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Início Histórias Curiosidades

Quando as mulheres do Norte se revoltaram: a história da Maria da Fonte

Rebelião que deflagrou no Minho em março de 1846, iniciada por um grupo de mulheres lideradas por Maria da Fonte.

Márcio Magalhães Por Márcio Magalhães
23/03/2025
em Curiosidades, História de Portugal
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Quando as mulheres do Norte se revoltaram: a história da Maria da Fonte

Quando as mulheres do Norte se revoltaram: a história da Maria da Fonte

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Na primavera de 1846, algo inesperado marcou a história de Portugal: um protesto conduzido por mulheres no Minho, liderado por Maria da Fonte, tornou-se o catalisador de uma revolta que abalou o regime de Costa Cabral. Armadas de foices e gadanhas, estas mulheres não apenas desafiariam uma lei controversa, mas também lançariam o país num ciclo de revoltas que culminaria na guerra civil da Patuleia.

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A origem da revolta: a “Lei da Saúde” e o protesto em Santo André dos Frades

O rastilho da revolta acendeu-se na pequena aldeia de Santo André dos Frades, no Minho. Em março de 1846, um grupo de mulheres levantou-se contra a recém-criada “Lei da Saúde”, que proibia o enterro de mortos no interior das igrejas.

Para estas comunidades profundamente religiosas, a lei não era apenas uma questão de higiene pública, como alegavam as autoridades; era uma afronta às tradições e à memória dos seus entes queridos.

As mulheres, muitas delas trabalhadoras do campo habituadas à dureza da vida rural, pegaram nas ferramentas do seu dia a dia – foices, gadanhas e enxadas – e marcharam em protesto. Este movimento, que começou como uma defesa das tradições locais, rapidamente se transformou num grito contra as injustiças do regime.

Estátua da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso
Estátua da Maria da Fonte na Póvoa de Lanhoso

O descontentamento com Costa Cabral e a escalada da revolta

Desde 1842, Costa Cabral, líder do governo, consolidava o poder com medidas centralizadoras que não agradavam ao povo. Sob o pretexto de modernizar e estabilizar o país, instituiu reformas económicas e sociais que geraram enorme descontentamento, especialmente nas zonas rurais. A “Lei da Saúde” foi apenas o estopim.

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A revolta da Maria da Fonte – assim chamada devido à participação ativa das mulheres – tornou-se um movimento de contestação generalizada contra os abusos do cabralismo.

Camponeses indignados começaram a queimar cartórios para destruir os registos dos impostos, apelidados de “papeletas da ladroeira”. Em abril de 1846, a revolta atingiu tal proporção que até as tropas lideradas por José da Silva Cabral, irmão do ministro, recusaram-se a combater o povo.

Um regime de privilégios e monopólios

O ódio ao regime cabralista não era infundado. O Estado vivia essencialmente dos impostos cobrados às classes mais desfavorecidas, enquanto os grandes capitalistas beneficiavam de privilégios e contratos lucrativos. Monopólios como os das Companhias dos Tabacos e do Sabão prosperavam, muitas vezes mascarando negócios especulativos.

Para agravar a situação, em abril de 1845, o governo implementou o “imposto de repartições”, que aumentou a carga tributária sobre os trabalhadores rurais e urbanos. Num país onde a maioria da população vivia da agricultura de subsistência, estas medidas só serviram para alimentar a insatisfação e a revolta.

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Quando as mulheres do Norte se revoltaram: a história da Maria da Fonte
Quando as mulheres do Norte se revoltaram: a história da Maria da Fonte

A queda de Costa Cabral e a guerra civil da Patuleia

A revolta Maria da Fonte, explica a RTP, rapidamente se transformou num movimento nacional. Confrontada com a pressão popular, a rainha D. Maria II demitiu Costa Cabral. No entanto, o descontentamento já estava demasiado enraizado, e o país mergulhou numa guerra civil conhecida como a Patuleia, que opôs os “setembristas” e outros grupos populares aos apoiantes do cabralismo.

Esta guerra, que durou até 1847, terminou com a intervenção das tropas britânicas e francesas, chamadas para restaurar a ordem. Apesar de ter sido reconduzido ao poder mais tarde, o reinado de Costa Cabral jamais recuperou a estabilidade.

Leia também:
  • A Guerra da Patuleia: a última guerra civil portuguesa
  • A Revolta de 31 de Janeiro de 1891: o primeiro grito da República Portuguesa
  • Porto, 1757: a Revolta dos Taberneiros contra o poder de Lisboa

A força das mulheres na história de Portugal

A revolta da Maria da Fonte não foi apenas um episódio de resistência; foi um marco na história da participação popular em Portugal, liderado por mulheres que ousaram desafiar as normas sociais e políticas da época. Armadas com ferramentas de trabalho, estas mulheres provaram que o seu espírito combativo podia mudar o rumo da história.

Este episódio permanece como um símbolo de como as vozes marginalizadas – neste caso, as mulheres do Norte – podem transformar o seu descontentamento em catalisador de mudança. Um lembrete de que, mesmo nas épocas mais sombrias, a coragem e a resistência encontram formas de se manifestar.

Se visitar o Minho hoje, procure as memórias desta revolta que começou num pequeno povoado, mas que ecoou por todo o país. Afinal, a história da Maria da Fonte é a história de um povo que se levantou em nome da justiça e da dignidade.

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Etiquetas: Maria da Fonte
Márcio Magalhães

Márcio Magalhães

Um Mestrado em Ensino não fazia prever o percurso consolidado e bem sucedido no marketing digital e na produção de conteúdos, com publicação regular de artigos em diversas plataformas. (exclusivamente responsável pelo conteúdo textual)

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