótima qualidade a bons preços.
Os vinhos mais saborosos são os mais antigos
Nem todos os vinhos envelhecem com qualidade. Não se pode generalizar que todo o vinho antigo é mais saboroso. Aliás, há vinhos que estragam, não resistindo a uma longevidade de 7 anos.
Os vinhos brancos não envelhecem com qualidade; só os tintos o fazem
É menos comum haver vinhos brancos a envelhecer com qualidade e a ter a mesma longevidade que os vinhos tintos que envelhecem com qualidade. Contudo, há exemplos de bons vinhos brancos que envelhecem com qualidade.
Logo a afirmação, contendo alguma veracidade, é falsa. Por exemplo, os vinhos brancos que são produzidos a partir de uvas provenientes das famosas castas Chardonnay e Riesling conseguem ter boa longevidade, sem perder qualidade.
Bons vinhos têm de ter rolha de cortiça
A cortiça de Portugal é ótima e um produto cobiçado em grande parte do mundo, mas não é a rolha que torna um vinho numa bebida de qualidade. Não é a forma de fechar a garrafa que vai decidir ou comprovar a qualidade de um vinho. Há inúmeras variáveis que contribuem para a produção de um vinho de qualidade elevada. Existem vinhos excelentes, sem rolha de cortiça.
Rosé é produzido através de sobras de tintos e de brancos
A bebida rosé é alvo de muitos preconceitos. É absolutamente falso que seja produzida com sobras de outras bebidas. Muitas das boas marcas de vinho tinto e de branco também apostam no vinho rosé, que também pode ter uma qualidade superior. Existem diferentes modos de produção do rosé, mas nenhum usa sobras de vinhos.
Os melhores vinhos estão em garrafas pesadas
As garrafas pesadas normalmente são mais caras e estão associadas a vinhos envelhecidos. Portanto, o vinho colocado dentro delas é frequentemente mais caro.
Porém, como vimos anteriormente, as generalizações são um erro. Nem sempre os vinhos mais caros são melhores e nem sempre os vinhos presentes em garrafas pesadas são melhores do que os vinhos presentes em garrafas mais leves.
O vinho tinto harmoniza com carne e o vinho branco com peixes
As generalizações, mesmo tendo um fundo verdadeiro, são sempre erradas, pois se analisarmos caso a caso e encontrarmos um exemplo que refuta a tese, então estamos perante uma afirmação falsa.
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É um pensamento comum destinar o vinho branco a acompanhar pratos de peixe e o vinho tinto a pratos de carne. Os taninos presentes em elevado nível no vinho tinto normalmente, quando combinados com pratos de peixe, geram na boca um sabor metálico. No entanto, há vinhos como os Pinot Noir, que possuem uma quantidade de taninos menor, podendo acompanhar na perfeição pratos de peixe.
O vinho branco é produzido com uvas-brancas
É possível produzir vinho branco a partir de uvas escuras. Há espumantes brancos que
são produzidos a partir de uvas tintas, como os que levam Pinot Noir na sua composição. Mas não deixa de ser verdade que é impossível produzir vinhos tintos constituídos exclusivamente a partir de uvas brancas, pois não há essa coloração na casca da fruta.
Excelente desmistificação de algumas afirmativas sobre os vinhos. Valeu