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Início Língua Portuguesa

Que língua falava Afonso Henriques?

Quando Afonso Henriques se tornou rei de Portugal, que língua ouvíamos nas ruas de Guimarães? Seria latim? Seria português?

NCultura Por NCultura
09/05/2024
em Língua Portuguesa, Português
2
Afonso Henriques

Língua Portuguesa: que língua falava Afonso Henriques?

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Quando Afonso Henriques se tornou rei de Portugal, que língua ouvíamos nas ruas de Guimarães? Seria latim? Seria português?

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Afonso Henriques
Marco Neves

Latim clássico não era certamente. Não só a nossa língua provém do latim vulgar, das ruas, e não do latim clássico – como seria de estranhar que o latim, ao longo de mais de 1000 anos, não mudasse. Mudou – e mudou muito. Entre a chegada dos Romanos ao Ocidente da Península e o momento em que Afonso Henriques se torna rei, passaram séculos e séculos – mais séculos, aliás, do que já passaram entre o tempo de Afonso Henriques e o nosso próprio tempo.

Quando Afonso Henriques nasce, nas ruas já ouvíamos algo com características que hoje consideraríamos muito portuguesas e muito menos latinas. Como exemplo, já se notaria a queda do «n» e o «l» em muitas palavras que, noutras línguas (como o castelhano) ainda se mantêm – por exemplo, a «luna» latina passou a «lua» no português e manteve-se «luna» no castelhano.

Apesar de ser já, em traços largos, a nossa língua, ninguém usava a designação «português» para a língua. O termo comum seria «linguagem», a linguagem do dia-a-dia, desprezada e sem forma escrita.

Era, no entanto, mesmo sem nome, uma língua completa. As línguas vão mudando ao longo dos séculos, transformando-se e dividindo-se, mas – na oralidade – nunca estão numa fase imperfeita ou decadente. Estão sempre em contínua mudança. (A escrita é outra história…)

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Agora, a surpresa: a tal linguagem que saía da boca de Afonso Henriques desenvolveu-se, a partir do latim vulgar, numa parte do que é hoje o Norte de Portugal – mas também na Galiza. Naquele momento, não havia uma fronteira linguística entre o novo reino e o reino a norte. A língua de Afonso Henriques era a língua latina própria do território da antiga Galécia romana.

Para sermos precisos, a língua desenvolveu-se numa parte do território da Galécia, que incluía parte daquilo que é hoje o Norte de Portugal e a Galiza, como explicado no livro Assim Nasceu Uma Língua, de Fernando Venâncio, excelente leitura para quem quiser saber mais sobre a origem da nossa língua.

Por altura da fundação do reino, a tal linguagem da rua, a língua da Galécia, começou a ser escrita – e há, aliás, muito boa literatura naquilo que hoje chamamos «galego-português» (um nome que ninguém usou até muitos séculos depois).

A língua própria da antiga Galécia era uma língua que chegou a ser usada pelos reis castelhanos para escrever poesia – e foi usada, como aprendemos na escola, por D. Dinis na sua poesia e, cada vez mais, em documentos oficiais. Era o nosso português antes de se chamar português.

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A língua da Galécia tornou-se a língua do novo reino de Portugal. Com alguma naturalidade, séculos depois, começou a aparecer o nome de «português» como designação da língua do reino – sem que a língua deixasse necessariamente de ser a mesma que se falava ainda a norte do Minho, na Galiza.

E no Sul? Na altura em que Afonso Henriques se tornou rei de Portugal, o Sul estava sob domínio muçulmano. A língua da população era, no entanto, o moçárabe, ou seja, a particular evolução do latim no Sul da península.

Com a expansão do novo reino de Portugal para sul, a língua do Norte começou a invadir os novos territórios, sofrendo algumas influências do moçárabe e, através deste, do árabe. A língua da Galiza e do Norte tornava-se, também, a língua do Sul de Portugal.

Como a capital ficou estabelecida em Lisboa, a forma particular da língua nessa cidade ganhou um prestígio particular, sem que tal significasse que fosse, de alguma maneira, a melhor forma de falar a língua. No Norte, o português continuou a ser falado como sempre foi. Mesmo na Galiza, onde a língua foi, durante séculos, raramente usada na escrita, a população continuou a falar, pelos séculos fora, algo muito próximo do que saía da boca dos portugueses do Norte.

Nas últimas décadas, com a expansão do uso do castelhano na Galiza e com a uniformização da língua portuguesa centrada nos usos do Sul (uma uniformização que não é completa, mas tem aproximado a forma de falar dos portugueses de todo o país), os galegos e os portugueses do Norte começaram a sentir uma divergência mais marcada naquilo que se fala na rua a norte e a sul do Minho.

 

 

Mesmo assim, ainda hoje há uma surpreendente proximidade entre o que se fala dum lado e doutro da fronteira entre Portugal e a Galiza – e note-se que estamos a falar de uma das mais antigas fronteiras do mundo.

Muitos galegos ainda falam galego e nós, claro está, falamos português. Todos nós, portugueses e galegos, falamos qualquer coisa que descende da língua que se ouvia em Guimarães – mas também em Tui – quando Afonso Henriques se tornou o primeiro rei de Portugal.

Essa língua forjada na antiga Galécia está hoje noutras paragens do mundo, já o sabemos. Mas essa história fica para outro dia…

(Uma versão deste texto foi publicada no Almanaque da Língua Portuguesa.)

Autor: Marco Neves

a origem da palavra «obrigado»

Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa, A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa e A Baleia Que Engoliu Um Espanhol.

Saiba mais nesta página.

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Etiquetas: marco neves
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Comentários 2

  1. Rodrigo Tavares says:
    3 anos atrás

    Só para complementar, Bracara Augusta foi capital da Galacia Romana e do Reino Suevo do ano 14 até o ano 714 quando foi destruida pelos Mouros.

    Responder
  2. Vicente says:
    3 anos atrás

    O Português é apenas um dialeto do galego que tomou vida própria essencialmente a partir do seculo xv. Os textos escritos mais antigos em língua romance foram em Galego e só mais tarde começaram a aparecer alguns escrito com ligeira influencia Castelhana Aragonesa como se pode apreciar nos escritos de D. Dinis etc. A mais importante separação entre o Português e o Galego verifica-se com a separação das terminações das palavras que passaram em português a terminar em ção, ções enquanto no galego seguiram çon çons ou zon, zons.

    Responder

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