O Convento dos Capuchos é um dos monumentos mais marcantes de Sintra. Mergulhe na sua aura de história e espiritualidade connosco! A vila de Sintra é um dos destinos mais encantadores de Portugal. A sua beleza natural é formidável, encontrando-se bem conjugada por um património relevante que ajuda a explicar a história da região e do país. Portanto, a vila revela-se um destino imperdível.
Existem diversos espaços verdes na vila que enriquecem as paisagens, tornando-as simplesmente arrebatadoras. Há muitos monumentos que só são merecedores de rasgados elogios e que se tornam em atrações imperdíveis por se encontrarem presentes em locais de grande beleza. Uma das várias construções de Sintra que merece uma visita de demorada é um convento. O Convento dos Capuchos é uma atração formidável. Todos os que visitam Sintra devem fazer por conhecer este edifício singular. Descubra a imensa riqueza deste monumento! Fique a conhecer as qualidades de uma construção religiosa excecional, um convento memorável.
Convento dos Capuchos, um dos monumentos mais marcantes de Sintra
História
Esta construção é um dos diversos exemplos da religiosidade pietista do século XVI no nosso país. Este convento ficou conhecido pelo extremo da pobreza da sua construção. O Convento dos Capuchos apresenta dimensões reduzidas. Este convento foi mandado construir em 1560. Foi D. Álvaro de Castro, conselheiro de Estado de D. Sebastião e vedor da Fazenda, que esteve na origem desta construção. Foi o resultado do cumprimento de um voto de seu pai, D. João de Castro, quarto vice-rei da Índia.
O Convento de Santa Cruz da Serra de Sintra foi erguido num espaço isolado e inóspito. As condições naturais selvagens no momento da sua fundação decerto tiveram grande influência na escolha desta localização.
Este Convento terá ficado habitado ainda nos finais do século XVIII. Em 1834, o Convento de Santa Cruz terá sido abandonado, como aconteceu com diversos conventos de todo o país. O regime liberal determinara a extinção das ordens religiosas.
O convento é uma construção religiosa desprovida de elementos decorativos. No seu interior, encontram-se celas e dormitório, que estão revestidos a cortiça. Há ainda a destacar a presença de uma capela cuja abóbada se forma na própria rocha.
O Convento visou materializar o ideal de fraternidade e irmandade universal dos frades franciscanos. As pessoas que o habitaram encontravam-se integradas na Província da Arrábida, da Ordem dos Frades Menores Regulares e Observantes.
A portaria do Convento dos Capuchos, que consiste num simples telheiro com teto e traves de madeira forradas com cortiça. Revela-se uma justa expressão da pobreza e contenção que sempre serviu de norte a esta construção.
Uma visita breve
William Beckford realizou uma visita ao Convento em 1787, tendo relatado: “seguimos durante várias milhas um atalho estreito sobre uma colina selvagem e deserta que nos levou ao Convento dos Capuchos que à primeira vista corresponde à imagem que se tem da morada de Robinson Crusoé” (William Beckford e Portugal. A viagem de uma paixão. Catálogo de Exposição. Palácio Nacional de Queluz, 1987, p. 159).
No convento, encontram-se elementos artísticos que se apresentam muito degradados na atualidade, uma consequência que se deve à passagem do tempo, mas também (ou sobretudo) a atos de vandalismo a que o monumento foi submetido. A rusticidade do edifício, no entanto, não pôde ser adulterada pela austeridade própria de uma estrutura quase rupestre.
Ao realizar-se uma visita ao convento, percorremos a exiguidade dos seus corredores que se encontram incorporados nos blocos de granito. Nesse momento, somos envolvidos na penumbra do quotidiano dos religiosos que outrora habitaram o espaço.
Da Igreja faz-se uma passagem para o Coro Alto, onde anteriormente os religiosos entoavam os cânticos da celebração da missa. A partir deste lugar, podemos encontrar a entrada para o corredor das celas, cujas portas se destacam pela dimensão reduzida.
