Conheça um dos monumentos mais emblemáticos do país com ligação aos templários! Descubra o impressionante Convento de Cristo, em Tomar.
O nosso país tem quase 900 anos, uma história longa e cheia de acontecimentos relevantes. A Era dos Descobrimentos é um período histórico que colocou os portugueses como um dos povos mais importantes e poderosos do mundo.
Portugal tem um conjunto de monumentos que recordam esses feitos ou outros. O Convento de Cristo é um dos monumentos que todos os portugueses devem conhecer. Têm características que o tornam numa atração turística fascinante.
Impressionante Convento de Cristo, em Tomar
Localização
O Convento de Cristo encontra-se na bela cidade de Tomar. Esta bela cidade portuguesa pertence ao distrito de Santarém. A cidade de Tomar é conhecida como a cidade templária. O seu desenvolvimento deve-se à construção do seu Castelo.
História
As origens do Convento de Cristo são remotas, quase tão antigas como o próprio país. É durante o reinado de D. Afonso Henriques que fica estabelecida uma importante ligação aos Templários.
A sua construção deve-se a D. Afonso Henriques. O rei português permite que seja feita a instalação dos Cavaleiros da Ordem no Templo numa região situada entre os rios Mondego e Tejo, em Tomar.
O local
O convento de Cristo foi construído num espaço territorial que tem uma enorme carga mítica. Este espaço chegou a ser um antigo local de culto para os Romanos. Neste território, também foram encontrados vestígios que confirmam a presença muçulmana.
A construção
O castelo de Cristo existe desde 1160. Ao longo de vários séculos, surgiram mudanças nesta área monumental, surgindo construções e ampliações. Neste espaço, está incluída uma charola octogonal (datada do final do século XII) e ainda um santuário românico.
O Convento foi construído mais tarde, durante o século XIV. Em conjunto, estas construções formam a maior área monumental do país. No total, ocupa mais de 54000 m2.
O templário
Gualdim Pais (1118-1195), filho de Paio Ramires e de Gontrode Soares, nasceu em Amares, na região de Braga. Após ter sido criado no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, ele colocou-se ao serviço do futuro rei desde cedo.
Primeiro, foi escudeiro de D. Afonso Henriques. Posteriormente, foi ordenado cavaleiro pelo soberano, após ter combatido contra os mouros. Gualdim Pais combateu ao lado de D. Afonso Henriques no campo da batalha de Ourique, em 1139. Ele partiu para Jerusalém, na Palestina.
Neste espaço geográfico, Gualdim Pais militou ao longo de cinco anos, enquanto Cavaleiro da Ordem dos Templários. Ele até participou no cerco à cidade de Jafa. Após regressar a Portugal, Gualdim Pais foi ordenado quarto Grão-Mestre da Ordem em Portugal, em 1157, num momento em que a Ordem se encontrava sediada (desde 1128) no Castelo de Soure, por doação de D. Teresa.
Gualdim Pais fundou o Castelo de Tomar em 1160. Foi neste espaço que se montou o novo “Quartel-General” dos Templários no território português. Foi dado foral à nova vila no ano de 1162.
Riqueza
Estar presente neste local equivale a percorrer as páginas de um livro da História da Arte nacional. A maior área monumental de Portugal apresenta-nos uma série de monumentos que apresenta diferentes estilos arquitetónicos. Os diferentes estilos refletem uma época distinta e a própria evolução de Portugal.
O nosso país viria a aventurar-se pelos mares e por outros continentes. Fruto dessas viagens, os portugueses trouxeram influências dessas experiências. Essas influências seriam gravadas nas pedras do Convento de Cristo.
Características
O estilo Românico encontra-se presente na igreja templária. Nos claustros, contemporâneos do Infante D. Henrique, apresenta-se o gosto Gótico. A exuberância do Manuelino também está presente, algo se se deve aos Descobrimentos. A famosa “Janela do Capítulo” deixa isso bem patente.
No século XVIII, num momento em que o convento foi ampliado, o edifício recebeu influências do Renascimento. No Claustro Principal e no Claustro da Hospedaria estão presentes o Maneirismo e o Barroco.
Contexto de riqueza
O monarca D. João V ficou para a história como o rei que reinou nas melhores condições, devido à riqueza. Por isso, ficou conhecido pela ostentação, pelas obras grandiosas. D. João V deixou a sua marca neste local, ao solicitar ornamentações luxuosas no púlpito, altar, coro e sacristia-mor.
Este é um monumento que revela grande singularidade. Trata-se de um dos edifícios em todo mundo com mais claustros. Dois dos claustros foram edificados na época do Infante D. Henrique. Sete dos claustros foram construídos mais tarde.
A Dinastia filipina durou 60 anos. Entre 1580-1640, um aqueduto com 6 km de extensão foi construído com o propósito de abastecer o convento e as terras da cerca dos Sete Montes.
Janela
A janela do capítulo fazia parte da nave que D. Manuel mandou construir para ampliar a igreja templária. Ela tem 4 metros de altura. Esta janela está cheia de símbolos. Por exemplo, a coluna remete para o tronco da árvore que, se for realizada uma leitura cristã, antecipa o nascimento de Cristo.
Também é possível verem-se as armas dos reis portugueses. Observa-se uma fivela de cinto (um símbolo da entronização real) e ainda elementos da flora, nomeadamente as alcachofras e os ramos de vime.
Inicialmente, havia três janelas: uma encontrava-se a ocidente (da que foi agora analisada) e outras duas posicionadas a sul, uma das quais foi entaipada (emparedada; coberta de taipas ou de taipais). A terceira janela fica junto da charola, num dos corredores da casa do capítulo.
