Há diversas informações interessante sobre os reis que não estão presentes nos livros de história das escolas. D. João V, o rei que mandava em tudo…
Os reis e as rainhas sempre foram idolatrados como deuses, mas são pessoas comuns. Eles revelaram isso no passado e revelam no presente. Hoje, confirmamos como nunca que eles são pessoas de carne e osso que cometem erros comuns. Tanto podem realizar atos humanitários, como crimes fraudulentos.
Pela Europa fora, ainda há países que têm reis e rainhas, têm príncipes e princesas. No passado, não havia tanta facilidade em expor os erros e as falhas dos reis e das rainhas, pois quem o fazia arriscava a própria vida… No entanto, os reis não deixaram de cometer gaffes ridículas.
Ao longo de quase 900 anos da História, Portugal teve mais de 3 dezenas de reis. Eles fizeram parte das quatro dinastias que foram decidindo os destinos do reino. Todos demonstraram ter virtudes e defeitos, revelando ser pessoas comuns que estavam numa posição privilegiada.
Para enaltecer esse facto, o NCultura tem vindo a publicar diversos artigos que revelam episódios curiosos e intrigantes sobre reis e rainhas. No presente artigo, será dada a devida atenção a D. João V., um rei distinto.
D. João V, o rei que mandava em tudo
D. João V
D. João V, “O Magnânimo”, era filho do Rei D. Pedro II, “O Pacífico”, e de D. Maria Sofia de Neuburgo. Nasceu no dia 22 de outubro de 1689, em Lisboa. Foi o quarto rei da 4ª Dinastia, a Dinastia de Bragança. Tornou-se rei no dia 1 de janeiro de 1706, tinha apenas 17 anos.
Ele veio a casar-se com D. Maria Anna Josefa e desta união nasceu um filho que se tornou rei, D. José I (“O Reformador” que reinou entre 1750-1777). D. João V faleceu no ano de 1750, mais precisamente no dia 31 de julho.
«Monarquia absoluta»
O rei D. João pretendia decidir tudo. Exercia uma «monarquia absoluta», sem ninguém poder dizer o que pensava sobre determinado assunto. Um rei governava «por direito divino», que recebia à nascença por ser o filho mais velho do rei anterior e detinha esse poder até morrer.
Contexto de riqueza único
Ao longo do tempo que reinou, cerca de 43 anos e meio, D. João V viveu sempre no meio do luxo. Normalmente, os reis nunca são pobres, mas D. João V reinou num período particularmente favorável, fruto da riqueza proveniente do Brasil, havendo muito ouro, diamantes e outras riquezas a serem exploradas todos os anos.
Foi uma das melhores fases para reinar Portugal.
Investimento
A riqueza do reino podia ter sido mais bem aplicada no desenvolvimento de Portugal, mas ainda assim parte foi canalizada para pagar a megalómana construção do Palácio de Mafra, que foi erguido no sentido de celebrar o nascimento do herdeiro do trono.
O Aqueduto das Águas Livres foi outro precioso investimento que permitiu dotar a cidade de um sistema de canalização inovador e valioso. Não se pode dizer que havia torneiras nas casas das pessoas, mas as pessoas ficaram a ter um chafariz bem próximo das suas habitações e havia aguadeiros que faziam a sua distribuição.
Realidade das pessoas
Apesar da riqueza do reino, a vida das pessoas era de sofrimento. A maior parte da população era constituída por mendigos, indivíduos que mereciam outras condições.
A Inquisição perseguia as pessoas numa época em que o poder da Igreja Católica se fazia sentir. Ela consistia num tribunal que processava e torturava as pessoas que entendia ou que defendia serem infiéis.
O reino era pobre em estruturas e não existiam estradas. Os portos eram agitados, mas estavam a precisar de obras.
O voo da ‘Passarola’
O momento está representado na obra de José Saramago. Bartolomeu de Gusmão foi uma das pessoas mais fascinantes no tempo de D. João V, sendo um dos pioneiros da aviação. Ele mostrou a D. João V algo impressionante, um «instrumento para se andar pelo ar». Algo que se espalhou por toda a Europa com notável rapidez, inspirando imagens fantasiosas.
A Passarola tornou-se célebre como uma espécie de barco voador com cabeça de ave, mas nunca existiu com esse formato. O instrumento de voo de Gusmão era, na verdade, algo bem diferente do retratado. Eram balões aeróstatos, pequeninos e incapazes de transportarem pessoas. Foi o primeiro balão da história da humanidade. As experiências de Gusmão tiveram protagonismo no palácio real, à beira do Tejo, mas demoraram a encantar.
O primeiro balãozinho incendiou-se antes de levantar voo. Correu melhor à segunda tentativa. Mas, depois, ainda se seguiram mais três ensaios. O último balão era maior e encantou, tendo-se elevado em pleno Terreiro do Paço, levando toda a gente a abrir a boca de espanto. Contudo, o inventor não teve muito tempo para ir mais longe nas suas experiências. Foi perseguido pela Inquisição e tentou fugir para Inglaterra.
Assim, Portugal que conquistou os mares, esteve próximo de conquistar os céus. Isto prova que D. João V estava atento a tudo o que pudesse contribuir para alargar a fama de Portugal e dos portugueses.
Gostaria de receber a historia de D.Joāo I ,(o homem)
Ele foi o primeiro a visionar a peninsula Iberica, tal como foi criada a UE.
Morreu aos 41 anos, vitima da queda d’um cavalo.
Mentor dos descobrimentos
De novo a minha maior admiração pela sua cultura