O seu tamanho leva-nos à adoção de uma postura de genuflexão, ao ato de dobrar o joelho ou de ajoelhar, um movimento que se revela uma expressão de humildade perante a intimidade desse local.
O refeitório encontra-se presente no final do corredor. Era neste espaço que as refeições dos religiosos tinham lugar. A comida era colocada sobre uma mesa de pedra, que foi oferecida pelo Cardeal D. Henrique. Este homem ofereceu este presente como prova da admiração que tinha pela vida que se levava neste convento.
Através de uma ministra (roda que, nos conventos, passava a comida da cozinha para o refeitório) vislumbra-se a cozinha e, mais adiante, podemos encontrar a Cela do Noviço.
Na Casa das Águas, é possível constatar a preocupação que os frades tinham com a higiene e salubridade do meio em que habitavam. O quotidiano desta construção religiosa era preenchido pelas ocupações a que estes religiosos se entregavam na biblioteca, nas enfermarias. Neste edifício, é também possível descobrir-se a ala dos hóspedes. No final do percurso, pelo interior desta construção religiosa, podemos entrar na Sala do Capítulo.
O convento encontra-se circundado por vegetação devido a políticas de gestão florestal de meados do século XIX. Antigamente, este local era muito mais aberto e ensolarado do que agora se apresenta. Existem gravuras contemporâneas alusivas à ocupação dos frades que permitem confirmá-lo.
Anteriormente, os terrenos eram cultivados fora da cerca do convento. Por aqui, também se praticava a pastorícia. Os bosques locais encontravam-se limitados aos terrenos rochosos e aos altos dos penedos.
A mata
Esta mata é de uma raridade tal que importa salvaguardar. O seu estado de conservação e porte notáveis de diversos exemplares tornam esta mata num património natural de grande valor. É importante preservar a sua riqueza natural.
A mata do convento apresenta velhos carvalhos e arbustos de grande porte. Ao ter sobrevivido até à atualidade, a mata beneficiou seguramente da proteção dos religiosos. Esta mata constitui provavelmente o testemunho mais relevante da floresta primitiva da Serra de Sintra.
A mata que se encontra a circundar o convento é constituída por uma formação arbórea submediterrânica, dominada por carvalhos caducifólios, com elementos do maquis mediterrânico no subcoberto, existindo grande profusão de fetos, de musgos e de plantas epífitas e trepadeiras que envolvem tudo, contribuindo para a apresentação de denso e encantador emaranhado vegetal.
Neste espaço, também se destacam exemplares isolados que foram cultivados pelo Homem. O frondoso plátano que cobre o adro do convento serve de exemplo disso mesmo. O velho freixo do pátio de entrada é outro exemplar. Destacam-se ainda alguns exemplares de buxo de porte invulgar que marginam os caminhos que se encontram por aqui.
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Informação Útil
Posto de Turismo de Sintra
Morada: Praça da República, n.º23, 2710-616 Sintra
Localização GPS: 38°47’47.1″N 9°23’28.9″W
Contactos: Telf: 21 923 11 57 / E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: das 9h30 às 18h00
Convento dos Capuchos
Morada: Estrada dos Capuchos / EN 247-3, 2705-177 Colares
Localização GPS – 38°47’03.8″N 9°26’17.3″W
Contactos: +351 21 923 73 00 / [email protected] / [email protected]
Horários
Convento
- Abertura às 09H00 e fecho às 18H00 (último bilhete e última entrada: 17H00)
Nota: o encerramento da bilheteira é realizado entre as 12h e as 13h. Está disponível um ponto de venda automática.
Preçário
Convento
- Bilhete adulto (de 18 a 64 anos) tem o custo de: 7 €.
- Bilhete jovem (de 6 a 17 anos) tem o custo de: 5,5 €
- Bilhete sénior (maiores de 65 anos) tem o custo de: 5,5 €
- Bilhete família (2 adultos + 2 jovens) tem o custo de: 22 €
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