Charola
A charola tem características curiosas. Ela remete para a morte e para a ressurreição de Jesus. Na charola, os instrumentos da paixão surgem representados e na nave manuelina é representada a ressurreição.
Na pintura, é possível ver cenas e imagens relacionadas com a vida de Cristo. No tambor central, pode ver-se uma coroa de espinhos esculpida, a qual circunda o anagrama de Cristo.
A vida dos monges
Este monumento apresenta curiosidades do ponto de vista arquitetónico que revelam muito do que foi a vida no local. Para as pessoas que gostam de conhecer os hábitos do passado, há pormenores de grande interesse que nos podem informar sobre o quotidiano destas pessoas. Este espaço recebeu membros do clero que se encontravam em clausura.
Ao percorrer o Convento de Cristo, visitamos um tempo feito de silêncios e orações. Passear neste local faz-nos viajar no tempo, permite-nos voltar a épocas distantes. Percorrer os claustros e visitar o convento, nomeadamente as dependências onde estas pessoas habitavam, permite ter uma ideia de como viviam os monges, muitos deles guerreiros.
O Convento como sede
A ligação com os templários e com o reino português foi bastante próxima. A Milícia dos Cavaleiros de Cristo desempenhou um papel importante ao apoiar a expansão marítima portuguesa. O espaço do convento serviu como sede da Ordem.
Reputação
O Convento de Cristo foi Classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, em 1983.
O interesse pelos templários
O enorme sucesso do livro “O Código Da Vinci” de Dan Brown fez com que o interesse por esta ordem religiosa se tornasse grande. A obra, que foi adaptada ao cinema, ajudou a elevar o número de interessados nesta matéria.
Desta forma, são cada vez mais os interessados em obras dos templários em Portugal. Portugueses e estrangeiros viajam regularmente para Tomar para conhecer este local que tem uma grande ligação a esta ordem religiosa.
A cidade de Tomar constitui um marco ímpar da presença dos Templários na Península Ibérica!
Os templários perseguidos
O início do fim da história dos Templários surgiu com a queda de Jerusalém, algo que aconteceu em 1291. Após esse momento, eles foram perseguidos por Filipe IV de França. Este processo de perseguição aos Templários estendeu-se no tempo. Iniciou-se em 1307 (13 de outubro) e terminou em 1312 (22 de março).
A extinção da Ordem aconteceu desta forma. Foi o Papa Clemente V que determinou a morte do último mestre templário, Jacques de Molay, que morreu na fogueira em outubro de 1314. No entanto, apesar de ter existido essa perseguição aos templários pela Europa, em Portugal, o processo de extinção não foi respeitado.
Os templários protegidos
Em Portugal, os Templários não foram vítimas de perseguição, como aconteceu noutras nações. No nosso país, os templários tiveram outra sorte e foram protegidos. O desfecho foi bem distinto.
O rei D. Dinis (1261-1325) criou uma nova ordem de cavalaria, de forma a manter os cavaleiros e os bens dos Templários. A nova ordem ficou circunscrita ao Reino e, assim, surgiu o início da Ordem de Cristo. Foi desta forma que o rei português salvou os Templários.
Quando D. Dinis fez com que os templários mudassem o nome da Ordem, os cavaleiros foram transformados em frades. O rei português evitou assim a real extinção dos templários. D. Dinis preferiu proteger a irmandade e fez nascer a “Ordem dos Cavaleiros de Cristo” (ou, simplesmente, Ordem de Cristo).
Quer saber onde pode comer em Tomar?
Reunimos alguns dos espaços onde pode saborear autênticas especialidades gastronómicas. Estes são restaurantes que colocam na mesa o melhor da gastronomia local.
Restaurante a Brasinha
Morada: Rua dos Arcos 55, Tomar 2300-574 Portugal.
Contactos: (+351) 249 313 018.
Restaurante Sabores Ao Rubro
Morada: Rua dos moinhos n 76 A, Tomar 2300-575 Portugal.
Contactos: (+351) 969 579 755
Hamburgueria QB (no centro da cidade)
Morada: Rua de S. João, 135, 2300-568 Tomar, Portugal.
Contactos: [email protected] / +351919019550
Mais informações, aqui.
Restaurante O Perninha
Morada: Rua Principal 34 Peralva, Tomar 2300-395 Portugal.
Contactos: +351 249 982 241.
Taverna Antiqua (no centro da cidade)
Morada: Praça da República, 23-25, 2300-550 Tomar, Portugal.
Localização GPS: 39°36’13.44″N / 8°24’55.74″W.
Contactos: (+351) 249 311 236 / [email protected]
Quer saber onde pode dormir em Tomar?
Eis algumas sugestões de qualidade:
Thomar Boutique Hotel
Morada: Rua de Santa Iria nº 14, 2300-474 Tomar, Portugal.
Contactos: (+351) 249 323 210
Mais informações, aqui.
Hotel dos Templários
Morada: Largo Cândido dos Reis Nº1, 2300-326 Tomar – Portugal-
Contactos: (+351) 249 310 100 / [email protected]
Hostel 2300 Thomar
Morada: Rua Serpa Pinto 43, 1, 2300-592 Tomar, Portugal.
Contactos: (+351) 927 444 144.
Casa dos Ofícios Hotel
Morada: Rua Silva Magalhães, Nº 71, 2300-593 Tomar, Portugal.
Contactos: (+351) [email protected] / +351 249 247 360
Mais informações, aqui.
Hotel República
Morada: Praça da República, nº 41, 2300-550 Tomar, Portugal.
Contactos: (+351) 249 193 400
Mais informações, aqui